Saturday, December 20, 2008

Sonhei um dia um sonho...sonhei muitos dias muitos sonhos. Sonhei com pessoas, sonhei com momentos, sonhei com vidas. Nem todos se concretizaram e alguns desses (que não se realizaram) são muito difíceis de superar. Nada que com esforço, vontade e optimismo não se ultrapasse.
Sou um sonhador, sonho talvez demasiadas vezes, sonho talvez demasiado alto, sonho talvez demasiado com ambas. E ao sonhar, ao querer o que de melhor a vida me pode dar, entrego-me, vou à luta, dou tudo de mim para alcançar esses sonhos. Coloco-me de corpo e alma no esforço para tornar esses sonhos uma realidade.
Mas nem sempre, nem tudo, é controlável por nós. A vida é demasiado complexa para que nos seja possível alcançar tudo o que queremos e tudo o que sonhamos. Não é possível controlar tudo o que nos circunda e tudo o que encontramos pelo caminho.
Neste momento, o meu maior medo é o de ter medo de voltar a sonhar...voltar a sonhar demasiadas vezes, voltar a sonhar demasiado alto. Neste momento, o meu maior medo é perder a coragem de sonhar e lutar por esses sonhos, de se criar no meu espirito um estado de dormência e apatia e de entrar no conformismo de me limitar a aceitar o que a vida me trouxer.
Não me respondas...não me digas nada...um dia quero voltar a acreditar que vale a pena sonhar...tantas vezes quantas eu quiser....tão alto quanto eu quiser...não me respondas...não me digas nada...

Sunday, December 07, 2008

Esta é provavelmente a ultima vez que te escrevo...e faço-o por duas razões. A primeira é que desde há muito nunca mais foste capaz de falar comigo, olhos nos olhos. A outra é porque tenho contido em mim muitas palavras e sentimentos que já te deveria ter dito. Palavras que se fossem ditas a pouco e pouco (e não as disse quando devia porque não te queria magoar nem queria ser insistente demais) não seriam tão dolorosas e com um peso tão grande como terão agora que as vou dizer de uma vez só.
Perguntaste-me como estou...não sei se com genuíno interesse e preocupação ou se apenas para te sentires de consciência tranquila...para te dizer a verdade estou triste, muito triste. É claro que a opção que tomaste não era a que eu mais queria, mas fizeste a tua escolha e ela era apenas tua, um direito teu e de mais ninguém. Mas a forma como me trataste no meio de tudo isto foi o que realmentente me magoou. Eu abri-te as portas da minha casa, dei-te tudo o que tenho e arrisquei o que não tenho, abri-te o meu coração mesmo sabendo tudo o que estava em jogo num relacionamento como o nosso. Passámos momentos difíceis, nem sempre agi ou reagi como tu gostarias, mas estive sempre lá para ti e nunca deixei de estar lá para ti. Não sou nenhum mártir e sei que para ti as coisas também não foram fáceis e tenho consciência das dificuldades que estavam do teu lado.
Mas doeu-me muito, ter-te dado a mão, ter atravessado meio deserto contigo, contra tudo e contra todos, para depois, sem aviso, me largares da mão e sem sequer teres tido uma conversa comigo, me virares as costas e ignorares tudo o que se passou. Abandonaste-me sem uma unica satisfação, sem sequer teres tido a coragem de me dizer "não quero mais isto..." ou "não vou conseguir..." ou fosse o que fosse.
Nunca me vou esquecer do dia em que me prometeste que, acontecesse o que acontecesse, terias sempre em consideração a minha pessoa e os meus sentimentos. Não o fizeste e é isso que me deixa triste. Depois de te ter aberto o meu mundo, o meu coração, a porta da minha casa, acho que no mínimo eu merecia que tivesses tido a consideração de me dizer, cara a cara, da tua boca, o fim que querias ter posto ao que aconteceu entre nós. Eu acho que merecia uma atitude mais humana e mais sensível da tua parte e não olhar para ti e ver-te agir como se o que aconteceu não tenha passado de um erro que queres esquecer e fingir que não aconteceu.
Não espero que me respondas até porque, como costumas dizer, estas conversas não levam a lado nenhum. Apenas te escrevi porque não consigo mais calar em mim o que a tua atitude e a forma como agiste e tens estado a agir e tudo isto me tem estado a sufocar.
Apenas te escrevi porque nunca pusémos um fim claro, adulto e responsável a algo que obviamente para ti já acabou há muito tempo.

