Tuesday, August 16, 2005

Capitulo II

E retomou o seu caminho. A subida íngreme e pedregosa afigurava-se extremamente dificil, mas ainda assim sentiu-se com forças para continuar. O que o esperava no alto era mais do que inspirador. Justificava o esforço hercúleo que o esperava.
O carreiro subia a encosta, serpenteante e tortuoso, ladeado de plantas espinhosas. Por diversas vezes, sentiu as forças esmorecerem, mas uma fé inabalável incitava-o a seguir.
Depois de andar há já vários dias, encontrou uma ponte de corda suspensa sobre uma garganta de rocha granitica que se elevava muitos metros acima do rio que descia a montanha furiosamente, lá no fundo. Tinha um aspecto muito velho e deteriorado e hesitou em atravessá-la. A queda seria fatal, caso a ponte fosse incapaz de suster o seu peso. Apoiou o pé na corda e forçou-a, testando a sua resistência. Apesar da provecta idade que aparentava, suportou condignamente a força exercida, pelo que, enchendo-se de coragem, optou por arriscar. Durante a travessia, por várias vezes sentiu as cordas cederem sob o seu peso, e duvidou de conseguir chegar ao outro lado. Mas uma ponte que ali esteve tantos anos, aguentaria mais uma passagem.

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