Wednesday, August 03, 2005

O Teu Silêncio

Desde que acordei, aguardo as tuas palavras...até ao deitar.
Cogito porque não me dizes nada. Se não podes, se não queres, se achas que não deves. As duvidas assomam-me ao pensamento e as conjecturas minam-me os sentimentos. Começo a pôr em causa a reciprocidade do meu querer, a pôr em duvida se partilhas do mesmo sonho que eu. Quantas e quantas vezes hoje quis falar contigo...mas não posso porque te prometi. Quantas e quantas vezes hoje te quis ver...mas não posso porque não sei de ti.
E tu? Será que sentes o mesmo? Ou vivo apenas uma ilusão unilateral que não encontra resposta em ti? Pergunto-me se anseias com a mesma força, um momento em que possamos falar, se quando vais na rua a tua atenção se dispersa na busca incessante por mim, se a vontade de estar comigo se sobrepõe a tudo o resto...como eu.
Nada mais consigo fazer que não seja esperar em vão que me dês noticias. Eu sei que passou pouco tempo, mas a minha vontade de te ver, de te ouvir, de te sentir, de saber de ti é tanta que qualquer minuto me parece um ano. E o unico conforto que encontro é partilhar este mesmo desconforto , esperando que alguém possa compreender a dor que me causa esta distância.
Não me deixes sem noticias. Diz alguma coisa...
01/08/2005

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