Thursday, December 29, 2005
Debaixo da Lua
Foi a coberto da noite
que me abeirei da falésia
e lancei ao mar tranquilo
garrafa de vidro rolhada a cortiça
Soavam as 09h30
ouvia vozes por perto
essa presença ignorei-a
do que queria fazer estava certo
Peguei nas palavras imaginadas
e dei-lhes um nome
dobrei-as cuidadas
bonito gesto, soou-me
Espero agora que a maré
se encarregue de as levar
Nisso sustento a minha fé
que a sorte tas há-de entregar
Resta-me portanto aguardar
que te toquem o coração
que compreendas porque escolhi o mar
Não fui capaz de seguir a razão
que me abeirei da falésia
e lancei ao mar tranquilo
garrafa de vidro rolhada a cortiça
Soavam as 09h30
ouvia vozes por perto
essa presença ignorei-a
do que queria fazer estava certo
Peguei nas palavras imaginadas
e dei-lhes um nome
dobrei-as cuidadas
bonito gesto, soou-me
Espero agora que a maré
se encarregue de as levar
Nisso sustento a minha fé
que a sorte tas há-de entregar
Resta-me portanto aguardar
que te toquem o coração
que compreendas porque escolhi o mar
Não fui capaz de seguir a razão
Wednesday, December 28, 2005
Um Sonho A Dois
Se um dia for teu o meu olhar
quero também meu o teu sentir
Fazer parte do teu sonhar
a tua voz quero ouvir
Quando um dia for verdade
juro que não me esquecerei
no meio da minha insanidade
prometo que te amarei
Nada mais anseio que fazer-te sorrir
ver-te saltar, dançar e correr
Quero guardar-te e tomar conta de ti ao dormir
acordar a teu lado ao amanhecer
Desejo sentar-me abraçado a ti
olhando no horizonte o sol poente
Sentirmo-nos um só assim
agarrados na noite nascente
(antes que me acusem de plágio, sim o início deste texto foi inspirado pela música do Pedro Abrunhosa...)
quero também meu o teu sentir
Fazer parte do teu sonhar
a tua voz quero ouvir
Quando um dia for verdade
juro que não me esquecerei
no meio da minha insanidade
prometo que te amarei
Nada mais anseio que fazer-te sorrir
ver-te saltar, dançar e correr
Quero guardar-te e tomar conta de ti ao dormir
acordar a teu lado ao amanhecer
Desejo sentar-me abraçado a ti
olhando no horizonte o sol poente
Sentirmo-nos um só assim
agarrados na noite nascente
(antes que me acusem de plágio, sim o início deste texto foi inspirado pela música do Pedro Abrunhosa...)
Tuesday, December 27, 2005
És importante para mim!
É engraçado como nos faz sentir bem apreciarem o que nós fazemos, quererem a nossa opinião, sabermos que gostam de nós. Gosto de sentir isto. Faz-me sentir que sou importante para alguém, faz-me sentir que tenho valor para os outros. Não que sinta necessidade dessas palavras, mas porque hoje em dia dizemos muito poucas vezes, insuficientes vezes, o quanto os outros o são para nós. Tomamos a sua proximidade, a sua vida e a sua dedicação como garantidas e raramente nos lembramos de dizer: Tu és importante para mim, quero ouvir a tua opinião, gosto do que fazes. Mas mais grave é ouvirmos isto, sentimo-nos gratificados...e no entanto insatisfeitos porque queremos outra coisa.
Essencialmente
Sou alma suspensa num pêndulo
essencialmente marcando o tempo
hora após hora, dia após dia
Procurando ninguém
mas buscando alguém
a quem entregar o que trago comigo
Há tempo demais que carrego esta carga
há muito que me pesa no peito
Queria apenas partilhar
com alguém que me pudesse compreender
o sentimento que tenho que sufocar
por ninguém o receber
essencialmente marcando o tempo
hora após hora, dia após dia
Procurando ninguém
mas buscando alguém
a quem entregar o que trago comigo
Há tempo demais que carrego esta carga
há muito que me pesa no peito
Queria apenas partilhar
com alguém que me pudesse compreender
o sentimento que tenho que sufocar
por ninguém o receber
Tentando compreender
Desde que nasci, sinto-te labutar pela minha felicidade. Em tudo me apercebi do teu toque e de quanto influenciaste a minha vida. Mesmo quando parecias distraído, eu via como estavas a trabalhar e o que estavas a fazer em meu benefício.
Neste momento, não consigo enxergar a tua luz, não consigo entender o teu objectivo. Eventualmente, mais tarde irei compreender, mas agora torna-se dificil suportar tantas provas. Confio que me guardas um bom final, mas este caminho já vai longo e custa-me avançar. Tenho medo que se me endureça o coração e se gelem os sentimentos. Acho que o que peço é de características nobres e nada egoistas. Apenos quero que me deixes dar o que tanto tenho para dar...mas sobretudo que me deixes chegar a quem o queira receber. Continuo a acreditar que o que fazes, o fazes por alguma razão e com um objectivo determinado. Continuo a acreditar que queres o meu bem. Mas com tantos obstáculos que me tens colocado, começo a ter dificuldades em continuar. Não me deixes perder, não me deixes desistir.
Neste momento, não consigo enxergar a tua luz, não consigo entender o teu objectivo. Eventualmente, mais tarde irei compreender, mas agora torna-se dificil suportar tantas provas. Confio que me guardas um bom final, mas este caminho já vai longo e custa-me avançar. Tenho medo que se me endureça o coração e se gelem os sentimentos. Acho que o que peço é de características nobres e nada egoistas. Apenos quero que me deixes dar o que tanto tenho para dar...mas sobretudo que me deixes chegar a quem o queira receber. Continuo a acreditar que o que fazes, o fazes por alguma razão e com um objectivo determinado. Continuo a acreditar que queres o meu bem. Mas com tantos obstáculos que me tens colocado, começo a ter dificuldades em continuar. Não me deixes perder, não me deixes desistir.
Friday, December 23, 2005
Vocês na minha vida
Andava eu meio tristito porque não conhecia ninguém por quem sentisse que me podia interessar e agora de um momento para o outro (que é como quem diz, desde que entrei para a salsa) surgiram e ressurgiram uma série de pessoas que, além de bonitas por dentro e por fora, têm aquele dom de possuir um encanto que considero especial, e que por isso mesmo me captaram a atenção...mas vamos por partes. Sofia tem um olhar indescrítivelmente meigo e um sorriso que me derrete o coração. Um rosto que me deixa completamente desnorteado....e quando dança....sem palavras. Depois temos a Patrícia (adiante referida como Paty), que além de muito bonita tem um senso de humor incrível e uma boa disposição contagiante. Aprecio-lhe também a naturalidade e o à vontade com que iniciámos a nossa amizade. Por G. nutro também um sentimento especial, um amor que se converteu numa amizade profunda. Uma adolescente em corpo de mulher madura, como a descreveu uma amiga, que me conquistou pelo facto de sermos almas gémeas. Ainda que se tenha convertido em amizade (sem com isto retirar qualquer mérito) continuo a não ter duvidas disso. A Inês parece uma bonequinha...é um docinho de pessoa. De cara bonita e corpo esbelto, movimenta-se com uma leveza inigualável. Simpática q.b. é também extremamente tímida.
Ontem, qual prenda de Natal, circulava eu por uma dessas gigantescas superficies da segunda circular, quando reencontrei Patrícia. Uma amiga que quase foi mais que isso, e que nunca esquecerei. A empatia que tínhamos era qualquer coisa do outro mundo e só tenho pena de naquele tempo ser tão imaturo. Minutos mais tarde, de forma completamente inesperada dou de caras com Danone. Esta rapariga ficou-me na retina desde o primeiro dia: primeiro pela sua beleza fisica a par com a sua elevada estatura (chega perfeitamente aos meus 1,90m) e em segundo por uma simpatia sem igual. Fala comigo, e eu com ela, como se não existissem essas barreiras sociais do embaraço dizendo-me e perguntando tudo o que quer dizer ou saber. Além da Danone, tenho ainda na minha actual turma da salsa, uma outra cara laroca, cujo nome ainda não sei e que por isso mesmo chamarei de Amiga da Anabela. Um rosto muito invulgar, umas feições muito perfeitinhas e um sorriso que dava para fazer um anuncio de televisão.
E assim, quando menos esperava, surgiram e ressurgiram estas pessoas na minha vida. Cada uma com o seu lugar, mas que me merecem muita atenção...e quem sabe algo mais, um dia.
Bjnhos e Bom Natal para todas vocês e bjnhos e abraços para as(os) que lêem este bloguinho!
Ontem, qual prenda de Natal, circulava eu por uma dessas gigantescas superficies da segunda circular, quando reencontrei Patrícia. Uma amiga que quase foi mais que isso, e que nunca esquecerei. A empatia que tínhamos era qualquer coisa do outro mundo e só tenho pena de naquele tempo ser tão imaturo. Minutos mais tarde, de forma completamente inesperada dou de caras com Danone. Esta rapariga ficou-me na retina desde o primeiro dia: primeiro pela sua beleza fisica a par com a sua elevada estatura (chega perfeitamente aos meus 1,90m) e em segundo por uma simpatia sem igual. Fala comigo, e eu com ela, como se não existissem essas barreiras sociais do embaraço dizendo-me e perguntando tudo o que quer dizer ou saber. Além da Danone, tenho ainda na minha actual turma da salsa, uma outra cara laroca, cujo nome ainda não sei e que por isso mesmo chamarei de Amiga da Anabela. Um rosto muito invulgar, umas feições muito perfeitinhas e um sorriso que dava para fazer um anuncio de televisão.
E assim, quando menos esperava, surgiram e ressurgiram estas pessoas na minha vida. Cada uma com o seu lugar, mas que me merecem muita atenção...e quem sabe algo mais, um dia.
Bjnhos e Bom Natal para todas vocês e bjnhos e abraços para as(os) que lêem este bloguinho!
Thursday, December 22, 2005
O Acaso
Surgiste no meu caminho
Sem eu te procurar
E naquele momento
passaste a fazer parte do meu olhar
Inexplicavelmente, aquele dia pareceu-me diferente
Apesar de para mim não teres olhado
senti que me buscavas
e o que desejei não estar enganado
Voltámos a cruzar os nossos caminhos
apenas mantivemos o olhar
Até que um dia, decidido,
resolvi-me aproximar
Desde então passámos a cumprimentar-nos
e até para dançar me convidaste
Fizeste-me um homem feliz
pois o meu desejo realizaste
Cabe-me agora a mim
dar o próximo passo
Espero em breve dar-te a mão
e sentir o calor do teu abraço
Sem eu te procurar
E naquele momento
passaste a fazer parte do meu olhar
Inexplicavelmente, aquele dia pareceu-me diferente
Apesar de para mim não teres olhado
senti que me buscavas
e o que desejei não estar enganado
Voltámos a cruzar os nossos caminhos
apenas mantivemos o olhar
Até que um dia, decidido,
resolvi-me aproximar
Desde então passámos a cumprimentar-nos
e até para dançar me convidaste
Fizeste-me um homem feliz
pois o meu desejo realizaste
Cabe-me agora a mim
dar o próximo passo
Espero em breve dar-te a mão
e sentir o calor do teu abraço
Projecto
Caros amigos, tal como vos comuniquei nos coments do outro texto (Especialmente para as mulheres) ontem não se pôde concretizar o meu plano, de modo que optei por uma estratégia mais directa. O sistema de bilhete mantém-se, mas o conteúdo será mais objectivo!
"Tem sido dificil apanhar-te a sós, por isso só me resta este meio. Se quiser convidar-te para fazermos alguma coisa como posso contactar-te? Podias deixar um bilhete no meu carro...mas não sabes qual é. Que tal mandares-me uma sms com o teu numero?
P.S.: se preferires podemos começar pelo email"
Comentem se quiserem
"Tem sido dificil apanhar-te a sós, por isso só me resta este meio. Se quiser convidar-te para fazermos alguma coisa como posso contactar-te? Podias deixar um bilhete no meu carro...mas não sabes qual é. Que tal mandares-me uma sms com o teu numero?
P.S.: se preferires podemos começar pelo email"
Comentem se quiserem
Spectacles, testicles, wallet and watch
Tenho feito de tudo para chegar até ti...mas tu pareces não ter ainda reparado; ou então estás a fazer um qualquer tipo de jogo; ou então ando mesmo sem sorte nenhuma. Nem nas coisas mais simples que quero fazer o mundo conspira a meu favor...