Wednesday, November 19, 2008

So Long...

Dusk
Sunrise
Peeping over the line
Smilling
Looking at me
With is tender eyes

Growing up
Claping is hands
wanting to play with me
in the warm smell of morning
the sweet summer flavour
touch

Say goodbye to the moon,
Child
She has laid
tired, exhausted, burned
under the wakening of the sun

Farewell
night princess
your time is spent
go to sleep
so long....

Thursday, October 30, 2008

Lobos do Mar

A vida é andar no mar, onde somos comandantes dos nossos pequenos barquinhos. Com o leme na mão, somos nós que traçamos o rumo que levamos, a favor da corrente ou contra ela, de vento em popa ou pela proa, no mar alto ou junto à praia.
A vida é navegar, com o barco ao sabor da ondulação e o ar da maresia no rosto, o cheiro a sol e a sal e o leme nas mãos. Todos somos lobos do mar, uns mais experientes e outros nem tanto...mas todos navegamos no mesmo mar, apenas em sítios diferentes, umas vezes mais perto uns dos outros, outras vezes mais afastados.
Em dias de sol, vento calmo e mar dormente, largamos o leme e vamos para o deck. Sentamo-nos, acendemos o cachimbo e ficamos ali, sossegados a cheirar o aroma, a sentir o sol na cara, a apreciar o momento. São dias de sol brilhante e noites claras, com a lua no céu. Tudo está bem, tudo está sereno.
Depois, pequenas brisas se levantam, a ondulação abana o barco e regressamos ao leme. O vento surge, o mar cresce e a chuva começa a cair...a tempestade chega. As ondas enormes ameaçam engolir os nossos barquinhos, a chuva inunda-os e o vento abana-os para um lado e para o outro.
Quando as ondas se tornam imensas paredes de água que se levantam dez vezes a nossa altura, vem o medo...o medo que o mar quebre os nossos pequenos barquinhos e nos leve para o fundo, para sempre.
Mas os velhos lobos do mar sabem...sabem que por gigante que o mar se afronte, têm que agarrar o leme com força e acelerar os motores de frente às ondas...não de lado, não de costas...de frente! Subir a onda até parecer que ela nos vai virar de quilha ao ar e estatelar-nos lá embaixo...e passar por cima da crista, descendo-lhe as costas. E depois vem outra onda, tão grande ou maior, e aceleramos mais uma vez. E andamos ali, na fronteira entre a linha de água e o fundo do mar, durante um tempo que parece interminável.
E de repente, tudo acalma, as nuvens desaparecem e o sol brilha de novo...o ar aquece, o mar sossega e podemos largar o leme....é hora de descansarmos.
A vida é andar no mar...e os lobos do mar sabem-no.

Monday, September 29, 2008

- Sabes...o circo é muito parecido com o amor...
- Ai é...como assim?
- Se é mesmo bom, é lindo e assustador e mágico...tudo ao mesmo tempo.

Saturday, September 27, 2008

Não é...pois não?

