Friday, May 19, 2006

Se um dia conseguires...

Serias capaz de olhar para mim e ler nos meus olhos a sinceridade do que te digo? Porque não falo pela boca, dos meus lábios não saem sons para te adoçar os ouvidos. Porque não é para ti que falo, nem por ti, mas é por nós que sonho.
Serias capaz de encostar a tua cabeça ao meu peito e escutar o que calo? Porque é aqui que aprisiono a fera brutal que somente soltarei quando me sussurrares o sentimento. Porque é aqui que represo a água das chuvas que inundaram o meu mundo.
Serias capaz de me dar a mão, fechar os olhos e sentir o meu ser? Porque é isso que desejo, é isso que aguardo pacientemente. Porque acredito que serás capaz, um dia que o queiras...porque sei o quanto és igual a mim e o que de diferente temos.
Serás um dia capaz de ler estas palavras e acreditar em mim?

Thursday, May 18, 2006

São...

São Anjos incandescentes que vejo cair do céu
São centauros e faunos que vejo correr à volta de Orion
São hiatos de tempo que vejo encolhidos nas tuas mãos
São efémeras luminescentes que vejo no manto escuro da noite
São Minotauros que vejo escondidos no labirinto dos teus jardins
São cometas fulgentes que vejo orbitar em torno da Lua
São os aneis de Jupiter que vejo adornar Io
São feixes de luz de todas as cores que vejo iluminar o espaço infinito
São harpas etéreas que ouço cantar aos meus ouvidos

Tuesday, May 16, 2006

What is your life path number?

Your Life Path Number is 8

Your purpose in life is to help others succeed

You are both a natural leader and a natural success. You are also a great judge of character.
You have a head for business and finance. You know how to make money.
A great visionary, you can see gold where other people see nothing.

In love, you are very generous - with gifts, time, and guidance.

You love to inspire people, but it can be frustrating when they don't understand your vision.
Great success comes easily for you. But so does great failure, as you are very reckless.
You are confident, and sometimes this confidence borders on arrogance.

Saturday, May 13, 2006

Homenagem aos Mamonas Assassinas e talvez a melhor musica dedicada a uma mulher que já ouvi

Uma Arlinda Mulher

(Dinho / Bento Hinoto)

Te encontrei toda remelenta e estronchada,
Num bar entregue às bebida.
Te cortei os cabelos do sovaco e as unhas do pé
Te chamei de querida
Te ensinei todos os auto-reverse da vida
E o movimento de translação que faz a terra girar
Te falei que o importante é competir,
Mas te mato de pancada se você não ganhar.

(Refrão)
Você foi agora a coisa mais importante
Que já me aconteceu neste momento, em toda a minha vida
Um paradoxo do pretérito imperfeito,
Complexo com a teoria da relatividade
Num momento crucial, um sábio soube saber
Que o sabiá sabia assobiar
E quem amafagafar os mafagafinhos bom amafagafigador será.

Te falei que os pediatra é o doutor responsável pela saúde dos pé
O "zoísta" cuida dos "zóio" e os oculista, Deus me livre, nunca vão mexer no meu
Pois pra mim você é uma besta mitológica com cabelo pixaim parecida com a Medusa
Eu disse isso pra rimar com a soma dos quadrados dos catetos é igual à porra da hipotenusa

(Repete Refrão)

Eu fundei a Associaçäo Internacional de Proteção às Borboletas doAfeganistão
Te provei por B mais C que a menina dos teus "zóio" não tem menstruação
Dar um prato de trigo pra dois tigres e ver os bichos brigando é legal que só
Pois nos "tira e põe", deixa ficar da vida serei sempre seu escravo-de-Jó

