Tuesday, November 01, 2005

Primeiras Impressões!

Hoje acordei a pensar precisamente nisto...bem não tanto nisto como mais especificamente em olhos, olhares.

Há quem tire as suas primeiras impressões de outra pessoa pela roupa que veste, pelo modo de andar, pelo aperto de mão, pelo sorriso, a assimetria das orelhas, pelo nariz, boca, seios, pernas...eu gosto de perscutar o olhar.

Para mim, os olhos são a porta para a alma, por onde entro no íntimo das pessoas. Como são maioritariamente controlados por músculos involuntários, os olhos não mentem, não enganam, revelam a verdadeira essência da personalidade. O olhar desconfiado de quem tem medo de se dar a conhecer, os olhos inseguros de quem não se conhece a si próprio, o olhar arrogante de quem tem o rei na barriga, o olhar meigo e triste de quem procura atenção e carinho, o olhar extasiado de quem adora a nossa companhia. Isto e muito mais retiro de um olhar.

O comportamento dos olhos revela-nos, de forma transparente, nítida e verdadeira, os pensamentos mais íntimos de alguém. Já encontrei os diversos tipos de olhar em diversos tipos de pessoa. Aliás, todos nós em situações diferentes podemos exprimir os diferentes tipos de olhar.

O que me apetece falar hoje, foi o que vi ontem e que já havia visto em ocasiões anteriores. É o tipo de olhar que se confunde entre o desconfiado (ou desconfortável) e o tímido. Tive alguma dificuldade em identificá-lo acertadamente, mas creio que é o tímido.

Há uns dois meses atrás, e mais recentemente há quinze dias, quando o vi pela primeira vez nessa pessoa, estava certo de ser o tímido. Reparei que muitas vezes, bastantes até, aqueles olhos fixavam-se em alguém...mas quando se encontravam com os desse alguém, rapidamente se desviavam para o vazio, local nítidamente mais confortável para Sofia. E, no entanto, momentos depois, voltavam a buscar os olhos desse alguém, como que querendo confirmar que ainda a observavam. Obviamente, esse alguém, retribuindo um interesse que acredita mútuo (e já tendo reparado anteriormente na beleza de Sofia e no seu olhar terno), sentiu-se mais confiante, até pelo olhar tímido dela, em olhá-la directamente nos olhos. E a reacção era invariavelmente a mesma: devolvia por breves instantes aquele olhar nervoso, para rapidamente o desviar e instantaneamente voltar para procurar a confirmação. E ela lá estava.

Recentemente pareceu-me verificar que é de timidez que se trata. Numa outra ocasião em que tive a felicidade de contemplar este jogo dançante, apercebi-me (ou pelo menos assim me pareceu) que Sofia procurou o olhar desse alguém em busca de um simples cumprimento. Aquele limbo em que muitas vezes nos encontramos, sem saber se cumprimentar a pessoa ou não, na incerteza de sermos retribuídos. Pois bem, dessa vez esse alguém encheu-se de coragem e cumprimentou mesmo, o que levou Sofia a esboçar um sorriso aberto e franco que sinceramente me pareceu verdadeiro.

Ontem a situação repetiu-se, mas esse alguém, sentindo-se plenamente confiante, não se fez rogado e cumprimentou-a de imediato com um à vontade que até a si próprio surpreendeu. Não pela coragem que o acto exigiu (que não foi nenhuma) mas pelo facto de o ter feito sem o mais ínfimo nervosismo.

Até hoje, das três ou quatro vezes que Sofia e esse alguém se encontraram, o contacto entre os dois não passou disso: Um cumprimento informal e cordial e algumas trocas de olhares. E agora?


NOTA: Os personagens retratados neste texto são fictícios. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência...ou não!

5 comments:

Anonymous said...

Ou não ou não!!!
Porque será que essa história me pareceu real?...tão real que até podia dizer com grande certeza que a tinhas vivido=X
HEHE

Anonymous said...

Senti quando li este texto que conhecia parte desta historia, tu lá hás de saber porquê.
Quanto à Sofia n sei mas quanto a esse alguém, acho q deve ir com calma, ter certezas se é timidez ou não e quando a tiver, simplesmente atacar como só ele sabe fazer... com aqueles encantos que so ele mesmo é que tem ... bjos

Anonymous said...

os olhares estão tão presentes no nosso dia a dia, vivemos com eles diariamente, na rua, no supermercado, no carro, no trabalho e kuase todos nos são "indiferentes"...
kuando não o é, é pk algo de mais forte existe k um simples olhar... mas é tão dificil saber o k fazer kd um olhar mexe connosco...
se agente soubesse gajo não estavamos como estamos!!!
mas acho k o mais importante é lutar por esse olhar para não o perder!!!
força aí... és fantástico ;)

vero said...

O olhar não mente, a boca pode mentir, mas os olhos não! Venho agradecer a visita que fez ao meu blog. É sempre bem-vindo....
Beijinhos***

vero said...

loool, ok! Também só tens 3 aninhos a mais k eu...looool
;)
Beijinhos***