Uma estrada deserta no meio de um descampado...imediatamente à minha volta, os que me estão próximos...a minha familia, os meus amigos...
E à volta deles, os meus colegas de trabalho, os senhores do café onde costumo tomar o pequeno-almoço e os do restaurante onde costumo almoçar, e também aqueles que trabalham no mesmo edificio que eu e ainda aqueles com quem me cruzo na estrada...e à volta deles, milhares e milhares de desconhecidos, todos caminhando na mesma direcção, nessa estrada deserta no meio do descampado.
Eu sei que essa não é a minha estrada...eu sinto que esse não é o meu caminho..e todos parecem acreditar que este é o seu caminho...que este é o meu caminho...
Os conhecidos dizem-me que esta é a direcção certa...os amigos dizem-me que é nesta direcção que devo seguir. E eu paro...esta não é a minha estrada...este não é o meu caminho...e os meus amigos agarram-me e puxam-me a camisola e insistentemente dizem:
- É para ali que deves ir...é por aqui que deves seguir...
E eu sei que o meu caminho é outro. E viro as costas e quero andar noutra direcção...quero ir para a minha estrada.
Mas os meus amigos insistem e agarram-me...e eu puxo com força...e os milhares de desconhecidos à minha volta continuam a andar e dão-me encontrões ao passar por mim...e eu continuo a puxar os meus amigos que me puxam para o caminho que eles acreditam ser o melhor para mim e empurro os desconhecidos que me afogam como uma corrente.
Só uma voz me diz:
- Faz o que é melhor para ti...não ouças o que os outros dizem...para o que der e vier, vou estar aqui...por ti e para ti...
E eu continuo a fazer força...mas há momentos em que me sinto cansado...tão cansado que penso em deixar de fazer força e simplesmente flutuar à deriva nessa corrente...

Wednesday, September 17, 2008

Não é?

Percebi-te...finalmente, percebi-te...A pressão, que vinha de todos os lados, inclusivamente de ti própria, estava a ser demais...O peso na consciência, o sentimento de culpa estava a impedir-te...não queres magoar ninguém, e muito menos se sentires que não tens o direito de o fazer...e a nossa relação tirava-te esse direito...o que aconteceu com a tua amiga reforçou-te esse sentimento...
Mas sempre soubeste que, mesmo quando fui duro, brusco, mau, sempre te amei e continuo a amar, não é? Que sempre nos quis e ao nosso sonho e continuo a querer, não é?
Quiseste terminar a nossa relação, mas não queres que me afaste...quiseste terminar, mas não me queres perder...queres confiar no nosso destino, mas não queres arriscar a que siga com a minha vida e percamos a nossa oportunidade...
Sinto que o fizeste acreditando que se te livrares do sentimento de culpa e do peso na consciência serás capaz de lutar...sentir-te-ás no direito de ser feliz...comigo...
E queres que continue a acreditar em nós...queres que eu te sinta e espere mais um pouco, porque vais ser capaz...
Mas não sabes quando...e não te sentes no direito de me prender...Mas gostarias, ou melhor, queres acreditar que eu te sinto...e queres que te ame o suficiente para que te sinta, para que acredite e confie em ti e para que espere...só mais um pouco...porque vais ser capaz e vamos ser felizes...muito felizes...como só nós o poderíamos ser..................................não é?

Friday, September 12, 2008

Um elevador com duas portas

Há em ti um milhão de coisas que me tocam...o teu olhar profundo e pleno de sentimentos e emoções...os teus lábios silenciosos que gritam a tua alma...as tuas mãos suaves e gentis, quentes no toque...o teu andar inseguro e discreto...a tua voz de menina com medo de falar...
Desse milhão de coisas tuas que me apaixonam, houve uma que me tocou fundo...bem fundo...ficaste maravilhada com o meu elevador com duas portas...gostei tanto, mas tanto, de ver o brilho nos teus olhos diante dessa surpresa...diante dessa coisa tão simples e tão banal, que faz parte do meu dia-a-dia, tão quotidiana que nunca lhe tinha percebido nada de invulgar.
E, um dia, disseste...."Aaaahhh...tem duas portas....tão giroo!!!". E os teus olhos brilharam como os de uma criança que recebe o presente mais desejado. Naquele momento, o meu elevador com duas portas fez-te feliz...naquele momento, o meu elevador com duas portas trouxe-me felicidade...fiquei feliz, porque algo que faz parte da minha vida te fez feliz...fiquei feliz por algo tão simples te ter tocado...
E, nesse dia, o meu elevador com duas portas disse-me tanto sobre ti....

Saturday, August 30, 2008

Quero...

