E atravessaste aquele mar de gente, decidida e determinada, só para me falares.
De repente, fez-se silêncio e estávamos só os dois. O sorriso que me esboçaste abriu caminho até ao meu mundo. A luz que emanou dos teus olhos encandeou-me. Senti a tua alegria em me veres. Senti que ignoraste todos os receios que tinhas e que te libertaste de tantos quantos te prendiam para teres a certeza que te vi. Acredita que já te tinha visto antes de os meus olhos te encontrarem. Sabia-te lá. Sentia-te lá. E por isso me apressei a sair...para que não nos cruzássemos efémeramente na porta.
Gostei de sair e logo instantaneamente os teus e os meus olhos se fixarem, atravessando a multidão que se interpunha entre nós. Gostei que nesse momento te tenhas dirigido a mim de forma tão firme e intrépida. Gostei que tivesses vindo reclamar o que já era teu. Que não tenhas reparado em mais nada nem em mais ninguém até sabermos um do outro. Gostei que tivesses gostado de me ver. E ainda assim tenho medo...
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3 comments:
Qualquer dia ainda te dá uma coisa má, com toda essa ansiedade por causa da Sofia!
Faz qualquer coisa arrebatadora, inesperada!
Pois, eu sei: é fácil falar para quem está de fora...
O medo é algo totalmente estéril...
Nada nos tolhe mais do que o medo de viver.
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