Tuesday, May 09, 2006

Estação: Limiar do Tempo

Oiço ao longe o comboio que se aproxima lentamente.
Vejo uma traça que esvoaça hipnotizada pela luz bruxuleante do candeeiro. O relógio da estação está parado. Do gabinete sai fardado o funcionário da Companhia dos Caminhos de Ferro, trazendo na mão a bandeira com que assinala partidas e chegadas.
Aproximam-se os paquetes com os carrinhos de bagagem prontos a carregar, as rodas chiando. Trocam meia dúzia de palavras sobre o que cada um vai fazer no final do turno, que está a chegar.
Um provável passageiro, senhor de porte altivo e fato de seda escuro, acende um cigarro enquanto faz uma pausa na leitura do jornal para observar a movimentação que se gerou. Solta uma baforada de fumo e displicentemente retoma a sua leitura.
Sentada no banco de madeira, encostado à parede, está uma senhora de aspecto discreto. Traz vestido um casaco de fino tecido, por cima de uma blusa branca. A saia xadrez cobre-lhe os joelhos. Uma écharpe na cabeça compõe o traje e protege-a do fresco da noite. A mala que está junto a si indicia que é uma passageira.
À chegada do comboio, o cavalheiro do fato de seda dobra rápida e habilidosamente o jornal, perfeitamente vincado, enfiando-o debaixo do braço. A senhora levanta-se do banco e, enquanto um dos paquetes se apressa a carregar-lhe a mala, aproxima-se da linha. Aparenta um misto de nervosismo e ansiedade, não se conseguindo perceber se se deve a uma tristeza pela partida ou à expectativa da viagem.
O fumo espesso expelido pela locomotiva encobre o céu e o cheiro a lenha queimada embrenha-se no ar. O comboio vai abrandando a sua marcha até se imobilizar à minha frente.
O cavalheiro do fato e a senhora do casaco de fino tecido embarcam, cada um em sua porta. Um senhor de cabelos brancos e bigode aparado encaminha-os aos respectivos lugares. Os paquetes carregam a bagagem no vagão lá do fundo.
Uma a uma, vou espreitando as janelas do comboio, olhando para o seu interior. Não encontro. Olho para o bilhete que tenho na mão...olho para o relógio cujos ponteiros se detiveram numa lânguida pausa e que dela não sairam. Tenho breves instantes para decidir se embarco...

Monday, May 08, 2006

Porque me apetece!

Deixo-me levar na correnteza dessa maré, fruto de um mar, filha de um oceano.
Esqueço a modéstia. Quero acreditar que sei aquilo que apenas presumo. Quero ignorar as incógnitas a quem responderam as certezas. Quero saber verdadeiras as ideias imaginadas que cultivo num sonho. Ilibo-me da culpa de chamar sensibilidade à vontade que seja verdade o que não quero acreditar que não é realidade.
Porque tu assim não permites. Porque gostaria que apenas o tempo fosse razão. Porque me olhas em procura. Porque me apertas. Porque me passas os dedos na mão. Porque as tuas palavras inocentes me ecoam e me fazem cócegas, mantendo-me acordado.
Porque quero confiar no instinto que me grita.

Sunday, May 07, 2006

Absinto

Inebriante...bebo-te copo a copo de um trago. Deixo-te macerar na boca e saboreio-te. Vicias-me. Dominas-me a razão. Sei que me fazes mal, mas continuo a beber-te. Não te consigo largar.
Alteras-me o espírito e alegras-me...desinibes-me, relativizas-me, fazes-me esquecer. Descontraio-me, e verto mais um copo...bebo-te de um trago. Um atrás do outro...vou-te bebendo até ao fim da noite.
E no dia seguinte...a ressaca. O regresso à realidade. O acordar com as certezas e o esquecer as incógnitas...

Friday, May 05, 2006

Desafio Aceite!

Respondendo à minha "amiga" Oxigénio, aqui vai!

