Thursday, July 05, 2007

Conversa de Café

Há uns dias cruzei-me com uma amiga que conheci está a fazer um ano. Como tinhamos algum tempo livre, acabámos por ir tomar um café numa esplanada.
O dia estava esplendoroso, com um sol magnífico e uma temperatura amena. Esse calorzinho de princípio de manhã, com cheiro a feno e flores, acompanhou o desfiar da conversa que se desenrolou ao lado de uma bica escaldada (a minha) e uma água tónica (a dela).
Abordámos os assuntos mais diversos e, sem um fio condutor muito claro, falámos de carreiras, dos sitios onde estamos a trabalhar, das ultimas novidades dos amigos...enfim, a conversa normal de duas pessoas que não têm tido oportunidade de se manterem actualizadas.
Acabámos, como não podia deixar de ser, por falar também de namorados(as), tema que veio à baila quando lhe perguntei pelo dela, o felizardo meu amigo que em tempos a tinha conseguido conquistar.
Contou-me, então, que as coisas não andavam muito bem entre os dois. Ao que parece, ele padecia de algumas inseguranças (infundadas, diga-se) que tornavam a sua companhia um risco sério para o divertimento. Não o fazia por mal, mas o facto é que, ao fim e ao cabo, o calhau com olhos fazia tanta questão de ser especial para a namorada que os momentos que lhe proporcionava se tornavam momentos de grande tensão, tal era o desejo de perfeição. Um pouco mais grave era a tendência para amuar, quer fosse por as coisas não correrem como ele havia previsto, quer fosse por surgir um(a) amigo(a) inesperado (dele ou dela tanto fazia), quer fosse por qualquer outro motivo.
Uma outra questão prendia-se com o tempo e atenção que ele lhe exigia e, ainda que pudesse ter alguma razão porque tinham poucos momentos a sós (demos-lhe o benefício da duvida...?!?!?), o que é certo é que o caramelo muitas vezes se tornava incompreensivo com o estado de espírito da minha amiga. Ou seja, basicamente o "pobre coitado" nem sempre discernia que as pessoas não estão constantemente para aí viradas. Sobretudo, pessoas como essa minha amiga cuja atenção é constantemente sugada por outras pessoas que fazem parte da vida dela.
Resumindo, o bronco tinha acessos de egoísmo e algum egocentrismo ao ponto de coisas que preparava com o intuito de a resgatar da rotina diária de repente se terem que transformar em motivo para atenções redobradas por parte da namorada.
Quando nos despedimos disse-lhe para ter calma (ele até nem é mau rapaz...só um bocado troll) e ao dobrar a esquina marquei uma lembrança no telemóvel para combinar um café com ele e abrir-lhe os olhos.

2 comments:

Seamoon said...

tu queres ver que temos os mesmos amigos???
tenho uma amiga precisamnet nessa situação.
bjs

Bitchoman said...

Na situação dela ou na dele?