Tuesday, August 28, 2007

Light Aziz, Light!!

Em alturas menos boas da nossa vida encontramos sempre bodes expiatórios. É muito fácil apontar o dedo aos responsáveis pela nossa falta de sorte: as outras pessoas, a própria vida, alguém que nos rogou uma praga...até Deus por se esquecer de nós.
Depois, toda a gente nos diz para relativizarmos as coisas, para aguentar a onda, que melhores dias virão, que ainda nos vamos rir da situação, até mesmo que iremos aprender uma grande lição de vida.
Eu cheguei mesmo a acreditar que essa tranquilidade, essa capacidade de aceitar os problemas e enfrentá-los sem deixar que me derrubassem viria com a idade. E, com o tempo a passar, nunca soube que idade era essa.
Hoje em dia olho para trás na minha vida e gosto do que vejo. É com alegria que me considero uma pessoa equilibrada e forte, com discernimento para me autoanalisar e perceber os erros que cometo, com suficiente espirito de critica para me zangar comigo mesmo, mas acima de tudo por (perdoem-me o narcisismo) gostar mesmo muito de mim próprio e do como sou.
E porque é que digo isto? Porque quando olho para mim próprio (instrospecção também é importante para não falarmos mal só dos outros :p) gosto de ver como sou superficial e como é tão simples ficar feliz!
Já escrevi várias vezes como é benéfico conseguirmos extrair alegria das coisinhas mais pequenas e mais insípidas da nossa vida. E é com grande satisfação que vejo que o faço sem o mínimo esforço, insconsciente, natural e expontaneamente.
Traz-me uma profunda felicidade o cheiro a pão quente nas manhãs de Verão e a terra molhada no Inverno. Fico em extâse por no Verão poder andar com pouca roupa e por no Inverno ser mais fácil andarmos bem vestidos. Fico superfeliz com a felicidade e sucesso dos outros como se fossem meus (não sou o Ghandi, mas é verdade). Gosto de ver as crianças (dos outros) a rir descontroladamente. E fico tão feliz quando me dizem que sou interessante, bonito, especial, bom amigo ou o que for como em dizer todas essas coisas aos outros.
Mas acima de tudo, faz-me muito feliz olhar para mim e gostar de mim...gostar mesmo muito de mim com todas as virtudes e defeitos (que não são poucos) que tenho. E é isso que me permite passar por qualquer dificuldade na vida com um sorriso nos lábios e pensamento positivo! Porque sou feliz e gosto de ver os outros felizes!

1 comment:

Paula Raposo said...

Uma óptima análise. Eu com a idade também lá hei-de chegar...