Se eu fosse um mês: Julho, sem dúvida...o pino do Verão!!
Se eu fosse um dia da semana: Sábado
Se eu fosse uma hora do dia: 19h00 no Verão e 15:00 no Inverno. Nas outras seria o dia inteiro
Se eu fosse um planeta ou astro: Terra...cheia de vida!!!!
Se eu fosse uma direcção: Para a frente, obliqua para cima!!
Se eu fosse um móvel: Chaise longue
Se eu fosse um líquido: Vodka puro
Se eu fosse um pecado: A Lúxuria
Se eu fosse uma pedra: Se(i)xo...eheheheh...tinha que ter uma graçola
Se eu fosse uma árvore: Coqueiro! Para deixar cair os côcos em cima de gente parva LOOOL
Se eu fosse uma fruta: Melão...ai coração de Melão! LOOOOOL
Se eu fosse uma flor: Orquídea...(sim, tem mto a ver com o filme!)
Se eu fosse um clima: Tropical (desculpa as semelhanças Oxi)
Se eu fosse um instrumento musical: Trompete
Se eu fosse um elemento: Fogo alternado com Terra
Se eu fosse uma cor: Cor de Laranja
Se eu fosse um bicho: Porco-espinho...debaixo daqueles picos todos há...
Se eu fosse um som: Queria ser uma gargalhada constante!!!
Se eu fosse uma música: Hoje- Azul, em versão merengue do Christian Castro
Se eu fosse um estilo musical: Cheio de ritmo!!
Se eu fosse um sentimento: Euforia
Se eu fosse um livro: Quem comeu o meu queijo?
Se eu fosse uma comida: Chilli cheio de piri-piri
Se eu fosse um lugar: Praia
Se eu fosse um sabor: Limão
Se eu fosse um cheiro: L'Eau par Kenzo
Se eu fosse uma palavra: Amizade
Se eu fosse um verbo: Divertir
Se eu fosse um objecto: Confessionário
Se eu fosse uma parte do corpo: Braço
Se eu fosse uma expressão facial: Riso aberto e franco
Se eu fosse um personagem de desenho animado: Tazmanian Devil
Se eu fosse um filme: From dusk till dawn (adoro o Tarantino)
Se eu fosse uma forma: Elipse
Se eu fosse um número: 35 (o meu número no 1º e 2º ano...o unico número que nunca esqueci)
Se eu fosse uma estação: Rossio
Se eu fosse uma frase: Minds are like parachutes...they only function when they're open

Já agora aproveito e lanço o desafio a todos quanto vivem aqui no meu espacinho!!!

The Joshua Tree

Mormon pioneers are said to have named this species "Joshua" Tree because it mimicked the Old Testament prophet Joshua waving them, with upraised arms, on toward the promised land.

Agora gostaria que me dessem as vossas opiniões sobre os U2 terem dado o nome desta planta aquele que considero o seu segundo melhor álbum (depois de Rattle and Hum)...


Já agora:

rat·tle1 ( P ) Pronunciation Key (rtl)v. rat·tled, rat·tling, rat·tles v. intr.
To make or emit a quick succession of short percussive sounds.
To move with such sounds: A train rattled along the track.
To talk rapidly and at length, usually without much thought: rattled on about this and that.

hum ( P ) Pronunciation Key (hm)v. hummed, hum·ming, hums v. intr.
To emit a continuous low droning sound like that of the speech sound (m) when prolonged.
To emit the continuous droning sound of a bee on the wing; buzz.
To give forth a low continuous drone blended of many sounds: The avenue hummed with traffic.

Rattle and Hum foi provavelmente uma homenagem a todas as mulheres do mundo...rsrsrsrsrs

Bitchoman Salseiro!

Respondento ao desafio da minha amiga Zeni!!




Ora digam lá se não era assim que me imaginavam...

