Thursday, November 24, 2005

Não percas uma oportunidade...podes perder uma vida!

Sei que leste em mim toda a vulnerabilidade de uma criança assustada. Que percebeste em mim a vontade de o dizer, o anseio de me chegar. Li no teu olhar a permissão, o anuimento, o espaço que me deste para entrar. Mas o desejo sufocou-me e no meio da multidão fui incapaz de nos esconder e te segredar. Engasguei-me na semântica de uma frase cozinhada, demasiado ensaiada.
No reencontro, tentei novo tento...voltaste a anuir, mas estavas afastada, de mim apartada. Comeria os metros que nos ligavam e engoli-los-ia se ninguém estivesse a olhar. Ignóbil. Ninguém estava preocupado, ninguém nos observava. Quis encobrir-nos dos olhares cegos dos transeuntes que nos ignoraram. Ninguém queria saber de mim, nem do que tinha para te dizer. E ainda assim, quiseram as palavras imobilizar-se nos meus lábios travadas pelo pensamento trôpego da minha imaginação ingénua. Desculpa-me tanto receio de me aproximar...tenho medo de te perder!

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