Ainda assim vou continuar a confiar que uma Força Maior está a executar o plano conforme foi congeminado. Apenas te garanto uma coisa: eu sou mais teimoso que uma mula, e quando se me mete uma coisa na cabeça dificilmente (muito dificilmente) desisto dela.
Hoje já tinha decidido tomar uma atitude e só por azar a não pude cumprir. Mas acredita quando te digo que vou fazê-la. E se não foi hoje, será na segunda-feira.
Mark my words!!!
Ainda assim vou continuar a confiar que uma Força Maior está a executar o plano conforme foi congeminado. Apenas te garanto uma coisa: eu sou mais teimoso que uma mula, e quando se me mete uma coisa na cabeça dificilmente (muito dificilmente) desisto dela.
Hoje já tinha decidido tomar uma atitude e só por azar a não pude cumprir. Mas acredita quando te digo que vou fazê-la. E se não foi hoje, será na segunda-feira.
Mark my words!!!
Wednesday, December 21, 2005
Especialmente para as mulheres...
Quantas de vocês gostariam de ser surpreendidas por um bilhete no parabrisas do vosso carro, e quantas achariam isso ridículo? E assinado ou anónimo?
Monday, December 19, 2005
Uma tarde
Queres lanchar? Anda, sei onde vamos. Vou levar-te a provar um cheesecake do outro mundo. Preferes bolo de chocolate? Ok, também sei onde podemos ir. É aqui perto, podemos ir a pé e assim ainda vemos as iluminações de Natal.
Deixa-me abrir-te a porta...entra. Olha, temos uma mesa ali junto à janela. Garanto-te que não te vais arrepender de teres vindo ter comigo. Preferes chá ou uma meia-de-leite? Óptimo, também me apetece chá. Quero experimentar um de que me falaram aqui há dias: chá de caramelo. Que te parece?
Traga-nos dois chás de caramelo, uma fatia de bolo de chocolate e dois garfos se faz favor. Sim, quero comer da mesma fatia que tu...espero que não te importes. Sim, pode pousar aqui, obrigado. Um garfo para ti, um garfo para mim...deixa-me servir-te o chá. Hummm...o que achas do bolo de chocolate? Eu sabia que não te ia decepcionar.
Mas falemos um pouco, afinal foi para isso que viemos! Diz-me, o que te levou a escolher esse curso? ...essa foi a razão mais clara e objectiva que ouvi até hoje. Bem, eu escolhi o meu através dos testes psicotécnicos, que me aconselharam isso ou Engenharia de Produção. O critério de escolha foi basicamente o que me obrigasse menos a estudar. Não é que não goste de aprender, mas prefiro fazê-lo de uma forma mais autodidacta.
E à salsa, como chegaste? Ahhhh...calculo que já cá andas há uns anitos...sabes, no outro dia quando te vi actuar, achei que estavas fantástica. Eu sei que sou suspeito, mas a verdade é que achei mesmo.
Conta-me mais, tens irmãos ou irmãs? Que giro...a mim também me calhou uma irmã. Nunca fomos muito amigos, mas ultimamente as coisas melhoraram bastante. Já conseguimos conversar quase normalmente. Temos feitio algo contraditórios, entendes? Pois, eu sei que toda a gente acha isso mas, na minha opinião, não temos que ser grandes amigos só porque somos irmãos...mas como te digo, as coisas entre nós têm vindo a melhorar bastante.
E de cinema, gostas? Sim...nunca conheci ninguém que não gostasse de cinema. E tens algum género preferido? Não, eu não tenho. Gosto de uma boa comédia tanto como de um bom filme de terror, de um romance ou de um drama como de um filme de aventura...olha, podíamos combinar ir ao cinema um dia destes. Tens algum filme que queiras ver? Sim, também gostava de ver esse. Hoje? Não, não tenho planos. Hum....então fazemos o seguinte (é só uma ideia)...vamos dar uma volta ali ao Chiado...gosto muito de lá ir nesta altura e do cheiro das castanhas assadas...depois vou levar-te a jantar...sim, podes escolher tu...óptima ideia, há meses que ando com vontade de lá ir...e depois vamos ao cinema!
Deixa-me abrir-te a porta...entra. Olha, temos uma mesa ali junto à janela. Garanto-te que não te vais arrepender de teres vindo ter comigo. Preferes chá ou uma meia-de-leite? Óptimo, também me apetece chá. Quero experimentar um de que me falaram aqui há dias: chá de caramelo. Que te parece?
Traga-nos dois chás de caramelo, uma fatia de bolo de chocolate e dois garfos se faz favor. Sim, quero comer da mesma fatia que tu...espero que não te importes. Sim, pode pousar aqui, obrigado. Um garfo para ti, um garfo para mim...deixa-me servir-te o chá. Hummm...o que achas do bolo de chocolate? Eu sabia que não te ia decepcionar.
Mas falemos um pouco, afinal foi para isso que viemos! Diz-me, o que te levou a escolher esse curso? ...essa foi a razão mais clara e objectiva que ouvi até hoje. Bem, eu escolhi o meu através dos testes psicotécnicos, que me aconselharam isso ou Engenharia de Produção. O critério de escolha foi basicamente o que me obrigasse menos a estudar. Não é que não goste de aprender, mas prefiro fazê-lo de uma forma mais autodidacta.
E à salsa, como chegaste? Ahhhh...calculo que já cá andas há uns anitos...sabes, no outro dia quando te vi actuar, achei que estavas fantástica. Eu sei que sou suspeito, mas a verdade é que achei mesmo.
Conta-me mais, tens irmãos ou irmãs? Que giro...a mim também me calhou uma irmã. Nunca fomos muito amigos, mas ultimamente as coisas melhoraram bastante. Já conseguimos conversar quase normalmente. Temos feitio algo contraditórios, entendes? Pois, eu sei que toda a gente acha isso mas, na minha opinião, não temos que ser grandes amigos só porque somos irmãos...mas como te digo, as coisas entre nós têm vindo a melhorar bastante.
E de cinema, gostas? Sim...nunca conheci ninguém que não gostasse de cinema. E tens algum género preferido? Não, eu não tenho. Gosto de uma boa comédia tanto como de um bom filme de terror, de um romance ou de um drama como de um filme de aventura...olha, podíamos combinar ir ao cinema um dia destes. Tens algum filme que queiras ver? Sim, também gostava de ver esse. Hoje? Não, não tenho planos. Hum....então fazemos o seguinte (é só uma ideia)...vamos dar uma volta ali ao Chiado...gosto muito de lá ir nesta altura e do cheiro das castanhas assadas...depois vou levar-te a jantar...sim, podes escolher tu...óptima ideia, há meses que ando com vontade de lá ir...e depois vamos ao cinema!
Sunday, December 18, 2005
Vem cá
Senta-te aqui ao meu lado, fala-me de ti. Conta-me a tua história. Deita a tua cabeça no meu colo e deixa-me passar as mãos nos teus cabelos negros enquanto me mostras a tua vida. Quero sentir nos teus olhos o brilho da alegria que vives por estares aqui comigo, por me deixares fazer parte do teu mundo. Deixa-me sonhar connosco e acreditar que nos encontrámos um ao outro. Deixa-me fazer-te rir com os disparates que digo, trazer-te para o meu mundo se te falar de mim. Embrenhemo-nos no nosso olhar, sem vergonhas nem embaraços. Quero conhecer-te e quero que me conheças.
Dá-me agora a tua mão...dentro da minha. Deixa-me sentir-te. Espera agora. Fecha os olhos e escuta-me em silêncio. Consegues ouvir-me? Sim, sou eu que estou a sussurrar em ti...estou a trazer-te até mim. Não tenhas pressa, temos tempo, fica uns momentos comigo. Sei que tens o nascer e o pôr-do-sol dentro de ti e quero vê-los, como nunca ninguém os viu, como só nós os conseguimos ver.
Agora fecho eu os olhos. Sabes o que vejo? Uma menina, com um olhar vivo e um sorriso solar, um rosto perfeito e equilibrado. Vejo uma luz no fundo dos teus olhos...o reflexo de uma estrela cadente. Diz-me, porque brilham assim? Abraça-me, quero sentir que estás comigo...aperta-me com força. Diz-me que não te queres ir embora, que gostas de estar comigo. Sim, fica só entre nós.
Olha, vamos andar um pouco.
Dá-me agora a tua mão...dentro da minha. Deixa-me sentir-te. Espera agora. Fecha os olhos e escuta-me em silêncio. Consegues ouvir-me? Sim, sou eu que estou a sussurrar em ti...estou a trazer-te até mim. Não tenhas pressa, temos tempo, fica uns momentos comigo. Sei que tens o nascer e o pôr-do-sol dentro de ti e quero vê-los, como nunca ninguém os viu, como só nós os conseguimos ver.
Agora fecho eu os olhos. Sabes o que vejo? Uma menina, com um olhar vivo e um sorriso solar, um rosto perfeito e equilibrado. Vejo uma luz no fundo dos teus olhos...o reflexo de uma estrela cadente. Diz-me, porque brilham assim? Abraça-me, quero sentir que estás comigo...aperta-me com força. Diz-me que não te queres ir embora, que gostas de estar comigo. Sim, fica só entre nós.
Olha, vamos andar um pouco.
Saturday, December 17, 2005
Ajuda-me
O teu sorriso faz de mim um homem feliz
O brilho dos teus olhos dá-me alento
Mas a segurança do teu corpo
faz tremer o meu cada vez que tento
Não consigo encontrar razão ou explicação
para tão infundado receio
Mas inibe-se a minha determinação
e ficam as palavras a meio
Estou certo do teu consentimento
Vejo-o no teu olhar
No entanto, quando surge o momento
Sinto-me fraquejar
Gostaria de encontrar encorajamento
para te conseguir dizer
aquilo que me vai no pensamento
o que mais anseio fazer
Nunca me senti tão vulnerável
tão atrozmente inseguro
Nunca fui tão frágil
perante a ignorância do futuro
Espero em breve reunir coragem
para te dizetr o que tanto me apetece
perdendo o medo dessa imagem
numa oportunidade que se oferece
O brilho dos teus olhos dá-me alento
Mas a segurança do teu corpo
faz tremer o meu cada vez que tento
Não consigo encontrar razão ou explicação
para tão infundado receio
Mas inibe-se a minha determinação
e ficam as palavras a meio
Estou certo do teu consentimento
Vejo-o no teu olhar
No entanto, quando surge o momento
Sinto-me fraquejar
Gostaria de encontrar encorajamento
para te conseguir dizer
aquilo que me vai no pensamento
o que mais anseio fazer
Nunca me senti tão vulnerável
tão atrozmente inseguro
Nunca fui tão frágil
perante a ignorância do futuro
Espero em breve reunir coragem
para te dizetr o que tanto me apetece
perdendo o medo dessa imagem
numa oportunidade que se oferece
Wednesday, December 14, 2005
Caderno Novo
Em novas folhas brancas, traço novas frases
novos pensamentos, novas ideias
outros pontos de vista, outras bases
o inicio de novas odisseias
Hoje descobri novas verdades
alterei ângulos de observação
abri portas há muito fechadas
tomei uma nova direcção
Descobri que quando as expectativas são elevadas
Quando os meus sonhos voam bem alto
Surge o receio de percorrer essas estradas
Sigo sempre em sobressalto
Toda esta insegurança gera, em outra, insegurança
comportamentos semelhantes como num espelho
Tem origem na minha ânsia
Ganha força a cada conselho
Por isso mesmo tomei uma decisão
vou escolher sozinho o meu próprio rumo
Decidirei por mim a melhor opção
Aguardo apenas que se dissipe o fumo
novos pensamentos, novas ideias
outros pontos de vista, outras bases
o inicio de novas odisseias
Hoje descobri novas verdades
alterei ângulos de observação
abri portas há muito fechadas
tomei uma nova direcção
Descobri que quando as expectativas são elevadas
Quando os meus sonhos voam bem alto
Surge o receio de percorrer essas estradas
Sigo sempre em sobressalto
Toda esta insegurança gera, em outra, insegurança
comportamentos semelhantes como num espelho
Tem origem na minha ânsia
Ganha força a cada conselho
Por isso mesmo tomei uma decisão
vou escolher sozinho o meu próprio rumo
Decidirei por mim a melhor opção
Aguardo apenas que se dissipe o fumo
Tuesday, December 13, 2005
Entre quatro paredes...