O que aconteceu aos nossos sonhos? Onde os guardámos? Os nossos momentos secretos pela manhã, os encontros no elevador, os nossos almoços na esplanada, na nossa esplanada, as nossas conversas sobre o que vamos poder continuar a fazer e o que vamos ter que deixar de fazer, os fins-de-semana que planeámos, as nossas férias, as nossas noites, as coisas que querias pôr nas prateleiras da cozinha, a casa que idealizámos, os nossos natais, a nossa sintonia, a nossa química, o nosso amor, as nossas saídas à noite com a "discussão" sobre quem conduzia, os nossos passeios, a nossa vida, o nosso futuro, os nossos filhos, as nossas idas à bola, as férias na neve e em Nova Iorque com as lojas e as compras e os infindáveis sacos, os nossos filmes com a mantinha e o bom vinho, as nossas brincadeiras contigo a manter-me na linha e eu a falar brasileiro, os nossos miminhos, a nossa cumplicidade...o primeiro fim-de-semana, na Quinta das Lágrimas, e as 3 semanas de lua-de-mel....

Quero tudo isso...continuo a querer tudo isso....

Monday, August 11, 2008

The Story

Um hino...aquelas histórias bonitas...que parecem ter inspirado aqueles filmes de que todos gostam mas ninguém o admite...aquelas histórias bonitas...com um final feliz....


All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do...I was made for you

You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

Brandi Carlile

Monday, July 28, 2008

Lembro-me do que a minha mãe me disse...como eu gostava que estivesse enganada...

Sunday, July 27, 2008

Vivificação do humor

24/07 às 22h34 a 17/08 às 22h55

Marte em conjunção com Lua natal


Bom humor e boa disposição social tendem a ser a tônica do período que vai dos dias 24/07 às 22h34 e 17/08 às 22h55 para você, Walter. Marte estará formando um ângulo estimulante e harmonioso à sua Lua de nascimento, e isso costuma dar uma dinamizada à vida emocional do indivíduo. Cores mais leves passam a tonificar o seu emocional, e este não é apenas um momento socialmente interessante como, sobretudo, tende a ser uma fase de reações emocionais positivas. É curioso observar, Walter, como muitas vezes passamos dias, às vezes até meses e anos mergulhados numa chateação ou ressentimento. Remoemos aquilo, até que de repente - bum! - a coisa passa. Em geral, são nos ciclos positivos de Marte com a Lua que a pessoa simplesmente "espana a poeira" e se livra de emoções chatas que não lhe servem mais. E este momento, para você, é agora! Daí a importância de, neste momento, conhecer gente nova, permitir-se trocar emoções com os outros, fazer coisas que lhe dão prazer. É um bom momento para o intercâmbio de sentimentos, para a expressão das emoções, sobretudo com as pessoas mais íntimas, da família, os amigos mais chegados, ou os amores.

Saturday, March 22, 2008

Mas...

Que espero eu?
Que o sol nasça ao anoitecer, que a água se incendeie com fogo, que as maçãs caiam do chão para a árvore...
Porquê acreditar que desta vez será diferente? Com tantos exemplos, com a minha própria experiência, é difícil crer que esta história terá um desfecho diferente....
Porque sinto que não sou pensamento teu, pelo menos uma vez por dia. Porque sinto que, quando não estás, simplesmente esqueces. Porque sinto que nem te procupas em, contra o impossível, me proporcionar o possível....apenas, que fosse, para que pudesse acreditar....apenas, que fosse, para que eu soubesse que não esqueces...apenas, que fosse, para merecer o sacrificio.
Que espero eu? Nada mais, que o tempo passe, para um fim ou outro....apenas que o tempo passe...

Sunday, March 09, 2008

Enfim...

Monday, February 25, 2008

Trachimbrod

Nessa terra onde a lua é maior
Com as botas cheias de pó
ao fundo das calças pretas
E as mãos segurando o chapéu ao peito

O cão malhado, a preto e branco
À beira da casa com telhado de colmo
uma senhora que lava a roupa
enquanto lhe mostra a fotografia

Sob o canto silencioso das matrioskas
os girassóis tombam ao sol
Um grilo verde guardado num saco
com medo de se esquecer

Este é o sítio onde tudo aconteceu
onde ficou o pendente de âmbar
em que se abriram os olhos
e ficou tudo iluminado

Saturday, February 23, 2008

Só...

