Thursday, December 29, 2005

Debaixo da Lua

Foi a coberto da noite
que me abeirei da falésia
e lancei ao mar tranquilo
garrafa de vidro rolhada a cortiça

Soavam as 09h30
ouvia vozes por perto
essa presença ignorei-a
do que queria fazer estava certo

Peguei nas palavras imaginadas
e dei-lhes um nome
dobrei-as cuidadas
bonito gesto, soou-me

Espero agora que a maré
se encarregue de as levar
Nisso sustento a minha fé
que a sorte tas há-de entregar

Resta-me portanto aguardar
que te toquem o coração
que compreendas porque escolhi o mar
Não fui capaz de seguir a razão

7 comments:

Rosa said...

Confiar na "sorte" para mensageiro das nossas palavras não me parece uma boa política... :)

Bitchoman said...

Não confiei na sorte...é apenas uma força de expressão. Fiz o que devia fazer e como podia fazer. Mais que isso só pondo uma lanterna a apontar para lá...

Rosa said...

Eu sei :) Estava só a meter-me contigo! Jamais me passaria pela cabeça interpretar à letra um texto poético.

Quanto à lanterna... olha que há quem precise! Aqui euzinha, por exemplo. E tem que ser a lanterna a apontar para um cartaz gigantesco com tudo lá escrito em letras enormes e vermelhas! :) Não faço por mal. Sou apenas muito distraída! Quem sabe não te calhou uma deste género "na rifa"? :)

Bitchoman said...

Hum...por acaso não me parece que ela precise de lanterna...e além de simples o bilhete era bem claro...

Maria Carvalho said...

O mar é fonte inspiradora de milhões de coisas lindíssimas, inclusivé uma garrafa lá lançada!! Beijinhos.

Maria Carvalho said...

Olá!! Espero o primeiro poema de 2006....beijinhos, impossível contactar-te por telemóvel...bom ano.

Anonymous said...

Bemm tanto comentário....eu lamento mas poemas não é comigo....olho pa eles e perco logo a vonate de ler.....pk m lembro da poesia que damos na escola.....desculpa mas é mais forte que eu...
d kkr maneira deixo uma bjokas na mm pa n dizeres k nc cá venho=)
Bjokas