Palavras mudas, não há quem as ouça
quem as sinta ou quem as entenda
o mundo carregado nos ombros sem força
no meu peito abre uma fenda
Um abismo que me engole os sentimentos
para o fundo de um precipício escalam as emoções
Tenho frio, tenho fome, tenho sede
Tolhem-se-me as sensações
Ninguém me acompanha
ninguém sabe o caminho para cá chegar
A culpa eventualmente será minha
maldito hábito de me fechar
Não quero ninguém cá dentro
a esquadrinhar os meus recantos
a encontrar os meus ferimentos
a descobrir os meus desencantos
Nem tristezas nem alegrias
momentos de recolhimento ou folia
alturas felizes ou descontentes
Frutos, flores ou sementes
Isolado me fiz, ou isolado fiquei
Aqui falam-se linguas diferentes
Ideias e conceitos que criei
opiniões e perspectivas divergentes
Não consigo deixar entrar ninguém
Apesar de não querer ficar sozinho
Haverá no vosso mundo alguém
com vontade de viver neste cantinho?
mais uma vez obrigado pela imagem G.
C
Quero que se apaguem o Sol, a Lua e as estrelas
que sequem os lagos, os rios e os mares
que se calem as vozes, os risos e as festas
que se partam os lápis e esgote a tinta das canetas
Quero que desapareçam os sonhos, os sentimentos e as emoções
que se resolvam as zangas, mal-entendidos e crispações
que definhem as plantas, as flores e as árvores de fruto
que o mundo pare e se instaure o silêncio absoluto
E agora com calma e serenidade
quero recordar uma velha amizade
Alguém que foi um verdadeiro amigo
que nunca se fez rogado, ocupado ou esquecido
Nunca esteve ausente, cansado ou doente
sempre disponível, compreensivo e sorridente
com quem nem sequer precisava falar, mas sempre pronto para me ouvir
Alguém a quem sempre quis e gostei de retribuir
Há muito que a vida nos afastou
seguimos caminhos separados
o contacto entre nós cessou
Não voltei a encontrar ninguém assim
quem neste momento me faz tanta falta
para partilhar o que me atormenta a mim
Se têm amigos como este de que falo
preservem-nos, não os deixem partir
pois este não vou voltar a encontrá-lo
que sequem os lagos, os rios e os mares
que se calem as vozes, os risos e as festas
que se partam os lápis e esgote a tinta das canetas
Quero que desapareçam os sonhos, os sentimentos e as emoções
que se resolvam as zangas, mal-entendidos e crispações
que definhem as plantas, as flores e as árvores de fruto
que o mundo pare e se instaure o silêncio absoluto
E agora com calma e serenidade
quero recordar uma velha amizade
Alguém que foi um verdadeiro amigo
que nunca se fez rogado, ocupado ou esquecido
Nunca esteve ausente, cansado ou doente
sempre disponível, compreensivo e sorridente
com quem nem sequer precisava falar, mas sempre pronto para me ouvir
Alguém a quem sempre quis e gostei de retribuir
Há muito que a vida nos afastou
seguimos caminhos separados
o contacto entre nós cessou
Não voltei a encontrar ninguém assim
quem neste momento me faz tanta falta
para partilhar o que me atormenta a mim
Se têm amigos como este de que falo
preservem-nos, não os deixem partir
pois este não vou voltar a encontrá-lo
Friday, December 09, 2005
Anda, depressa...
Anda depressa, não olhes para trás
Não espreites por cima do ombro
Esquece essa tristeza fugaz
Não te deixes tomar pelo assombro
Anda, corre...foge, não fiques parado
Vai atrás quando sentires vontade
Não agora que estás revoltado,
apenas quando acreditares que é verdade
Anda, rápido...não fiques agarrado ao momento
Não esperes pelo Destino, não é do teu jeito
Em breve terás de volta esse sentimento
Mas por agora está tudo feito
Não lhe digam nada, deixem-no ficar sossegado
Precisa pensar, reflectir, desligar
Está descrente, desmotivado
Mas a tranquilidade há-de voltar
Não lhe façam perguntas, não dêem sugestões
Tem que encontrar dentro dele as respostas
a inúmeras e insidiosas questões
Alegrias e tristezas supostas
Não espreites por cima do ombro
Esquece essa tristeza fugaz
Não te deixes tomar pelo assombro
Anda, corre...foge, não fiques parado
Vai atrás quando sentires vontade
Não agora que estás revoltado,
apenas quando acreditares que é verdade
Anda, rápido...não fiques agarrado ao momento
Não esperes pelo Destino, não é do teu jeito
Em breve terás de volta esse sentimento
Mas por agora está tudo feito
Não lhe digam nada, deixem-no ficar sossegado
Precisa pensar, reflectir, desligar
Está descrente, desmotivado
Mas a tranquilidade há-de voltar
Não lhe façam perguntas, não dêem sugestões
Tem que encontrar dentro dele as respostas
a inúmeras e insidiosas questões
Alegrias e tristezas supostas
Tuesday, December 06, 2005
Era p'ra quando?
Ontem queria que o Amanhã fosse Hoje
E Amanhã quererei que o Hoje fosse Ontem
Trocadilhos com o Tempo
de quem não tem tempo, nem quer esperar pelo tempo
Tudo o que queria era que o tempo fosse o que eu quisesse
e que esse tempo não acabasse
Mas todos me dizem para dar tempo ao tempo
e que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo tem
e melhor faria se apenas esperasse...
(obrigado pela imagem G.)
Sunday, December 04, 2005
Azul
É só no meio da turba
que ouço o rumor da multidão
A voz de mil que me rodeiam
insipiente companhia
Contam-se as amizades
dispersas nas suas vidas
Incompreensíveis tons de indigo
que nos inundam
no meio da sua difusa azáfama
Tornam inaudível o sentimento alheio
Regam-se de duzentas e cinquenta cores
descorando o cinza pálido
de outra vil existência
Cantam melodias de alegrar
entoam frases simples
com o intuito de disfarçar
Vã glória de compreender
infrutífero jeito de aliviar
...mais fácil é esquecer...
Friday, December 02, 2005
Tu, um dia...
Fervem em mim
as palavras simples
que guardo por dizer
Ardem-me na boca
os verbos implícitos
que querem viver
Adoçam-me na lingua
os pensamentos inocentes
que quero partilhar
Acarinho nas mãos
os sonhos latentes
que quero libertar
Trago nos olhos
a alegria de vida
que quero sentir
Alimento no peito
vontade sentida
de o conseguir
as palavras simples
que guardo por dizer
Ardem-me na boca
os verbos implícitos
que querem viver
Adoçam-me na lingua
os pensamentos inocentes
que quero partilhar
Acarinho nas mãos
os sonhos latentes
que quero libertar
Trago nos olhos
a alegria de vida
que quero sentir
Alimento no peito
vontade sentida
de o conseguir
Thursday, December 01, 2005
Uma boa mão?
Joguei a minha carta. Desta vez não esperei pela sorte e decidi-me a convidar Sofia para dançar. Fui o primeiro. Aproximei-me e cumprimentei-a, pegando-lhe de imediato na mão. Hoje não iria perder a oportunidade, e disse-lho.
Uma kizomba...território onde me sinto mais à vontade para dançar com ela. Conduzi e deixei-a conduzir. Elogiei-lhe a condução quando tomou a direcção e acompanhou a mudança de ritmo. Confessou-me que se considera um pouco mandona...respondi-lhe que não fazia mal, sobretudo quando o parceiro não é o melhor dançarino. Conversámos um pouco enquanto dançávamos...sobre nada em especial, trivialidades. Pensei que da primeira vez me dera mais prazer, mas hoje foi muito melhor.
Decorria na outra zona um ambiente eighties, com musica a condizer. As pessoas iam alternando entre os dois ambientes. Numa das vezes que lá fui, Sofia dançava, trocámos olhares...cúmplices, eu diria. Tive dificuldade em reconhecer as pessoas e Sofia, percebendo-o, acenou-me. Acenei-lhe de volta.
Mais tarde, aproveitei e convidei Sofia para dançar novamente. Dei-lhe a mão e levei-a para a pista. Perguntei-lhe se queria conduzir..."não, conduz tu", respondeu-me. Na mudança de ritmo voltou a conduzir...deixei-a...fá-lo muito bem. Dois momentos de sonho numa só noite. Mais uma vez lhe agradeci.
Por sorte a fila de pagamento era longa, pelo que quando chegou perto de mim, puxei mais um pouco de conversa. Diz-se que a confiança se conquista aos poucos. Espero que seja o que estou a conseguir. Quero ver se, da próxima vez, me convida para dançar.
Uma kizomba...território onde me sinto mais à vontade para dançar com ela. Conduzi e deixei-a conduzir. Elogiei-lhe a condução quando tomou a direcção e acompanhou a mudança de ritmo. Confessou-me que se considera um pouco mandona...respondi-lhe que não fazia mal, sobretudo quando o parceiro não é o melhor dançarino. Conversámos um pouco enquanto dançávamos...sobre nada em especial, trivialidades. Pensei que da primeira vez me dera mais prazer, mas hoje foi muito melhor.
Decorria na outra zona um ambiente eighties, com musica a condizer. As pessoas iam alternando entre os dois ambientes. Numa das vezes que lá fui, Sofia dançava, trocámos olhares...cúmplices, eu diria. Tive dificuldade em reconhecer as pessoas e Sofia, percebendo-o, acenou-me. Acenei-lhe de volta.
Mais tarde, aproveitei e convidei Sofia para dançar novamente. Dei-lhe a mão e levei-a para a pista. Perguntei-lhe se queria conduzir..."não, conduz tu", respondeu-me. Na mudança de ritmo voltou a conduzir...deixei-a...fá-lo muito bem. Dois momentos de sonho numa só noite. Mais uma vez lhe agradeci.
Por sorte a fila de pagamento era longa, pelo que quando chegou perto de mim, puxei mais um pouco de conversa. Diz-se que a confiança se conquista aos poucos. Espero que seja o que estou a conseguir. Quero ver se, da próxima vez, me convida para dançar.
Tuesday, November 29, 2005
Instantes para uma vida
E atravessaste aquele mar de gente, decidida e determinada, só para me falares.
De repente, fez-se silêncio e estávamos só os dois. O sorriso que me esboçaste abriu caminho até ao meu mundo. A luz que emanou dos teus olhos encandeou-me. Senti a tua alegria em me veres. Senti que ignoraste todos os receios que tinhas e que te libertaste de tantos quantos te prendiam para teres a certeza que te vi. Acredita que já te tinha visto antes de os meus olhos te encontrarem. Sabia-te lá. Sentia-te lá. E por isso me apressei a sair...para que não nos cruzássemos efémeramente na porta.
Gostei de sair e logo instantaneamente os teus e os meus olhos se fixarem, atravessando a multidão que se interpunha entre nós. Gostei que nesse momento te tenhas dirigido a mim de forma tão firme e intrépida. Gostei que tivesses vindo reclamar o que já era teu. Que não tenhas reparado em mais nada nem em mais ninguém até sabermos um do outro. Gostei que tivesses gostado de me ver. E ainda assim tenho medo...
De repente, fez-se silêncio e estávamos só os dois. O sorriso que me esboçaste abriu caminho até ao meu mundo. A luz que emanou dos teus olhos encandeou-me. Senti a tua alegria em me veres. Senti que ignoraste todos os receios que tinhas e que te libertaste de tantos quantos te prendiam para teres a certeza que te vi. Acredita que já te tinha visto antes de os meus olhos te encontrarem. Sabia-te lá. Sentia-te lá. E por isso me apressei a sair...para que não nos cruzássemos efémeramente na porta.
Gostei de sair e logo instantaneamente os teus e os meus olhos se fixarem, atravessando a multidão que se interpunha entre nós. Gostei que nesse momento te tenhas dirigido a mim de forma tão firme e intrépida. Gostei que tivesses vindo reclamar o que já era teu. Que não tenhas reparado em mais nada nem em mais ninguém até sabermos um do outro. Gostei que tivesses gostado de me ver. E ainda assim tenho medo...
Sunday, November 27, 2005
Menos mal...
Apesar de muito lentamente, as coisas entre Sofia e alguém parecem estar a evoluir favoravelmente. Progressivamente a confiança e o à vontade vão-se instalando e as conversas vão surgindo cada vez mais naturalmente.
Esta noite, para variar, Sofia recebeu multiplos convites para dançar. De cada vez que alguém se aproximava com o intuito de a convidar, eis que outro chegava primeiro. Ainda assim, alguém ficou contente pelos frequentes olhares que trocou com Sofia (que a mim me parecem cada vez mais interessantes). Infelizmente, Sofia estava bastante cansada, pelo que acabou por sair mais cedo. Graças à extensa fila que conduzia à caixa de pagamento, alguém teve oportunidade de encetar uma breve conversa com Sofia. Primeiro mostrando tristeza por se ir embora tão cedo, depois dizendo-lhe que tinha pena de ainda não ter sido hoje que voltara a dançar com ela, ao que esta retorquiu que alguém tem que ser mais rápido (creio que a questão não se prende tanto com rapidez, mas com o número de convites que Sofia recebe para dançar...). Ainda assim pareceu-me que alguém ficou feliz por esta observação de Sofia, entendendo-a como um "convida-me que eu danço contigo".
Curioso ainda o tempo que Sofia demorou a vestir os agasalhos que trazia e o facto de, apesar de cansada, ter demorado uns bons dez minutos até sair...sem qualquer motivo aparente. A não ser que a salsa que passava naquele momento fosse muito do seu gosto. Mesmo assim, alguém ficou contente por Sofia não se ter ido embora sem se despedir de si (e de ter sido deixado para o fim!). Menos mal...
Esta noite, para variar, Sofia recebeu multiplos convites para dançar. De cada vez que alguém se aproximava com o intuito de a convidar, eis que outro chegava primeiro. Ainda assim, alguém ficou contente pelos frequentes olhares que trocou com Sofia (que a mim me parecem cada vez mais interessantes). Infelizmente, Sofia estava bastante cansada, pelo que acabou por sair mais cedo. Graças à extensa fila que conduzia à caixa de pagamento, alguém teve oportunidade de encetar uma breve conversa com Sofia. Primeiro mostrando tristeza por se ir embora tão cedo, depois dizendo-lhe que tinha pena de ainda não ter sido hoje que voltara a dançar com ela, ao que esta retorquiu que alguém tem que ser mais rápido (creio que a questão não se prende tanto com rapidez, mas com o número de convites que Sofia recebe para dançar...). Ainda assim pareceu-me que alguém ficou feliz por esta observação de Sofia, entendendo-a como um "convida-me que eu danço contigo".
Curioso ainda o tempo que Sofia demorou a vestir os agasalhos que trazia e o facto de, apesar de cansada, ter demorado uns bons dez minutos até sair...sem qualquer motivo aparente. A não ser que a salsa que passava naquele momento fosse muito do seu gosto. Mesmo assim, alguém ficou contente por Sofia não se ter ido embora sem se despedir de si (e de ter sido deixado para o fim!). Menos mal...
Friday, November 25, 2005
Respira
Dá-me a tua mão
entrelaça os meus dedos nos teus
e respira
Mostra-me um sorriso
e deixa-me ver a luz do teu rosto
e respira
Diz-me um segredo
e deixa-me sussurrar-te ao ouvido
e respira
Acolhe-me nos teus braços
e recolhe-te nos meus
e respira
Não penses no tempo
e esquecerei o espaço
...e respira
entrelaça os meus dedos nos teus
e respira
Mostra-me um sorriso
e deixa-me ver a luz do teu rosto
e respira
Diz-me um segredo
e deixa-me sussurrar-te ao ouvido
e respira
Acolhe-me nos teus braços
e recolhe-te nos meus
e respira
Não penses no tempo
e esquecerei o espaço
...e respira
Thursday, November 24, 2005
Não percas uma oportunidade...podes perder uma vida!
Sei que leste em mim toda a vulnerabilidade de uma criança assustada. Que percebeste em mim a vontade de o dizer, o anseio de me chegar. Li no teu olhar a permissão, o anuimento, o espaço que me deste para entrar. Mas o desejo sufocou-me e no meio da multidão fui incapaz de nos esconder e te segredar. Engasguei-me na semântica de uma frase cozinhada, demasiado ensaiada.
No reencontro, tentei novo tento...voltaste a anuir, mas estavas afastada, de mim apartada. Comeria os metros que nos ligavam e engoli-los-ia se ninguém estivesse a olhar. Ignóbil. Ninguém estava preocupado, ninguém nos observava. Quis encobrir-nos dos olhares cegos dos transeuntes que nos ignoraram. Ninguém queria saber de mim, nem do que tinha para te dizer. E ainda assim, quiseram as palavras imobilizar-se nos meus lábios travadas pelo pensamento trôpego da minha imaginação ingénua. Desculpa-me tanto receio de me aproximar...tenho medo de te perder!
No reencontro, tentei novo tento...voltaste a anuir, mas estavas afastada, de mim apartada. Comeria os metros que nos ligavam e engoli-los-ia se ninguém estivesse a olhar. Ignóbil. Ninguém estava preocupado, ninguém nos observava. Quis encobrir-nos dos olhares cegos dos transeuntes que nos ignoraram. Ninguém queria saber de mim, nem do que tinha para te dizer. E ainda assim, quiseram as palavras imobilizar-se nos meus lábios travadas pelo pensamento trôpego da minha imaginação ingénua. Desculpa-me tanto receio de me aproximar...tenho medo de te perder!
Tuesday, November 22, 2005
Fraqueza (Humana?)
E voltei para casa de mãos a abanar.
Após o acaso ter colocado o desejo a meus pés, retraí-me, tive medo e fechei-me. Poderei não ter outra oportunidade. Tudo decorreu melhor do que poderia ter pedido e ainda assim não soube aproveitá-lo. Não podia ter pedido mais que um toque no braço, apanhando-me de costas e surpreendendo-me. Não podia ter pedido mais que do que aquele sorriso sincero e feliz. Não podia ter pedido mais do que aquela iniciativa. E ainda assim acobardei-me...tive medo...de quê? Não me ameaçou, não pôs a minha segurança (física) em causa. E ainda assim tive medo. Porquê?
Gostava de entender como fui capaz de agir contra o que desejava. Como fui capaz de contrariar o desejo sem intenção? Porque me comportei contra mim mesmo, porque tenho que lutar contra mim próprio?
Só peço uma nova oportunidade e coerência de vontade nos actos...
Após o acaso ter colocado o desejo a meus pés, retraí-me, tive medo e fechei-me. Poderei não ter outra oportunidade. Tudo decorreu melhor do que poderia ter pedido e ainda assim não soube aproveitá-lo. Não podia ter pedido mais que um toque no braço, apanhando-me de costas e surpreendendo-me. Não podia ter pedido mais que do que aquele sorriso sincero e feliz. Não podia ter pedido mais do que aquela iniciativa. E ainda assim acobardei-me...tive medo...de quê? Não me ameaçou, não pôs a minha segurança (física) em causa. E ainda assim tive medo. Porquê?
Gostava de entender como fui capaz de agir contra o que desejava. Como fui capaz de contrariar o desejo sem intenção? Porque me comportei contra mim mesmo, porque tenho que lutar contra mim próprio?
Só peço uma nova oportunidade e coerência de vontade nos actos...
Friday, November 18, 2005
Sem título (ainda)
Se tu soubesses os caminhos por onde andei
até chegar aqui
Se conhecesses os desertos que atravessei
para estar perto de ti
Se adivinhasses quantas estrelas contei
quantas luas vi
Se imaginasses como acreditei
quantos sonhos vivi
Se viajasses pelos Mundos que habitei
de quantos portos parti
Se entendesses as experiências por que passei
tudo o que aprendi
Se visses pelos meus olhos os lugares que visitei
pessoas que conheci
Assim saberias quem fui, quem sou, quem serei
e porque te procurei a ti
até chegar aqui
Se conhecesses os desertos que atravessei
para estar perto de ti
Se adivinhasses quantas estrelas contei
quantas luas vi
Se imaginasses como acreditei
quantos sonhos vivi
Se viajasses pelos Mundos que habitei
de quantos portos parti
Se entendesses as experiências por que passei
tudo o que aprendi
Se visses pelos meus olhos os lugares que visitei
pessoas que conheci
Assim saberias quem fui, quem sou, quem serei
e porque te procurei a ti
Wednesday, November 16, 2005
Há momentos assim!!
Poderia começar este capítulo por "e quando menos esperamos...", mas a verdade é que alguém já esperava por este momento há muito tempo!
Quando saímos da nossa aula de hoje, que diga-se de passagem lhe correu super bem (com a aprendizagem instantânea de um setenta e dois com dois penteados da senhora...espero estar a usar o nome correcto; sintam-se à vontade para me corrigir...) eis que, saindo extremamente contente por tal vitória, alguém encontrou Sofia, que aguardava do lado de fora pelo início da sua aula.
Pois bem, e aqui é que as coisas ficaram melhores. Ao invés do que tem sido habitual, Sofia encarou alguém olhos nos olhos e o cumprimento foi super simpático! Sorte das sortes, alguém se enganou cumprimentando-a com um "olá Silvia", motivado pela presença da própria que se encontrava ali perto e pela semelhança fonética dos dois nomes, e prontamente corrigido. Mau grado o engano, Sofia reagiu de forma alegre dizendo "Silvia é a minha irmã", o que não sendo verdade (pelo menos não são irmãs de sangue) viria a gerar tema de conversa, uma vez que alguém já havia tomado uma outra colega, de seu nome Carla, por irmã de Sofia, dadas as parecenças fisicas do rosto de ambas.
Menos sorte, ou talvez não, a presença do ex-namorado de Sofia não permitiu grandes avanços na conversa.
Entretanto, Paula, que alguém havia conhecido no sábado e com quem havia dançado uma kizomba e uma salsa, manifestando uma enorme simpatia que lhe é tão característica, levou a que alguém tivesse que se afastar de Sofia para a cumprimentar. O falatório e comentariado sobre a noite de sábado acabaram por ocupar os restantes minutos...
Ainda assim, há que salientar positivamente o facto de Sofia ter iniciado uma conversa (podia perfeitamente ter-se ficado por um "não sou Silvia, sou Sofia"), de neste momento haver uma maior abertura para futuras conversas entre alguém e Sofia, bem como de existir agora uma lógica sequencial para uma próxima conversa.
Claro que fiz questão de lembrar a alguém que, neste momento, a bola se encontra totalmente do seu lado e que lhe cabe inevitávelmente o próximo passo. Será, portanto, indesculpável que na próxima oportunidade alguém não tome a iniciativa de começar um momento social.
Fiquem descansados que aqui me comprometo a vigiar, controlar e, se necessário, obrigar alguém a comportar-se à altura do que se espera de alguém como...alguém!!
Quando saímos da nossa aula de hoje, que diga-se de passagem lhe correu super bem (com a aprendizagem instantânea de um setenta e dois com dois penteados da senhora...espero estar a usar o nome correcto; sintam-se à vontade para me corrigir...) eis que, saindo extremamente contente por tal vitória, alguém encontrou Sofia, que aguardava do lado de fora pelo início da sua aula.
Pois bem, e aqui é que as coisas ficaram melhores. Ao invés do que tem sido habitual, Sofia encarou alguém olhos nos olhos e o cumprimento foi super simpático! Sorte das sortes, alguém se enganou cumprimentando-a com um "olá Silvia", motivado pela presença da própria que se encontrava ali perto e pela semelhança fonética dos dois nomes, e prontamente corrigido. Mau grado o engano, Sofia reagiu de forma alegre dizendo "Silvia é a minha irmã", o que não sendo verdade (pelo menos não são irmãs de sangue) viria a gerar tema de conversa, uma vez que alguém já havia tomado uma outra colega, de seu nome Carla, por irmã de Sofia, dadas as parecenças fisicas do rosto de ambas.
Menos sorte, ou talvez não, a presença do ex-namorado de Sofia não permitiu grandes avanços na conversa.
Entretanto, Paula, que alguém havia conhecido no sábado e com quem havia dançado uma kizomba e uma salsa, manifestando uma enorme simpatia que lhe é tão característica, levou a que alguém tivesse que se afastar de Sofia para a cumprimentar. O falatório e comentariado sobre a noite de sábado acabaram por ocupar os restantes minutos...
Ainda assim, há que salientar positivamente o facto de Sofia ter iniciado uma conversa (podia perfeitamente ter-se ficado por um "não sou Silvia, sou Sofia"), de neste momento haver uma maior abertura para futuras conversas entre alguém e Sofia, bem como de existir agora uma lógica sequencial para uma próxima conversa.
Claro que fiz questão de lembrar a alguém que, neste momento, a bola se encontra totalmente do seu lado e que lhe cabe inevitávelmente o próximo passo. Será, portanto, indesculpável que na próxima oportunidade alguém não tome a iniciativa de começar um momento social.
Fiquem descansados que aqui me comprometo a vigiar, controlar e, se necessário, obrigar alguém a comportar-se à altura do que se espera de alguém como...alguém!!
Tuesday, November 15, 2005
Estranho Mundo!
Sempre considerei o Mundo, como uma concha estável e constante, em que só dependia das pessoas a maneira como viviam a vida. Ultimamente, por via de diversas circunstâncias, tenho vindo a tomar uma outra consciencia dele...mais até das pessoas.
Nos ultimos tempos, tenho conhecido pessoas com personalidades/comportamentos que a meu ver são no mínimo bizarros. Atitudes e formas de pensar que, apesar de me considerar uma pessoa com horizontes abertos, nunca concebi serem normais. Mas a verdade é que cada vez mais me convenço que talvez esses comportamentos sempre tenham existido e que eu simplesmente não me apercebi deles...talvez tenha sempre visto um pouco as pessoas à minha própria imagem.
São casos que não quero aqui comentar, por respeito à privacidade dos outros e à confiança que depositaram em mim. São comportamentos, que considero estranhos, sobretudo pelo facto de um dia as pessoas agirem ou falarem (quem sabe pensarem) de uma maneira e no outro fazê-lo de modo totalmente oposto. Eu sempre aceitei que houvesse pessoas assim, nunca pensei é que fossem tantas. Não me refiro exactamente a questões de opinião, ou de principios, mas de atitudes para com os outros. Ou seja, se num dia são tudo para eles, no outro não são nada.
Curioso um caso que aqui posso comentar, por ser da minha inteira responsabilidade (autoria?!?!)...o caso de Sofia. Acho estranho que, depois de ter tido a amabilidade de convidar alguém para dançar, o que pressupunha alguma abertura para iniciarem uma eventual amizade, agora pareça que de alguma forma evita encarar alguém. É capaz de passar a 50cm dele e desviar o olhar como se não o tivesse visto. Não queria pensar que pudesse ter-se passado alguma coisa que a tivesse levado a mudar de atitude...porque para falar a verdade, além daquela noite não se passou mais nada.
Já me questionei se seria uma questão de timidez ou de "já dei o primeiro passo, ele agora que dê o segundo"...mas se for timidez, como teve coragem para convidar alguém para dançar? Não que sinta que ela se tenha arrependido de o ter convidado para dançar....também não me parece que seja o caso. Mas de facto acho estranho este "fechamento". Quase diria que ela não lhe dá abertura a iniciar uma conversa. Também pode ser um conjunto de coincidências que, em todas as situações em que planeou uma aproximação, as próprias circunstâncias o dificultassem. O que a juntar com a natural falta de habilidade de alguém para lidar com as pessoas a este nível, tem tido resultados pouco animadores. A verdade é que a atitude dela não tem facilitado a tarefa a alguém...não sinto que haja um afastamento voluntário da parte de Sofia, mas verdade seja dita, não é das pessoas com quem seja mais fácil iniciar um relacionamento social.
Nos ultimos tempos, tenho conhecido pessoas com personalidades/comportamentos que a meu ver são no mínimo bizarros. Atitudes e formas de pensar que, apesar de me considerar uma pessoa com horizontes abertos, nunca concebi serem normais. Mas a verdade é que cada vez mais me convenço que talvez esses comportamentos sempre tenham existido e que eu simplesmente não me apercebi deles...talvez tenha sempre visto um pouco as pessoas à minha própria imagem.
São casos que não quero aqui comentar, por respeito à privacidade dos outros e à confiança que depositaram em mim. São comportamentos, que considero estranhos, sobretudo pelo facto de um dia as pessoas agirem ou falarem (quem sabe pensarem) de uma maneira e no outro fazê-lo de modo totalmente oposto. Eu sempre aceitei que houvesse pessoas assim, nunca pensei é que fossem tantas. Não me refiro exactamente a questões de opinião, ou de principios, mas de atitudes para com os outros. Ou seja, se num dia são tudo para eles, no outro não são nada.
Curioso um caso que aqui posso comentar, por ser da minha inteira responsabilidade (autoria?!?!)...o caso de Sofia. Acho estranho que, depois de ter tido a amabilidade de convidar alguém para dançar, o que pressupunha alguma abertura para iniciarem uma eventual amizade, agora pareça que de alguma forma evita encarar alguém. É capaz de passar a 50cm dele e desviar o olhar como se não o tivesse visto. Não queria pensar que pudesse ter-se passado alguma coisa que a tivesse levado a mudar de atitude...porque para falar a verdade, além daquela noite não se passou mais nada.
Já me questionei se seria uma questão de timidez ou de "já dei o primeiro passo, ele agora que dê o segundo"...mas se for timidez, como teve coragem para convidar alguém para dançar? Não que sinta que ela se tenha arrependido de o ter convidado para dançar....também não me parece que seja o caso. Mas de facto acho estranho este "fechamento". Quase diria que ela não lhe dá abertura a iniciar uma conversa. Também pode ser um conjunto de coincidências que, em todas as situações em que planeou uma aproximação, as próprias circunstâncias o dificultassem. O que a juntar com a natural falta de habilidade de alguém para lidar com as pessoas a este nível, tem tido resultados pouco animadores. A verdade é que a atitude dela não tem facilitado a tarefa a alguém...não sinto que haja um afastamento voluntário da parte de Sofia, mas verdade seja dita, não é das pessoas com quem seja mais fácil iniciar um relacionamento social.
Sunday, November 13, 2005
Ensina-me!
Dizes viver a vida sempre com um sorriso nos lábios, mesmo quando as coisas te correm mal. Dizes que é a melhor maneira de viver. Diz-me como o fazer.
Estou cansado das respostas prontas e dos conselhos fáceis, das palavras que me dizem, com intenção de ajudar, mas que instantaneamente deixam de fazer sentido para esses conselheiros quando se vêem na mesma situação.
Estou farto que me digam para esperar. Estou farto que me digam que a minha vez há-de chegar. Estou farto que me digam que sou boa pessoa e que hei-de encontrar o que procuro porque o mereço. Estou farto que me digam que quanto mais se procura menos se acha. Estou farto que me digam que devo ficar quieto e que devo deixar o Destino tratar das coisas. Estou farto destas vãs palavras que vêm de quem não me sente. Sei que têm boa intenção, mas estou cansado de ouvir sempre a mesma coisa.
Ajuda-me a viver a vida como dizes que a vives. Quero aprender contigo. Ensina-me!
Thursday, November 10, 2005
Era uma vez...
Era uma vez uma mesa. Uma mesa de madeira de carvalho, com um tampo envernizado e quatro pernas. Tinha também quatro cadeiras a condizer. Iam-lhe pondo coisas em cima...livros, dossiers, pastas, pilhas de roupa para passar a ferro, prendas que não sabiam onde arrumar, cadernos de apontamentos com coisas alegres e tristes, os comandos da televisão, maços de cartas por ler e contas para pagar, os trabalhos manuais incompletos...enfim, tudo aquilo que não tinha lugar, era colocado temporariamente em cima dessa mesa. E indefinidamente lá ficava.
A mesa já começara a vergar, sob o peso de tanta coisa, há algum tempo. Um dia uma das pernas partiu-se, mas a mesa não caiu. Ficou titubeando sobre as outras três pernas, sustentanto todo aquele peso acumulado ao longo do tempo. Qualquer toquezinho era o suficiente para a fazer balançar e ameaçava deitar ao chão todos aqueles objectos, que ano após ano lhe foram pondo em cima. Ás vezes, a mais ténue corrente de ar era suficiente para a desestabilizar....mas nunca caíra. E, portanto, lá acharam que podiam continuar a colocar-lhe mais coisas em cima. Até hoje a mesa, apesar de apoiada apenas em três pernas, mantém uma postura esfíngica, um porte altivo...mas quanto tempo aguentará somente com três pernas?
Sunday, November 06, 2005
A Vida sorriu a alguém esta noite
Quando Sofia chegou, alguém já tinha chegado primeiro. Invariavelmente, e à semelhança do que havia acontecido quando se cruzaram anteriormente, iniciou-se a dança dos olhares. A principio Sofia parecia mais envergonhada do que habitualmente, pelo que alguém sentiu que as coisas haviam dado um passo atrás.
Todavia, quando menos esperava, Sofia terminou uma dança de forma algo brusca e dirigiu-se a alguém com um sorriso radiante e cumprimentou-o de forma quase efusiva. Era nítida a reciprocidade com que alguém lhe devolveu o cumprimento cheio de doçura. Ao longo da noite desenvolveu-se a troca de olhares tímidos e inseguros de Sofia com os olhares um pouco mais decididos e ansiosos de alguém.
E quando as coisas pareciam não avançar daqui, alguém ouviu um incentivo para a convidar para dançar. Mas faltou-lhe a coragem e conformou-se. Pensou como seria bom se Sofia convidasse alguém para dançar.
Como que respondendo a esse pensamento, Sofia estendeu-lhe a mão e acenou para pista. Convidou alguém para dançar uma kizomba. Alguém aceitou sem hesitar, mas sempre pensando que o nervosismo lhe iria trair a destreza. Como se enganou...
Alguém me confessou que fora a melhor kizomba que já havia dançado. Sofia estendeu-lhe os braços à volta do pescoço e alguém a abraçou, fechando os olhos e dançou como se fosse a ultima vez. Os dois deslizavam perfeitamente sincronizados e em sintonia. A música parecia que nunca mais acabava. Alguém não queria que acabasse.
Mas infelizmente acabou. Alguém agradeceu visivelmente feliz, com sinceridade e um brilho nos olhos o convite que havia recebido de Sofia. Tentou manter uma postura calma, aguardou uma musica e convidou uma amiga para dançar, esperando assim disfarçar a ansiedade em que se encontrava.
Pouco depois, despediu-se de Sofia e voltou a agradecer a dança, ao que Sofia anuiu com a cabeça. Dois beijos face a face e alguém se afastou. Antes de ir embora ainda trocaram dois ou três olhares, desta vez sem timidez nem embaraço.
Alguém me confessou que nunca uma kizomba lhe dera tanta alegria.
Todavia, quando menos esperava, Sofia terminou uma dança de forma algo brusca e dirigiu-se a alguém com um sorriso radiante e cumprimentou-o de forma quase efusiva. Era nítida a reciprocidade com que alguém lhe devolveu o cumprimento cheio de doçura. Ao longo da noite desenvolveu-se a troca de olhares tímidos e inseguros de Sofia com os olhares um pouco mais decididos e ansiosos de alguém.
E quando as coisas pareciam não avançar daqui, alguém ouviu um incentivo para a convidar para dançar. Mas faltou-lhe a coragem e conformou-se. Pensou como seria bom se Sofia convidasse alguém para dançar.
Como que respondendo a esse pensamento, Sofia estendeu-lhe a mão e acenou para pista. Convidou alguém para dançar uma kizomba. Alguém aceitou sem hesitar, mas sempre pensando que o nervosismo lhe iria trair a destreza. Como se enganou...
Alguém me confessou que fora a melhor kizomba que já havia dançado. Sofia estendeu-lhe os braços à volta do pescoço e alguém a abraçou, fechando os olhos e dançou como se fosse a ultima vez. Os dois deslizavam perfeitamente sincronizados e em sintonia. A música parecia que nunca mais acabava. Alguém não queria que acabasse.
Mas infelizmente acabou. Alguém agradeceu visivelmente feliz, com sinceridade e um brilho nos olhos o convite que havia recebido de Sofia. Tentou manter uma postura calma, aguardou uma musica e convidou uma amiga para dançar, esperando assim disfarçar a ansiedade em que se encontrava.
Pouco depois, despediu-se de Sofia e voltou a agradecer a dança, ao que Sofia anuiu com a cabeça. Dois beijos face a face e alguém se afastou. Antes de ir embora ainda trocaram dois ou três olhares, desta vez sem timidez nem embaraço.
Alguém me confessou que nunca uma kizomba lhe dera tanta alegria.
Friday, November 04, 2005
I am the Fox
I am the Flower
Desculpem a falta de originalidade, mas vi isto num blog e fiquei curioso de saber "quem" eu sou. Assim, tratei logo de descobrir que teste é este, fi-lo e eis o resultado.
Se quiserem fazê-lo vão a http://quizilla.com/users/noillusions/quizzes/Saint%20Exupery's%20'The%20Little%20Prince'%20Quiz./
Tuesday, November 01, 2005
Primeiras Impressões!
Hoje acordei a pensar precisamente nisto...bem não tanto nisto como mais especificamente em olhos, olhares.
Há quem tire as suas primeiras impressões de outra pessoa pela roupa que veste, pelo modo de andar, pelo aperto de mão, pelo sorriso, a assimetria das orelhas, pelo nariz, boca, seios, pernas...eu gosto de perscutar o olhar.
Para mim, os olhos são a porta para a alma, por onde entro no íntimo das pessoas. Como são maioritariamente controlados por músculos involuntários, os olhos não mentem, não enganam, revelam a verdadeira essência da personalidade. O olhar desconfiado de quem tem medo de se dar a conhecer, os olhos inseguros de quem não se conhece a si próprio, o olhar arrogante de quem tem o rei na barriga, o olhar meigo e triste de quem procura atenção e carinho, o olhar extasiado de quem adora a nossa companhia. Isto e muito mais retiro de um olhar.
O comportamento dos olhos revela-nos, de forma transparente, nítida e verdadeira, os pensamentos mais íntimos de alguém. Já encontrei os diversos tipos de olhar em diversos tipos de pessoa. Aliás, todos nós em situações diferentes podemos exprimir os diferentes tipos de olhar.
O que me apetece falar hoje, foi o que vi ontem e que já havia visto em ocasiões anteriores. É o tipo de olhar que se confunde entre o desconfiado (ou desconfortável) e o tímido. Tive alguma dificuldade em identificá-lo acertadamente, mas creio que é o tímido.
Há uns dois meses atrás, e mais recentemente há quinze dias, quando o vi pela primeira vez nessa pessoa, estava certo de ser o tímido. Reparei que muitas vezes, bastantes até, aqueles olhos fixavam-se em alguém...mas quando se encontravam com os desse alguém, rapidamente se desviavam para o vazio, local nítidamente mais confortável para Sofia. E, no entanto, momentos depois, voltavam a buscar os olhos desse alguém, como que querendo confirmar que ainda a observavam. Obviamente, esse alguém, retribuindo um interesse que acredita mútuo (e já tendo reparado anteriormente na beleza de Sofia e no seu olhar terno), sentiu-se mais confiante, até pelo olhar tímido dela, em olhá-la directamente nos olhos. E a reacção era invariavelmente a mesma: devolvia por breves instantes aquele olhar nervoso, para rapidamente o desviar e instantaneamente voltar para procurar a confirmação. E ela lá estava.
Recentemente pareceu-me verificar que é de timidez que se trata. Numa outra ocasião em que tive a felicidade de contemplar este jogo dançante, apercebi-me (ou pelo menos assim me pareceu) que Sofia procurou o olhar desse alguém em busca de um simples cumprimento. Aquele limbo em que muitas vezes nos encontramos, sem saber se cumprimentar a pessoa ou não, na incerteza de sermos retribuídos. Pois bem, dessa vez esse alguém encheu-se de coragem e cumprimentou mesmo, o que levou Sofia a esboçar um sorriso aberto e franco que sinceramente me pareceu verdadeiro.
Ontem a situação repetiu-se, mas esse alguém, sentindo-se plenamente confiante, não se fez rogado e cumprimentou-a de imediato com um à vontade que até a si próprio surpreendeu. Não pela coragem que o acto exigiu (que não foi nenhuma) mas pelo facto de o ter feito sem o mais ínfimo nervosismo.
Até hoje, das três ou quatro vezes que Sofia e esse alguém se encontraram, o contacto entre os dois não passou disso: Um cumprimento informal e cordial e algumas trocas de olhares. E agora?
NOTA: Os personagens retratados neste texto são fictícios. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência...ou não!
Há quem tire as suas primeiras impressões de outra pessoa pela roupa que veste, pelo modo de andar, pelo aperto de mão, pelo sorriso, a assimetria das orelhas, pelo nariz, boca, seios, pernas...eu gosto de perscutar o olhar.
Para mim, os olhos são a porta para a alma, por onde entro no íntimo das pessoas. Como são maioritariamente controlados por músculos involuntários, os olhos não mentem, não enganam, revelam a verdadeira essência da personalidade. O olhar desconfiado de quem tem medo de se dar a conhecer, os olhos inseguros de quem não se conhece a si próprio, o olhar arrogante de quem tem o rei na barriga, o olhar meigo e triste de quem procura atenção e carinho, o olhar extasiado de quem adora a nossa companhia. Isto e muito mais retiro de um olhar.
O comportamento dos olhos revela-nos, de forma transparente, nítida e verdadeira, os pensamentos mais íntimos de alguém. Já encontrei os diversos tipos de olhar em diversos tipos de pessoa. Aliás, todos nós em situações diferentes podemos exprimir os diferentes tipos de olhar.
O que me apetece falar hoje, foi o que vi ontem e que já havia visto em ocasiões anteriores. É o tipo de olhar que se confunde entre o desconfiado (ou desconfortável) e o tímido. Tive alguma dificuldade em identificá-lo acertadamente, mas creio que é o tímido.
Há uns dois meses atrás, e mais recentemente há quinze dias, quando o vi pela primeira vez nessa pessoa, estava certo de ser o tímido. Reparei que muitas vezes, bastantes até, aqueles olhos fixavam-se em alguém...mas quando se encontravam com os desse alguém, rapidamente se desviavam para o vazio, local nítidamente mais confortável para Sofia. E, no entanto, momentos depois, voltavam a buscar os olhos desse alguém, como que querendo confirmar que ainda a observavam. Obviamente, esse alguém, retribuindo um interesse que acredita mútuo (e já tendo reparado anteriormente na beleza de Sofia e no seu olhar terno), sentiu-se mais confiante, até pelo olhar tímido dela, em olhá-la directamente nos olhos. E a reacção era invariavelmente a mesma: devolvia por breves instantes aquele olhar nervoso, para rapidamente o desviar e instantaneamente voltar para procurar a confirmação. E ela lá estava.
Recentemente pareceu-me verificar que é de timidez que se trata. Numa outra ocasião em que tive a felicidade de contemplar este jogo dançante, apercebi-me (ou pelo menos assim me pareceu) que Sofia procurou o olhar desse alguém em busca de um simples cumprimento. Aquele limbo em que muitas vezes nos encontramos, sem saber se cumprimentar a pessoa ou não, na incerteza de sermos retribuídos. Pois bem, dessa vez esse alguém encheu-se de coragem e cumprimentou mesmo, o que levou Sofia a esboçar um sorriso aberto e franco que sinceramente me pareceu verdadeiro.
Ontem a situação repetiu-se, mas esse alguém, sentindo-se plenamente confiante, não se fez rogado e cumprimentou-a de imediato com um à vontade que até a si próprio surpreendeu. Não pela coragem que o acto exigiu (que não foi nenhuma) mas pelo facto de o ter feito sem o mais ínfimo nervosismo.
Até hoje, das três ou quatro vezes que Sofia e esse alguém se encontraram, o contacto entre os dois não passou disso: Um cumprimento informal e cordial e algumas trocas de olhares. E agora?
NOTA: Os personagens retratados neste texto são fictícios. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência...ou não!
Friday, October 28, 2005
Mal disposto pra quê??
Parece que hoje todos decidiram ficar de mal com a vida. Queixam-se que é do tempo...da cor cinza e da chuva. Pois eu decidi ficar bem disposto. É verdade. A vida é curta de mais para andarmos chateados. Agora está um solinho espectacular, e se nem sempre podemos ter sol, a chuva também traz coisas boas!!!
É verdade. Estou de bem com a vida...nem tudo está como eu queria, mas que se lixe. Estou vivo e de saude, tenho amigos, tenho casa, ainda vai dando pra uma saida de vez em quando. E logo logo o Verão está aí outra vez. Áté lá temos o S. Martinho, o Natal, o Carnaval e a Páscoa.
Animem-se gente!!! Pensem em todos aqueles que tem muito menos que vocês...nem que seja de espirito.
E além disso, temos fim de semana prolongado à porta!!
É verdade. Estou de bem com a vida...nem tudo está como eu queria, mas que se lixe. Estou vivo e de saude, tenho amigos, tenho casa, ainda vai dando pra uma saida de vez em quando. E logo logo o Verão está aí outra vez. Áté lá temos o S. Martinho, o Natal, o Carnaval e a Páscoa.
Animem-se gente!!! Pensem em todos aqueles que tem muito menos que vocês...nem que seja de espirito.
E além disso, temos fim de semana prolongado à porta!!
Thursday, October 27, 2005
O que é o Amor?
Foi-me pedido que desse a minha "definição" de Amor, e por isso aqui dou o meu modesto contributo, que é apenas uma descrição do que sinto quando amo. Não espero que concordem nem que discordem...apenas que fiquem a saber como o sinto.
Amor, mais do que um estado de espirito, é uma forma de vida. Não tem sintomas, tem efeitos. Traz coisas boas. Desperta o que de melhor temos em nós. Faz-nos querer ser uma pessoa melhor. Faz-nos cometer insanidades. Faz-nos dar importância às coisas mais insignificantes da vida. Faz-nos sonhar com o impossível. Faz-nos alcançar o que julgávamos inatingível. Faz-nos suportar o que acreditávamos insuportável. Faz-nos falar mais do que queremos, mostrar o que antes queríamos esconder.
Não é precisar de uma pessoa para viver, é vivermos como um só com essa pessoa. É partilhar, confiar, é querer avidamente conhecer o outro a cada minuto, em todos os minutos. É fazer nosso o que é do outro, e fazer do outro o que é nosso. É não precisar falar para dizer. É olhar nos olhos e sentir o que o outro sente. É sorrir quando queremos chorar. É interessarmo-nos pelo que antes não nos interessava. É contarmos os segundos que ainda faltam para estarmos com a pessoa que amamos. É termos a mesma paixão pelas coisas. É aprendermos em conjunto...um sobre o outro...e os dois sobre a vida. É sentirmo-nos invencíveis e imortais. É acordar em cada dia e agradecermos a sorte que tivemos. É ver a luz onde antes havia escuridão. É acreditar que o sentimento que temos ultrapassará a nossa própria morte. É viver cada dia como se fosse o último e sentirmos uma constante necessidade de demonstrar o que sentimos. É não precisarmos que o outro nos diga o quanto nos ama. É respeitar o espaço do outro, para que o outro respeite o nosso. É ter momentos que sabemos que nunca vamos esquecer, por mais simples que sejam...ficariamos dias por aqui, se conseguisse escrever tudo o que sinto.
E de uma forma um pouco mais poética...
É alimento e é fome
É dor e é prazer
É alegria e é tristeza
É dar e receber
É ser e deixar ser
É ouvir e dizer
É calor e é frio
É ensinar e aprender
É sentir e ser sentido
É respeitar e ser respeitado
É sonhar acordado
É respirar e ser respirado
É tudo e é nada
É...
K, já tirei o acento!!!
Amor, mais do que um estado de espirito, é uma forma de vida. Não tem sintomas, tem efeitos. Traz coisas boas. Desperta o que de melhor temos em nós. Faz-nos querer ser uma pessoa melhor. Faz-nos cometer insanidades. Faz-nos dar importância às coisas mais insignificantes da vida. Faz-nos sonhar com o impossível. Faz-nos alcançar o que julgávamos inatingível. Faz-nos suportar o que acreditávamos insuportável. Faz-nos falar mais do que queremos, mostrar o que antes queríamos esconder.
Não é precisar de uma pessoa para viver, é vivermos como um só com essa pessoa. É partilhar, confiar, é querer avidamente conhecer o outro a cada minuto, em todos os minutos. É fazer nosso o que é do outro, e fazer do outro o que é nosso. É não precisar falar para dizer. É olhar nos olhos e sentir o que o outro sente. É sorrir quando queremos chorar. É interessarmo-nos pelo que antes não nos interessava. É contarmos os segundos que ainda faltam para estarmos com a pessoa que amamos. É termos a mesma paixão pelas coisas. É aprendermos em conjunto...um sobre o outro...e os dois sobre a vida. É sentirmo-nos invencíveis e imortais. É acordar em cada dia e agradecermos a sorte que tivemos. É ver a luz onde antes havia escuridão. É acreditar que o sentimento que temos ultrapassará a nossa própria morte. É viver cada dia como se fosse o último e sentirmos uma constante necessidade de demonstrar o que sentimos. É não precisarmos que o outro nos diga o quanto nos ama. É respeitar o espaço do outro, para que o outro respeite o nosso. É ter momentos que sabemos que nunca vamos esquecer, por mais simples que sejam...ficariamos dias por aqui, se conseguisse escrever tudo o que sinto.
E de uma forma um pouco mais poética...
É alimento e é fome
É dor e é prazer
É alegria e é tristeza
É dar e receber
É ser e deixar ser
É ouvir e dizer
É calor e é frio
É ensinar e aprender
É sentir e ser sentido
É respeitar e ser respeitado
É sonhar acordado
É respirar e ser respirado
É tudo e é nada
É...
K, já tirei o acento!!!
Wednesday, October 26, 2005
Por um momento...