Quero ver os teus pés a andar no meu chão
quero sentir o teu cheiro no corredor
Estar deitado ao teu lado e fazer-te festinhas no cabelo
que adormeças tranquila com a cabeça no meu peito

Quero ver as tuas coisas espalhadas pela casa
viajar contigo para os sitios que ambos gostamos
Apetece-me comprar-te uma prenda
sempre que vejo algo que sei que vais gostar

Quero ir jantar fora contigo aqueles restaurantes pequeninos
sair contigo à noite e divertirmo-nos a dois
Fazer loucuras, simplesmente porque nos apetece
e levar-te de fim de semana todos os dias...

Saturday, February 16, 2008

Um Sonho

Tiveste que ir ao palacete que os teus pais tinham no Bairro Alto. Uma casa senhorial, plantada no centro de um jardim cheio de árvores com aspecto abandonado, que haviam herdado de uma tia tua.
Levaste-me a mim e a uma rapariga que não sei quem é...uma amiga tua talvez. No teu carro novo, mas de modelo antigo, ela ia sentada ao teu lado e eu atrás. Estavas sisuda, incomodada com alguma coisa. Descemos a pequena rua que ladeava a casa e estacionaste à entrada do cruzamento. Trazias um casaco com gola e punhos de pêlo, castanho claro.
Saímos do carro, abriste a porta do jardim e entrámos. Enquanto tu e a tua amiga foram lá para dentro, eu saí novamente, atravessei a estrada e dirigi-me à mansão do outro lado da rua, um edifício enorme igual ao palácio de Versailles. No jardim em frente, tal e qual como o verdadeiro, havia dezenas, ou mesmo centenas, de mesas onde estavam pessoas sentadas, a comer, a conversar, a jogar às cartas, a ler o jornal. Parecia estar a haver uma festa. Todas me olharam com desdém, como uma aristocracia elitista que vê aproximar-se um plebeu.
Senti-me deslocado e voltei a casa dos teus pais. Estavas lá em cima, pelo que subi as escadas ao primeiro andar. Num quarto com pouca luz, que se assemelhava a um sótão mas sem o tecto esconso, à beira das escadas que levavam ao piso superior, disseste-me:
- Não se perde um homem, nem por amor.
Não te percebi...viraste as costas e foste para baixo e eu fui tomar um duche. Mal tinha começado e já estavas ao pé do carro para ir embora. Completamente nu, só com a toalha branca presa à volta da cintura, deitei-me nas sebes rectangulares que muravam o terreno e escorreguei, como um trenó, até à esquina onde tinhas estacionado o carro. Continuavas chateada e não fazias questão de o disfarçar...não sei o que tanto te incomodava.

Tuesday, February 12, 2008

Se és quem eu penso, sinto tudo por ti...se não és, sinto na mesma por quem acredito que sejas...

Thursday, February 07, 2008

Um dia...todos os dias...

Sinto-te tão perto e tão longe
que consigo cheirar o teu perfume
mesmo quando não estás ao pé de mim

Estás tão presente no meu pensamento
que mesmo não estando aqui
tenho a tua mão na minha

Lembro já tão bem cada milimetro de ti
que trago nos olhos o teu rosto
e no ouvido a tua voz que me sussurra

Confio tanto como és
que me deixo ir na tua corrente
deslizando no teu rumo

E quero tanto proteger-te
que sempre me seguro
para que sejamos invisiveis para os outros





...ou porque acordo todos os dias antes de o despertador tocar...

Tuesday, February 05, 2008

É boooom!!!

