Tuesday, December 27, 2005

Tentando compreender

Desde que nasci, sinto-te labutar pela minha felicidade. Em tudo me apercebi do teu toque e de quanto influenciaste a minha vida. Mesmo quando parecias distraído, eu via como estavas a trabalhar e o que estavas a fazer em meu benefício.
Neste momento, não consigo enxergar a tua luz, não consigo entender o teu objectivo. Eventualmente, mais tarde irei compreender, mas agora torna-se dificil suportar tantas provas. Confio que me guardas um bom final, mas este caminho já vai longo e custa-me avançar. Tenho medo que se me endureça o coração e se gelem os sentimentos. Acho que o que peço é de características nobres e nada egoistas. Apenos quero que me deixes dar o que tanto tenho para dar...mas sobretudo que me deixes chegar a quem o queira receber. Continuo a acreditar que o que fazes, o fazes por alguma razão e com um objectivo determinado. Continuo a acreditar que queres o meu bem. Mas com tantos obstáculos que me tens colocado, começo a ter dificuldades em continuar. Não me deixes perder, não me deixes desistir.

8 comments:

Salseira said...

Olá!

Então? Anima-te!

E lembra-te que temos que ter cuidado com os pedidos que fazemos. Porque não pedes antes para teres capacidade de aprenderes o que tens a aprender nesta fase da tua vida? Talvez essa aprendizagem te venha a ajudar a obter, e a manter, aquilo que, neste momento, estás a pedir.

Falo por experiência própria. Também eu andei muito tempo a pedir uma determinada coisa (penso que o mesmo que tu)até que me disseram o mesmo que te disse acima.

Aproveitei bem o tempo para tentar melhorar algumas das minhas capacidades e adquirir outras. Quando finalmente obtive o que pedia passei por muitas dificuldades para manter o que tinha obtido porque foi uma oferta cheia de dificuldades. A aprendizagem anterior ajudou-me nesses momentos difíceis. E só hoje, passados quase três anos desde que foi satisfeito o meu pedido, é que sinto que finalmente tenho o que queria.

Muito confuso? Espero que não... escrever o que nos vai na Alma nem sempre é fácil!

Calma! Tudo tem o seu tempo mesmo que isso custe a aceitar!

Um beijo!

Rosa said...

Hmmm... Eu tenho alguma dificuldade em entender este texto. Porque não acredito que nada exterior a nós tenha que permitir ou não permitir que algo aconteça ou sequer que nos coloque obstáculos. Tudo acontece de dentro para fora, na minha forma de enxergar a vida.

Anonymous said...

Eu aprendi a viver um dia após o outro, que quando uma porta se fecha, abrem-se logo duas ou três e que até ao lavar dos cestos é vindima!

Também eu estou à espera de algo há muito desejado. A forma como lidei com essa espera já me fez muito mal. Não esperava, desesperava!

Não desesperes...

Bitchoman said...

Isto também não está assim tão mal...foi apenas um desabafo...um momento menos bom.
Rosa, explica-me lá o teu ponto de vista...tu que dizes que "Como vêem, a minha participação nos factos foi pouco mais que "emprestar" a mão para pegar na agulheta errada... Prova-se assim que, afinal, há coisas que nos acontecem que são de completa e absoluta responsabilidade alheia... ;)"

Rosa said...

Bitchoman,
Essas minhas palavras que aí transcreves foram escritas num tom absolutamente irónico, como sei que sabes! :)
O meu ponto de vista é que tudo é responsabilidade nossa, é que a nossa vida somos nós que a criamos, mesmo as coisas menos boas, às vezes por motivos que, no momento, não conseguimos perceber. Os obstáculos não são lá colocados pelos outros, mas sim por nós próprios. E são, como respondi hoje lá na minha "casa" ao comentário de alguém, "proporcionais ao tamanho do nosso medo" ;)

Bitchoman said...

Bem....a verdade é que também acredito nisso...sempre disse a toda a gente que a nossa vida é o que fazemos dela (e este caso específico não foge a regra, estou apenas a colher os frutos do que NÃO fiz)...mas como "dizias" (ironicamente) nesse teu post é muito mais fácil deitarmos as culpas para cima de outrém!

Bitchoman said...

P.S. - já consegui reconhecer, há uns quinze dias atrás, que a tua frase sobre a proporcionalidade dos obstáculos em relação aos nossos medos é a mais pura das verdades...mais uma razão para me ser mais fácil responsabilizar alguém que não eu. Na verdade, o que mais me aborrece é a minha/nossa impotência perante certas coisas...como o ter que esperar por uma oportunidade

Maria Carvalho said...

Ok...um desabafo. Quem não desabafa? Desistir é que não é propriamente muito normal dentro dos fortes como um rochedo??!! Claro que tenho razão...Beijinhos.