Friday, July 29, 2005

A Nossa Vida

Ainda não foste e já sinto a tua falta. Cada momento que passo sem ti é uma eternidade. Sinto-me aprisionado pelas grilhetas da tua ausência. Todos nós carregamos uma cruz e a minha é não te ter perto de mim. Imagino como seria se estivessemos juntos. Uma vida em conjunto. Chegamos a casa ao fim do dia, o reencontro, o partilhar das tarefas e das refeições, ver um filme à noite deitados no sofá. E ao fim de semana a evasão. Partiamos para fora...só nós. Uma viagem na sexta-feira à noite, a dormida na estalagem, o conhecer novos lugares. E no domingo regressávamos a casa, a nossa casa.
Durante a semana, chegamos do trabalho, tomamos um duche, vestimo-nos com cuidado. Saímos para jantar no nosso restaurante, partilhamos uma sobremesa e tomamos café. Passeamos na praia e conversamos sobre o dia, sobre o futuro, as nossas preocupações, os nossos desejos. Sentamo-nos um pouco na areia e olhamos o mar. Contemplamos o céu, uma estrela cadente oferece-nos um desejo e pedimos o mesmo. Abraçamo-nos. Estamos contentes por estarmos juntos, por nos termos cruzado nos nossos caminhos e os termos unido num só. Deixamo-nos estar em silêncio, aproveitando aquele momento que é só nosso, enquanto ele chapinha nas ondas rasteiras que acariciam a praia.
Vem ter connosco, deita-se no meio de nós e começa a fazer perguntas. Quantas estrelas há? Porque brilham? Onde estão os planetas? De quem é a Lua? E nós respondemos.
O cansaço já é tanto que acaba por adormecer. Pego-o ao colo, dou-te a mão e vamos para o carro. Sento-o no banco de trás, sem o acordar, e voltamos para casa...a nossa casa.

28/07/2005

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