Monday, July 25, 2005

Quanto tempo mais?

Longos vão os dias e tardias as horas que se demoram no eterno passeio pelas doze ruas. Na imobilidade do tempo em que a areia parece subir numa ampulheta, sofro pela estagnação e anseio pelas tuas palavras. As horas parecem dias, os dias parecem meses e os meses parecem anos. Os ponteiros do relógio martelam pesadamente os segundos e os dias estendem-se muito para além da sua vida habitual.
E, entretanto, vejo os que são livres de se exprimirem abertamente e choro por não poder fazer o mesmo, por não poder dar-te a mão e sussurrar-te ao ouvido as palavras que me latejam no coração. Por não poder tocar-te a face, por não sentir os teus cabelos no meu rosto, por não poder abraçar-te. E sofro em silêncio para não denunciar-me.
Quantas vezes desejei ter-te a meu lado, ter a tua companhia, conversar contigo. E comprimo tudo no meu peito, mesmo que a dor já se tenha tornado insuportável. Porque todo este sofrimento faz com que o meu amor por ti seja cada vez maior.
24/07/2005

No comments: