Sunday, January 29, 2006

Acaso e Destino

São duas palavras com um profundo significado e um enorme sentido na minha vida. Sou apologista de que de facto o nosso Destino está traçado desde o momento em que nascemos. Entenda-se Destino aqui, não como o desenrolar da nossa vida, mas sim como os principais marcos que constituem a sua essência. Temos um ponto de partida, o nosso nascimento, e um ponto de chegada, a nossa morte. O que fazemos entre estes dois inevitáveis constitui a nossa vida. Obviamente, enquanto seres inteligentes que somos, cabe-nos a nós escolher o caminho que percorremos, por vezes condicionados por variáveis que não controlamos. Mas maioritariamente é nossa escolha, e consequentemente nossa inteira responsabilidade, optar perante as bifurcações que se nos apresentam.
De uma forma um pouco mais esotérica, actua o Acaso. Partindo do pressuposto de que o Destino já está definido, o Acaso actuará, de forma mais ou menos perceptível, no sentido de nos manter em direcção a esse Destino.
Já me aconteceram dezenas, centenas ou mesmo milhares de vezes, ocorrências extraordinárias, com probabilidades inacreditavelmente ínfimas, situações, compreensíveis no momento ou apenas mais tarde, para as quais não contribuí minimamente e que influenciaram de forma mais ou menos significativa a minha vida.
Posso dar como exemplo, uma rapariga que vi pela primeira vez há meses atrás. Vi-a unica e exclusivamente uma vez, que foi a suficiente para me deixar uma boa impressão a seu respeito, e depois disso nunca mais voltei a vê-la.
Agora, meses depois repito, os nossos caminhos voltaram a cruzar-se, e inexplicavelmente tenho-a encontrado algumas vezes nos locais mais inusitados e inesperados. Primeiro porque são locais que não frequento habitualmente (ou melhor dizendo, que frequento muito raramente) e em segundo porque invariavelmente tomei a decisão de ir a esses locais de forma quase impulsiva e em cima do momento, sempre por ir acompanhar outras pessoas, isto é, nem sequer lá vou por minha iniciativa.
Não procuro explicações para estes factos porque, como ficou patente atrás, tenho como ideologia a existência de forças superiores a nós (e chamem-lhes o que quiserem) que por vezes actuam de forma indirecta e influenciando a nossa vida. Felizmente no meu caso, todas essas influências têm sido positivas, senão no imediato num momento mais tarde.
De forma que, por vezes, acredito que nos podemos entregar nas mãos do acaso, cabendo-nos a "obrigação" de aproveitar da melhor maneira possível as oportunidades que nos surgem, evitando forçar demais acontecimentos que não ocorrem de forma natural e espontânea.

2 comments:

Maria Carvalho said...

Em parte sim, em parte não...o que é o nosso nascimento senão um acaso??!!

Joanissima said...

Let it snow.... : )

Se a vida tivesse garantias não teria metade da graça...