Consegues acordar-me todos os dias com um sorriso pateta na cara, fazes-me ter vontade de ir a correr trabalhar, e tornas cada dia o melhor!!!
Fazes-me ter vontade de falar, ficar bem disposto e sentir-me feliz!!
Consegues que mantenha a calma no trânsito, que não refile com nada e que arrume a casa sem má vontade!!!
Por tu existires, tenho sempre vontade de me vestir o melhor que posso, aproveito todas as coisas boas da vida e tudo me dá prazer!!
Por tua causa, ando sempre com um brilho nos olhos tão grande que na minha vida é sempre de dia!!!
E temos ainda tão pouco entre nós... :)))

Sunday, February 03, 2008

Por agora

Dá-me a mão e agarra-me...com força...não me deixes ir...chama-me e diz-me para ficar, não quero ir...encosta o teu nariz à minha orelha e segreda-me...que não queres que vá...não me digas mais nada, apenas para ficar...aperta-me a mão...com força...dá-me uma lágrima tua e diz-me para esperar...e esperarei...e ficarei....mas diz-me, sente-me e deixa-me sentir que queres que fique...pelo menos, por agora....

Saturday, February 02, 2008

Sensações Irrisórias

E é tão bom estarmos permanentemente à espera do momento em que o telemóvel vai tocar...o acordarmos bem antes do despertador, tal a vontade de saltarmos da cama e sairmos...o estar constantemente a olhar para o ecran à espera que o mail chegue...o contarmos os minutos aguardando aquele breve momento, tão irrisório e tão bom!!!

Monday, January 28, 2008

Não te desejo menos do que a melhor sorte e que encontres não a felicidade, realização pessoal e profissional que procuras, mas o dobro de todas elas!

Sunday, January 27, 2008

Se Benjamim Franklin tivesse medo de se magoar, nunca teria descoberto a electricidade...

Ontem, hoje, amanhã...

Vejo que o mundo continua a girar
os dias continuam a suceder
as noites antecedem-nos a dormir
e a vida a percorrer

Mas algo mudou
alguma coisa está diferente
no quadro que antes pintou
uma cor está saliente

Diz-me o que foi
que antes não importava um momento
e que agora, todo o dia,
não te larga o pensamento

Diz-me tu o que ganhou valor
o que tem mais forte alento
o desejo que te move agora
Para onde sopra esse vento

Diz-me tu o que é
estou encandeado, não consigo ver
ouvir-te não te negarei
e não quero ficar sem entender

Thursday, January 24, 2008

Ahí estás tu

Dejate llevar, por las sensaciones
Que no ocupen en tu via, malas pasiones

Esa pregunta que te haces sin responder
Dentro de ti está la respuesta para saber
Tu eres el que decide el camino a escoger
Hay muchas cosas buenas y malas, elige bien
Que tu futuro se forma a base de decisiones
Y queremos alegrarte con estas canciones

Y ahí estás tu, tu...
Y ahí estás tu, tu...

Y es que yo canto porque a mi me gusta cantar
También tu bailas porque a ti te gusta bailar, tu...
Y es que yo canto porque a ti te gusta escuchar
Lo que yo canto porque así se puede bailar, tu ...
Y ahí estás tu...
Y a mi me gusta como bailas, tu...
Toa baila, toa baila
Y ahí estás tu...
Y a mi me gusta como te mueves, tu...
Toa baila, toa baila

Canto por el día, y en mañanas da alegría
Canta tu conmigo si quieres conmigo canta
Canto por las noches, cuando el lorenzo se esconde
Canta tu conmigo, si quieres conmigo canta
Canto pa los pobres que temprano se levantan
Canta tu conmigo, si quieres conmigo canta

Y ahí estás tu...
Y a mi me gusta como bailas, tu...
Toa baila, toa bailar

Y ahí estás tu...
Y a mi me gusta como te mueves, tu...
Toa baila, toa baila.

Chambao

Sunday, January 20, 2008

Fire flame red

In the middle of the crowd
Trying hard to be unseen
Such beauty shouts out loud
In a quiet silent scream

With a gentle heavenly touch
You make time run
The mighty God himself will blush
As you shine brighter than the sun


Just a perfect little girl
With a pretty princess face
Soft milky skin
Hoping for a warm caring embrace


On the tips of your wings
Down the long silky road
Burns a fire flame red
Someone’s hands wishing to hold

Truly you are a dreamer
Mesmerizing woman bathing on the moon
Maybe a child staring at the stars
You won’t find out soon


Just a perfect little girl
With a pretty princess face
Soft milky skin
Hoping for a warm caring embrace


You shy handsome baby
Anxious to know you’re right
But as you feel unsure
You keep your hands tight


Just a perfect little girl
With a pretty princess face
Soft milky skin
Hoping for a warm caring embrace


Kasumi Wonderland



Sunday, January 13, 2008


Durante os próximos tempos...