Por um momento ainda pensei...
mas logo o sonho se esfumou. Vou para outro lugar. Aquele onde não doi. Sonhar sim, mas não nos deixemos levar pelo sonho. Já nos levou longe demais. Luto contra mim próprio, para me manter de pé. Tudo o que me apetece é deixar-me cair...fechar os olhos...dormir. E quando acordar verei que tudo não passou disso mesmo...de um sonho. E tentarei não esquecer esta lição que aprendi.
mas logo o sonho se esfumou. Vou para outro lugar. Aquele onde não doi. Sonhar sim, mas não nos deixemos levar pelo sonho. Já nos levou longe demais. Luto contra mim próprio, para me manter de pé. Tudo o que me apetece é deixar-me cair...fechar os olhos...dormir. E quando acordar verei que tudo não passou disso mesmo...de um sonho. E tentarei não esquecer esta lição que aprendi.
Tuesday, October 25, 2005
Paixão
Sinto o seu hálito quente junto ao meu
Envolvemo-nos num abraço
Percorro o seu corpo com a mão
Acaricio a sua volúpia
Sinto o toque suave das suas mãos em mim
Provo-lhe os lábios
Fechamos os olhos
Sinto-lhe o cheiro
Apertamo-nos um contra o outro
Dançamos em unissono
e mantemos uma cadência calma
O calor do momento faz-nos suar
Trocamos palavras ferventes
Boca com boca
Escorre a água pelos nossos corpos
logo se evaporando
Ouve-se o encostar da nossa pele
e os beijos devoradores
E num momento, ligados para sempre
Envolvemo-nos num abraço
Percorro o seu corpo com a mão
Acaricio a sua volúpia
Sinto o toque suave das suas mãos em mim
Provo-lhe os lábios
Fechamos os olhos
Sinto-lhe o cheiro
Apertamo-nos um contra o outro
Dançamos em unissono
e mantemos uma cadência calma
O calor do momento faz-nos suar
Trocamos palavras ferventes
Boca com boca
Escorre a água pelos nossos corpos
logo se evaporando
Ouve-se o encostar da nossa pele
e os beijos devoradores
E num momento, ligados para sempre
Mundo Paralelo
Embrenho-me no silêncio monocromático do luar. Deixo-me envolver pelo som frio e apático da indiferença. Permito-me ser abraçado por essa neblina gélida de odor acre. O tempo passa por mim, ignorando-me. No peito, sinto uma massa endurecida, petrificada pelas agruras da vida. Protege-me da dor, mas embrutece-me o espírito.
Embalado no vento, sinto-me afastar...para bem longe, onde reina a solidão. A claridade da noite, ofuscada pela impessoalidade e inumanidade, ilumina o vazio a que chamarei casa.
Aqui não há emoções, aqui não há sentimentos. Aqui não há dor. Apenas a mecanização sistemática dos impulsos eléctricos que nos mantêm "vivos". Um cérebro desperto que comanda todos os outros órgãos, mantendo o organismo em actividade e a mente inerte.
Aqui não há pensamentos, aqui não há sonhos. Aqui não há desilusão. Apenas a reacção automatizada às necessidades básicas de sobrevivência: fome, sede, calor, sexo. Um plantio de seres humanóides estáticos que interagem num jogo de peças, cujo único objectivo é a sobrevivência da espécie. A evolução deixou de ser prioritária.
São 03h00 da manhã...acordo suado. Ou não estaria a dormir?
Embalado no vento, sinto-me afastar...para bem longe, onde reina a solidão. A claridade da noite, ofuscada pela impessoalidade e inumanidade, ilumina o vazio a que chamarei casa.
Aqui não há emoções, aqui não há sentimentos. Aqui não há dor. Apenas a mecanização sistemática dos impulsos eléctricos que nos mantêm "vivos". Um cérebro desperto que comanda todos os outros órgãos, mantendo o organismo em actividade e a mente inerte.
Aqui não há pensamentos, aqui não há sonhos. Aqui não há desilusão. Apenas a reacção automatizada às necessidades básicas de sobrevivência: fome, sede, calor, sexo. Um plantio de seres humanóides estáticos que interagem num jogo de peças, cujo único objectivo é a sobrevivência da espécie. A evolução deixou de ser prioritária.
São 03h00 da manhã...acordo suado. Ou não estaria a dormir?
Sunday, October 23, 2005
Gosto!
Gosto do dia para trabalhar
Gosto da noite para relaxar
Gosto do sol para viver
Gosto da chuva para meditar
Gosto do calor para descansar
Gosto do frio para passear
Gosto da Primavera para acordar
Gosto do Outono para adormecer
Gosto da luz para apreciar
Gosto da escuridão para pensar
Gosto da musica para acalmar
Gosto do silêncio para me escutar
Gosto do branco para rir
Gosto do preto para chorar
Gosto do fogo para me aquecer
Gosto da água para nadar
Gosto da tinta para escrever
Gosto da grafite para apagar
Gosto da noite para relaxar
Gosto do sol para viver
Gosto da chuva para meditar
Gosto do calor para descansar
Gosto do frio para passear
Gosto da Primavera para acordar
Gosto do Outono para adormecer
Gosto da luz para apreciar
Gosto da escuridão para pensar
Gosto da musica para acalmar
Gosto do silêncio para me escutar
Gosto do branco para rir
Gosto do preto para chorar
Gosto do fogo para me aquecer
Gosto da água para nadar
Gosto da tinta para escrever
Gosto da grafite para apagar
Friday, October 21, 2005
Porque sonho, porque acredito?
Podem tirar-me tudo...a casa, o carro, o dinheiro, todos os bens materiais. Mas os sonhos ninguém mos tira. Contra tudo o que possa acontecer vou continuar a sonhar, vou continuar a acreditar...em tudo. Em contos de fadas, em histórias encantadas, em mundos fantásticos.
Acreditar e sonhar é o que nos preenche a vida. Ela já é suficientemente dura para vivermos sem sonhos. São eles que nos impelem, que ao acordarmos nos fazem dizer: "Este vai ser um bom dia!!". São eles que nos permitem aproveitar o que não podemos ter no mundo real.
Não quero para mim uma vida vazia, oca, despojada de sentimentos e esperanças. E por isso vou continuar a acreditar e a sonhar. É um direito meu, que me foi concedido quando nasci e não abdico dele...nem admitirei que ninguém mo tente roubar ou que me impeça de sonhar!
Porque o segredo da vida está em acreditar...
Acreditar e sonhar é o que nos preenche a vida. Ela já é suficientemente dura para vivermos sem sonhos. São eles que nos impelem, que ao acordarmos nos fazem dizer: "Este vai ser um bom dia!!". São eles que nos permitem aproveitar o que não podemos ter no mundo real.
Não quero para mim uma vida vazia, oca, despojada de sentimentos e esperanças. E por isso vou continuar a acreditar e a sonhar. É um direito meu, que me foi concedido quando nasci e não abdico dele...nem admitirei que ninguém mo tente roubar ou que me impeça de sonhar!
Porque o segredo da vida está em acreditar...
Thursday, October 20, 2005
...
Não sei de onde surgiu...
Não foram suas palavras, nem as de mais ninguém
Foi uma energia do íntimo
Uma tranquilidade pacificadora
acalmou esta tempestade
que se julgava duradoura
Não há vento, apenas uma brisa
uma paz tranquilizadora
uma nuvem que desliza
Algo me diz para confiar
Continuar o meu caminho
Ao meu Destino hei-de chegar
Todos os sinais apontam no mesmo sentido
algum tempo pode demorar
mas o final está definido
Não foram suas palavras, nem as de mais ninguém
Foi uma energia do íntimo
Uma tranquilidade pacificadora
acalmou esta tempestade
que se julgava duradoura
Não há vento, apenas uma brisa
uma paz tranquilizadora
uma nuvem que desliza
Algo me diz para confiar
Continuar o meu caminho
Ao meu Destino hei-de chegar
Todos os sinais apontam no mesmo sentido
algum tempo pode demorar
mas o final está definido
Faça uma pausa...
Há certas alturas da nossa vida em que sentimos que tudo corre mal, em que nada bate certo. E muitas das vezes é tudo uma questão de perspectiva. Se olharmos do angulo certo, seremos capazes de ver que no fundo as coisas estão como nós queriamos. Podem não estar a correr como esperávamos, mas o resultado é o que desejávamos.
Uma boa maneira de testarmos isto, é olharmos para o todo e não para aquele pequeno detalhe que não ocorreu de acordo com a nossa vontade. Assim como assim, o Destino já está marcado...a nós cabe-nos apenas escolher o caminho para lá chegar. E se os soubermos interpretar, veremos como a vida está repleta de sinais que nos indicam o caminho a seguir.
É natural que muitas vezes nos sintamos ir abaixo. Mas se mantivermos a fé e a esperança, lá chegaremos. É tudo uma questão de fazermos uma pausa, respirarmos fundo e meditar um pouco.
Uma boa maneira de testarmos isto, é olharmos para o todo e não para aquele pequeno detalhe que não ocorreu de acordo com a nossa vontade. Assim como assim, o Destino já está marcado...a nós cabe-nos apenas escolher o caminho para lá chegar. E se os soubermos interpretar, veremos como a vida está repleta de sinais que nos indicam o caminho a seguir.
É natural que muitas vezes nos sintamos ir abaixo. Mas se mantivermos a fé e a esperança, lá chegaremos. É tudo uma questão de fazermos uma pausa, respirarmos fundo e meditar um pouco.
Tuesday, October 18, 2005
E ainda assim...
Por duas vezes já parti o queixo,
a cabeça foi só uma
Já dobrei uma costela, que ainda hoje está torta
Já torci um braço, até a mão ficar para trás
Uma vez cortei a mão, a pôr lenha num forno
De outra rasguei o interior do lábio
Uma outra cairam-me em cima das costas,
doeu-me durante semanas
Já me queimei no ombro
e ainda assim...
a cabeça foi só uma
Já dobrei uma costela, que ainda hoje está torta
Já torci um braço, até a mão ficar para trás
Uma vez cortei a mão, a pôr lenha num forno
De outra rasguei o interior do lábio
Uma outra cairam-me em cima das costas,
doeu-me durante semanas
Já me queimei no ombro
e ainda assim...
Monday, October 17, 2005
Capitulo VI
Recordou o que havia deixado para trás, o que o esperava caso decidisse regressar. Mas pensou novamente no que tão ansiosamente buscava e nos obstáculos e perigos que já havia ultrapassado e decidiu continuar.
Não iria seguir nenhum dos caminhos que os outros haviam tentado, pois não tinha conhecimento que algum deles tivesse tido êxito e traçou o seu próprio. Onde não houvesse pegadas ou marcas seria o seu caminho.
As raízes salientes das frondosas árvores dificultavam o andar e cansavam-no muito mais rápidamente. Três horas depois, decidiu parar e descansar. Uma árvore oca servi-lhe-ia de abrigo naquela noite. Nem deu pelo escurecer, já que não via o céu há muitas horas. Não era um quadro agradável e os ruídos estranhos que ecoavam inquietaram-no. Fechou os olhos e dormiu.
Na manhã seguinte, mesmo não tendo descansado convenientemente, sentiu-se novamente animado e impelido a continuar. Arrumou as coisas e meteu-se a caminho.
Não iria seguir nenhum dos caminhos que os outros haviam tentado, pois não tinha conhecimento que algum deles tivesse tido êxito e traçou o seu próprio. Onde não houvesse pegadas ou marcas seria o seu caminho.
As raízes salientes das frondosas árvores dificultavam o andar e cansavam-no muito mais rápidamente. Três horas depois, decidiu parar e descansar. Uma árvore oca servi-lhe-ia de abrigo naquela noite. Nem deu pelo escurecer, já que não via o céu há muitas horas. Não era um quadro agradável e os ruídos estranhos que ecoavam inquietaram-no. Fechou os olhos e dormiu.
Na manhã seguinte, mesmo não tendo descansado convenientemente, sentiu-se novamente animado e impelido a continuar. Arrumou as coisas e meteu-se a caminho.
Friday, October 14, 2005
Onde estou?
Sinto-me completamente perdido. Assim como se de repente tivessem apagado as luzes e me tapassem os ouvidos...e às apalpadelas, no meio da escuridão, tentasse encontrar o caminho.
É uma sensação desagradável, a de andarmos em frente sem vermos onde estamos a pôr os pés. O receio constante de tropeçarmos em algo e cairmos, ou de que esteja um buraco no chão que nós não vemos. E mesmo que quisesse guiar-me pelo som, também não o posso fazer...taparam-me os ouvidos.
Como sair daqui?
Esperar que alguém venha e me dê a mão, levando-me? Se calhar teria que esperar muito...ou pouco, não sei. Vou andando aos pontapés no ar, para que nada me rasteire? Podia ser...mas e se o tecto for mais baixo do que eu penso?
