Tuesday, September 28, 2010

Uma história... (cont. 3)

Nahn sempre se quis convencer de que era um espirito livre, jovem e descontraído, de tal modo que afrontadamente se recusava a fazer o que quer que fosse como mandam as regras. Mas, o seu raciocinio e os motivos que encontrou para moldar a sua forma de estar na vida, tornaram-na uma pessoa irresponsável, inconsequente e inconsciente. Nunca se preocupou em pensar nas consequências que as suas atitudes e opções pudessem vir a ter, nunca se preocupou com o resultado dessas consequências (para si e para os outros) e, acima de tudo, nunca assumiu a responsabilidade desses actos e decisões, optando por descartar, para os outros e para a vida, a culpa dos acontecimentos. Era-lhe mais fácil encontrar nos outros, nas atitudes dos outros e nas decisões dos outros a razão de as coisas terem acontecido do que assumir os eventuais erros que pudesse ter cometido.
Nahn não nasceu em berço de ouro. Nahn não foi estragada pela abundância e, apesar de não ter passado dificuldades, as coisas não lhe foram facilitadas. Os bens materiais que conseguiu foram conquistados à custa de muito esforço, algum sacrificio e muito trabalho. Seria de esperar que, tendo obtido tudo isso literalmente à custa do seu próprio suor, valorizasse o que de bom a vida lhe proporcionou. Mas era cega...a constante preocupação em proteger-se do Mundo e dos outros cobriu-lhe os olhos e anestesiou-lhe o coração. Nahn vivia uma vida adormecida...

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