Saturday, January 12, 2008

The Green Tones

Lost in the glow of the night
Dazzled in deep green ecstasy
Blinded by the glimmering lights
of the quiet sleeping city

Walking side by side
up and down the hills
Climbing the marble stairs
Shivering under the warm chills

Joy flows between the buildings
surrounded by shimmering candles
a permanent peaceful feeling
seeking for everlast happiness

And though the hours come to an end
Memory is still kept
In my mind a portrait remains
of a night never to forget

Tuesday, January 08, 2008

Não sou...

Dono de fortuna, terras ou riqueza
Bens materiais, jóias ou nobreza
Não sou político, diplomata ou autoridade
Figura pública, filho de gente importante ou majestade
Não tenho dívidas, créditos ou herança
Propriedades, empregados ou abundância
Tenho o que sou e o que sonho
O ar que respiro e a beleza que vejo
A felicidade que vivo e que quero partilhar
O mundo que desejo e quero ajudar a construir
Nada mais tenho...

Monday, January 07, 2008

Um final de dia triste

O final de dia hoje foi...triste.
Ao chegar ao hospital, ouvi uma voz chamar-me. Um amigo estava ali. O avô foi internado de urgência com uma septicémia. Não sabiam nada dele...nas urgências, por norma, não há visitas. Muito menos na "Reanimação", local onde estão os que chegam em perigo de vida ou já para lá dela. Para complicar tudo, o caos estava instalado nas Urgências. Além de sentir a tristeza da própria familia, imaginei o que sentiria o próprio avô "abandonado" nos frios e impessoais corredores. Perguntou-me porque estava ali, mas mais do que isso senti que tentou perceber se eu conhecia alguém que os pudesse ajudar. Por sorte, a minha amiga enfermeira que me tem estado a acompanhar estava no turno dela. Tentei descansá-los. Falaria com ela para que tentássemos conseguir saber mais alguma coisa. Esforçaram-se por controlar a ansiedade por demais evidente.
Entretanto, comentou...hoje estamos cá todos! A Susana está cá com o filho dela, nas Urgências Pediátricas. Fui para cima, prometendo-lhes fazer tudo o que pudesse para os ajudar.
Já lá vai algum tempo e nunca mais pensei falar-lhe. Mas já passou tanto tempo e, nestas ocasiões, esquecemos tudo aquilo que nos fizeram e só queremos o melhor. Sentimento ampliado quando se trata de um bébé que não tem ainda um ano.
Depois de tratar do meu penso, iria tentar saber alguma coisa do avô. De seguida iria para a Pediatria tentar saber o que se passava com o bébé...e ver em que poderia ajudar. Não seria fácil, aparecer assim do nada, numa situação tão delicada, em que as pessoas estão fragilizadas. E eu, como iria reagir ao reencontro? Não importava. Apenas estava em causa aquele pequeno ser e a mãe que, conhecendo-a como conheço, deve estar desnorteada.
Subi, tratei do penso. O mesmo dos outros dias, nada de novo. Saí com a minha amiga para a recepção do serviço e ligámos para as Urgências. Telefone impedido. O caos, tinha-me esquecido..."Vai descansado - disse-me - eu saio daqui a pouco e passo lá embaixo a saber do senhor. Queres que ligue para a Pediatria?". "Não...eu vou lá."
Aqueles corredores parecem intermináveis e, com a perna manca, sou ultrapassado por todos. Aqueles túneis parecem ainda maiores e as cadeiras de rodas pareciam carros de corrida. Se não soubesse, pensaria que estava no Mónaco. Cheguei à Urgência. Uma confusão de pais e crianças e brinquedos e sacos de puericultura. Alguns pais brincam com os seus filhos tentando distrai-los. Nem sinal da Susana.
Ligo para a irmã. O bébé está internado desde ontem, ainda não descobriram o que tem. Não te preocupes, está tudo controlado. Não pergunto por ela, só quero saber como está o bébé. Não sabemos, nem eles sabem. Obrigado por ligares.
Vou-me embora, coxeando mais no peito do que na perna. O Joãozinho não merece! É apenas uma criança...