Thursday, May 04, 2006

No fio da navalha

Será possível que depois de tantas vezes teres jogado, sem nunca teres ganho, continues a apostar os teus sentimentos nessa lotaria de emoções? E que inconsequentemente continues a apostar no mesmo número?
Não terás tu respeito ao teu amor-próprio? Ao teu bem-estar? Será o prémio assim tão aliciante que estejas constantemente disposto a apostar o pouco que podes realmente dizer que é teu?
Talvez não devesses jogar tanto à sorte...não quando colocas tanto em risco. Algo que te custou tanto a conquistar e dispões-te assim a lançá-lo ao alto esperando que caia do lado certo. Ou és muito destemido ou muito tolo. Ou um pouco das duas.
Acarinhas assim tanto esse prémio que te coloques uma vez mais em cima do fio?
Se me dissesses que tens um plano científicamente infalível para contornares as estatísticas e os factos da sorte e do acaso, ainda te apoiaria! Mas sou incapaz de ver-te caminhar à beira do precipício e não te impedir de continuar.
Os amigos devem apoiar-nos incondicionalmente, mas eu sou incapaz de o fazer; não neste caso em que vejo como certa a fatalidade das consequências das opções que tomas. Abre os olhos, já to disse. Não sejas tolo. Uma coisa é sonhar com coisas inconsequentes outra é arriscares-te desta maneira e expôres o teus pontos mais vulneráveis à ignobilidade do destino. Que ainda por cima agora se afigura claro e óbvio.
Por favor, afasta-te da beira enquanto é tempo.

Wednesday, May 03, 2006

A previsibilidade é a maior inimiga da desilusão...
Espera o inesperado e nunca serás desiludido!

O Jogo

Há de facto pessoas deliciosamente viciantes (obrigado pela expressão Dra. D.).
Só assim se explica que mesmo contra a nossa vontade mais racional, fria e calculista estejamos sempre a cair no mesmo erro.
Em tempos, não muito idos, lembro-me que pediste a alguém que parasse com os jogos. E agora voltas a fazê-lo. Como teu amigo que sou, peço-lhe também que pare com isso. Para te ser sincero não percebo se o faz de forma consciente e manipuladora ou inocente e ingénua. Quero acreditar nesta última hipótese.
Por isso a ti peço-te, porque não concebo que o faças propositadamente, que tenhas um pouco mais de sensibilidade e tacto e que vejas que essa tua maneira de ser tão amistosa e descontraída pode muito facilmente ser mal interpretada (pelo menos por ele). Não te peço que te tornes fria e distante, mas que tenhas em atenção o facto de que o podes induzir em erro.
E a ti peço-te que abras os olhos de uma vez por todas, que cresças e que deixes de ser tão crédulo, tão sonhador e até mesmo infantil. Torna, de quando em vez, à Terra ou corres o risco, ao interpretares à tua conveniência esses sinais, como lhes chamas, tão desprovidos de significado como uma cebola, de te induzires em erro e uma após outra andares às cabeçadas às paredes. Dar uma pode ser sinal de inteligência; dar duas pode ser distracção; dar três já é burrice.
Por isso peço aos dois que abram bem esses olhinhos, porque já têm idade para ter juizo. Tu para veres as consequências dos teus actos sem intenção e tu para veres a insignificância dos actos dela.
Cresçam e apareçam!!

Tuesday, May 02, 2006

A beleza dos sentimentos, tal como a beleza da arte, está em conseguir partilhá-los com quem os compreenda.

Equador

Seria uma sorte a chuva que agora caísse, surgida num repente, caída em bátega, corrida numa enxurrada. Dois felinos pretos vagueando, o pêlo pingando, escorrendo, seus focinhos esconjurando pragas e ofensas. No rugido espressam o sentimento e a vontade da alma sob as garras arranhada e agraciada.
Simples, não é? A simplicidade animal na irracionalidade instintiva de responder momentâneamente aos apelos mais obscuros da humana natureza, esquecendo milhares de anos de evolução intelectual e social, dando total liberdade a que o corpo reaja como bem lhe apetecer e soltando as palavras do marasmo cercado a que se obrigam por força da chamada educação.
E neste calor húmido, suado, abafado, a dificuldade em respirar um ar tão pobre em oxigénio, vítima da temperatura e da ínfima réstia de amena brisa acariciada por um mar distante.
Simples, não é? Nem tanto assim. Fosse nossa a vontade, de um vento soprado com a veleidade de inibir grilhetas morais e permitir leviandades e levezas de consciência que nos deixassem ter comportamentos, que se entendem reprováveis, sem o peso esmagador do remorso, da culpa, do respeito.
Simples, não é?