Sunday, January 06, 2008

O Olho do Touro

Estou aqui, de braços abertos ao Mundo que já foi meu e ás estrelinhas do céu...Quero ouvir a sua Voz sussurar-me uma canção. Quero entrar na sua biblioteca e ler os livros que me forem permitidos ler, sorver as palavras que me quiser dar, escutar as histórias que lhe aprouver oferecer.
Estou aqui, filho do Oriente, espreitando à janela numa casa de porta destrancada que nunca se ousou fechar. Convido-o a entrar, ofereço hospitalidade e apresento-me de coração afável, honesto e humilde.
Estou aqui, em silêncio, aguardando o sopro do Vento com a sua carícia quente e abraço áspero...

Friday, January 04, 2008

Boas notícias...

Hoje fui ao Hospital, para que a médica observasse a evolução da ferida.
Ao remover o penso, gostou do aspecto geral...inclusivamente do hematoma que me mancha toda a coxa. Limpou-a cuidadosamente, desinfectou-a e mais umas pequenas operações que não vale a pena aqui descrever (a bem de algumas mentes mais impressionáveis).
Aproximou a luz forte do candeeiro, sentou-se a meu lado, e começou a palpar a ferida. Um exame mais atento detectou o que, tanto ela como eu, menos queríamos. A sutura do corte permitiu a sua cicatrização...mas apenas ao nível superficial. No interior, o musculo não cicatrizou porque, para isso, seria necessário que houvesse contacto entre duas superficies de tecido vivo.
Procedeu à reabertura da ferida, nova limpeza, desinfecção e uma raspagem dos tecidos inanimados. Adicionou um ponto, aos 4 com que anteriormente me costuraram a perna, fazendo-o passar por baixo da veia, que afinal sempre ia sendo cortada pelo "finn" da prancha, para garantir a cicatrização ao nível mais profundo da perfuração.
Mudança diária do penso, continuação do antibiótico e manutenção da boa disposição..."porque, afinal, a lesão poderá levar 5 a 6 semanas a recompôr-se. Até lá, nada de esforços. Nem sonhe com o surf ou com a salsa!"
Enfim...dizem que os olhos também comem...vou ver, pelos meus próprios, se é mesmo verdade.

Thursday, January 03, 2008

Já só faltam 2 semanas e meia...

Estou cansado de ter os pés atados, de me abraçar ás paredes e descer as escadas a medo. Tenho saudades do cheiro do mar, de andar com os pés na areia, do frio que se apanha e do gelo em que o corpo fica.

E ainda não passou sequer uma semana...estou molhado por não conseguir correr da chuva, estou moído por já não ter posição em que me sentar e fico com cãimbras simplesmente ao ir de uma secretária à outra.

Bolas...só lá vão 4 dias...

Mas sinto picadas da ferida a sarar, vontade de regressar à praia o quanto antes e este fim de semana vamos ter ondas de 6m a 7m e eu quero lá estar, quero sentir esse oceano em fúria, quero ver os corajosos e as corajosas que nem dormem a pensar em aventurar-se nesses cavalos selvagens.

E quero um dia saber montá-los e domá-los! Mesmo que para isso tenha que cair outra vez...

Wednesday, January 02, 2008

Clipped Wings

Vejo as palavras travadas na tua boca
como se uma pétala cerrasse os teus lábios
Sinto os teus olhos que tentam ver na escuridão
e o teu corpo que espera um abraço

As tuas mãos entrelaçadas, no colo pousadas
e a cabeça pendendo sobre o ombro
Teus cabelos ansiando um afago
Sentada, os pés virados um ao outro

Teu pensamento uma só pergunta
que deambula em torno de ti
No sossego tranquilo da noite
caminhas para o sonho

Em terras de fantasia e felicidade
acreditas encontrar o segredo
Guardada como um tesouro, a resposta
Mas achá-la-ás bem junto ao teu coração