Não sei que fazer...se me agachar para não bater com a cabeça, se esticar as pernas para não tropeçar....
Onde andas tu Anjo Mensageiro sem asas, Conselheiro-Mor do meu Mundo?
Thursday, October 13, 2005
Queres saber mais sobre mim?
Vem cá.
Senta-te aqui ao pé de mim.
Apetece-me falar-te um pouco de quem sou. Quero contar-te um bocadinho da minha história. Queres saber um pouco mais sobre mim? Pois bem, o que tenho para contar-te é do meu passado, pois o presente já o conheces...bem, se calhar ainda há coisas do presente para contar. Quero que saibas quem sou eu, o que fiz e o que deixei de fazer, o que penso e o que pensei...mas acima de tudo quero que saibas o que sinto e o que senti. Quero contar-te dos meus sonhos e das minhas realidades. Quero falar-te das pessoas com que me cruzei na minha vida, dizer-te quem são e de que forma contribuiram (bem ou mal) para o que sou hoje. Quero falar-te do que penso da vida, de tudo.
Mas para isso...
Vem cá, senta-te aqui ao pé de mim!
Senta-te aqui ao pé de mim.
Apetece-me falar-te um pouco de quem sou. Quero contar-te um bocadinho da minha história. Queres saber um pouco mais sobre mim? Pois bem, o que tenho para contar-te é do meu passado, pois o presente já o conheces...bem, se calhar ainda há coisas do presente para contar. Quero que saibas quem sou eu, o que fiz e o que deixei de fazer, o que penso e o que pensei...mas acima de tudo quero que saibas o que sinto e o que senti. Quero contar-te dos meus sonhos e das minhas realidades. Quero falar-te das pessoas com que me cruzei na minha vida, dizer-te quem são e de que forma contribuiram (bem ou mal) para o que sou hoje. Quero falar-te do que penso da vida, de tudo.
Mas para isso...
Vem cá, senta-te aqui ao pé de mim!
Wednesday, October 12, 2005
De onde....
Caem pequenas pérolas no colo
deixo-as rolar, sobre a pele nua
apanho-as uma a uma
e guardo-as numa caixa, lá em cima na lua
São de grande valor para mim
por isso as vou juntando
Representam bocados da minha vida
que vou sonhando
Tenho-as de várias cores
Algumas azuis, outras rosadas
Brancas, pretas, cinzas...
Gostaria de saber porque me foram dadas
deixo-as rolar, sobre a pele nua
apanho-as uma a uma
e guardo-as numa caixa, lá em cima na lua
São de grande valor para mim
por isso as vou juntando
Representam bocados da minha vida
que vou sonhando
Tenho-as de várias cores
Algumas azuis, outras rosadas
Brancas, pretas, cinzas...
Gostaria de saber porque me foram dadas
Tuesday, October 11, 2005
O Bilhete
Sentados, imóveis, em silêncio
aguardam no banco da estação
a chegada do mesmo comboio
No escuro, a névoa adensa-se
e o frio aconchega-os
Virá atrasado ou já passou
nenhum sabe
apenas a menina da bilheteira
Porque esperam afinal?
aguardam no banco da estação
a chegada do mesmo comboio
No escuro, a névoa adensa-se
e o frio aconchega-os
Virá atrasado ou já passou
nenhum sabe
apenas a menina da bilheteira
Porque esperam afinal?
Aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh!!!!!
Tou farto de tudo...hoje estou mesmo pelos cabelos. Que raio de vidinha mais ingrata...Só me apetece é ter uma daquelas explosões que tinha quando era miudo e atirar qualquer coisa à parede!! AAAAAAAAhhhhhhhhhhhhhhhh....Está tudo como este tempinho de caca....chuvinha que não é chuvinha....sol que não é sol...nem frio nem calor....que coisa mais sensaborona!!!
Ainda ontem pensava nas pessoas que circulavam numa grande superficie de mobiliário que está muito na moda (não vou dizer qual é...mas começa por I, acaba em A e tem KE no meio!) e olhava com desprezo para os apaticos que por ali andavam, com um olhar completamente embasbacado. Andam ali, parecendo hipnotizados, só faltando babarem-se...de tal maneira acéfalos que até me estava a arrepiar. E afinal, concluo que não sou assim tão diferente deles...a unica coisa que nos distingue é que o que eles fazem nas grandes superficies, eu faço-o na minha vida!
Que tédio....só me apetecia dar um chuto em mim próprio e andar com tudo para a frente...e levar na frente quem se atravessasse no meu caminho...
Ainda ontem pensava nas pessoas que circulavam numa grande superficie de mobiliário que está muito na moda (não vou dizer qual é...mas começa por I, acaba em A e tem KE no meio!) e olhava com desprezo para os apaticos que por ali andavam, com um olhar completamente embasbacado. Andam ali, parecendo hipnotizados, só faltando babarem-se...de tal maneira acéfalos que até me estava a arrepiar. E afinal, concluo que não sou assim tão diferente deles...a unica coisa que nos distingue é que o que eles fazem nas grandes superficies, eu faço-o na minha vida!
Que tédio....só me apetecia dar um chuto em mim próprio e andar com tudo para a frente...e levar na frente quem se atravessasse no meu caminho...
Acorda
Ouves o silêncio da noite?
Pst...escuta-o atentamente
É um farol no céu coberto de nuvens
Segues-lhe a luz?
Talvez uma noite o vejas
é um caminho a percorrer
Tomas-lhe a direcção?
Quem sabe, se um dia o conseguires...
é um bater do coração
Sentes-lhe o pulsar?
Pode ser que um dia lhe toques
É um sono a despertar
Sabes que está lá?
É a Vida, corre atrás dela
não a deixes escapar
Pst...escuta-o atentamente
É um farol no céu coberto de nuvens
Segues-lhe a luz?
Talvez uma noite o vejas
é um caminho a percorrer
Tomas-lhe a direcção?
Quem sabe, se um dia o conseguires...
é um bater do coração
Sentes-lhe o pulsar?
Pode ser que um dia lhe toques
É um sono a despertar
Sabes que está lá?
É a Vida, corre atrás dela
não a deixes escapar
Monday, October 10, 2005
O Caminho
Vives a vida com indecisão
procurando respostas no lugar errado
Quem tas vai dar não é a razão
irás encontrá-las noutro lado
Deves ter mais convicção
e confiar mais em ti própria
Usando a instrospecção
Obterás uma resposta sóbria
Tudo tem solução
Irás ver isso na certa
Ouve o teu coração
ele te dará a resposta correcta
procurando respostas no lugar errado
Quem tas vai dar não é a razão
irás encontrá-las noutro lado
Deves ter mais convicção
e confiar mais em ti própria
Usando a instrospecção
Obterás uma resposta sóbria
Tudo tem solução
Irás ver isso na certa
Ouve o teu coração
ele te dará a resposta correcta
Sunday, October 09, 2005
Será que mudei?
Pairo pela duvida
Suspenso na incerteza
Sem saber para onde me virar
Escuto-me
E tento perceber-te
adivinhando o amanhã
Terei deixado de ser quem fui?
Terei perdido o que me foi dado?
Penso, repenso e volto a pensar
Remôo na minha mente
esperando compreender
Suspenso na incerteza
Sem saber para onde me virar
Escuto-me
E tento perceber-te
adivinhando o amanhã
Terei deixado de ser quem fui?
Terei perdido o que me foi dado?
Penso, repenso e volto a pensar
Remôo na minha mente
esperando compreender
Poema
Tirei uma à Lua
Juntei-a com a do mar
Quis assim que ficasse tua
uma prenda para te dar
Áquelas duas juntei a do Sol
a par com uma das estrelas
Para te mostrar o que sinto
porque palavras não te posso dizê-las
Juntei-a com a do mar
Quis assim que ficasse tua
uma prenda para te dar
Áquelas duas juntei a do Sol
a par com uma das estrelas
Para te mostrar o que sinto
porque palavras não te posso dizê-las
Saturday, October 08, 2005
A Felicidade...
Alguém bateu à porta
Vacilei... Não quis abrir!
Pensei que fosse a saudade
Que me viesse perseguir...
Bateu de novo com força,
Mas com o tempo desistiu,
Foi e, em silêncio,
Para sempre partiu!
Partiu, e p´ra trás deixou
Estas palavras fatais:
“Eu sou a felicidade
E não voltarei nunca mais!“
Mensagem do dia: mantenham a vossa "porta" aberta! Nunca se sabe quem está do outro lado... Mas às vezes há que arriscar!
Ana Filipa, 06/09/2004, http://www.oitaven.pt/~filipa/
Vacilei... Não quis abrir!
Pensei que fosse a saudade
Que me viesse perseguir...
Bateu de novo com força,
Mas com o tempo desistiu,
Foi e, em silêncio,
Para sempre partiu!
Partiu, e p´ra trás deixou
Estas palavras fatais:
“Eu sou a felicidade
E não voltarei nunca mais!“
Mensagem do dia: mantenham a vossa "porta" aberta! Nunca se sabe quem está do outro lado... Mas às vezes há que arriscar!
Ana Filipa, 06/09/2004, http://www.oitaven.pt/~filipa/
Friday, October 07, 2005
Mais fortes que tudo!!
As palavras, levou-as o vento
no sopro de uma baforada tua
Como se perdessem
a sua importância e o seu valor
Como se as tivesse dito
sem intenção
Mas o mais importante
fica cá, aqui...dentro
Não se deixa levar assim
na insignificância
Tem raízes profundas
e sustenta-se na verdade
Não cai por terra
com a tua incredulidade
no sopro de uma baforada tua
Como se perdessem
a sua importância e o seu valor
Como se as tivesse dito
sem intenção
Mas o mais importante
fica cá, aqui...dentro
Não se deixa levar assim
na insignificância
Tem raízes profundas
e sustenta-se na verdade
Não cai por terra
com a tua incredulidade
Thursday, October 06, 2005
Baaaahhhh....
A vida poderia ser tão mais simples
se tudo dependesse apenas de nós
se não tivéssemos que esperar por ninguém
se pudéssemos tocá-la para a frente
conforme nos apetecesse
Queria apenas fechar os olhos e dormir
e quando acordasse tudo estivesse resolvido
que o novelo estivesse desenrolado
e tudo começasse a andar
se tudo dependesse apenas de nós
se não tivéssemos que esperar por ninguém
se pudéssemos tocá-la para a frente
conforme nos apetecesse
Queria apenas fechar os olhos e dormir
e quando acordasse tudo estivesse resolvido
que o novelo estivesse desenrolado
e tudo começasse a andar
Tuesday, October 04, 2005
Vou-os contando...
Juntei mais um
a uma colecção que se espera longa
Recebi alguns presentes
muitas mensagens amigas
mas a prenda mais esperada
ainda não foi desta que a recebi
Não me julgo infortunado
antes pelo contrário
Os principais, aqueles que contam
lembraram-se
E outros que, se calhar, não se esqueceram
não puderam
Mas aquilo que mais tinha pedido
terá que ficar para outro
Começo uma nova etapa
com direito a eclipse e tudo
Espero que seja um bom presságio
e que esta que agora se inicia
seja no mínimo tão boa como a que findou
Feliz Aniversário Walter
a uma colecção que se espera longa
Recebi alguns presentes
muitas mensagens amigas
mas a prenda mais esperada
ainda não foi desta que a recebi
Não me julgo infortunado
antes pelo contrário
Os principais, aqueles que contam
lembraram-se
E outros que, se calhar, não se esqueceram
não puderam
Mas aquilo que mais tinha pedido
terá que ficar para outro
Começo uma nova etapa
com direito a eclipse e tudo
Espero que seja um bom presságio
e que esta que agora se inicia
seja no mínimo tão boa como a que findou
Feliz Aniversário Walter
Saturday, October 01, 2005
Tão perto, tão longe
Vejo-as correr no teu rosto
descendo a tua face
Queria apanhá-las
e devolver-tas
Para que as pudesses guardar
e nunca mais as libertasses
Queria que acendesses
a luz do teu sorriso
e que nos teus olhos
brilhasse o reflexo das estrelas
Queria dizer-te ao ouvido
uma palavra de conforto
Voltar com o tempo atrás
ou empurrá-lo para a frente
e levar-te desta hora
descendo a tua face
Queria apanhá-las
e devolver-tas
Para que as pudesses guardar
e nunca mais as libertasses
Queria que acendesses
a luz do teu sorriso
e que nos teus olhos
brilhasse o reflexo das estrelas
Queria dizer-te ao ouvido
uma palavra de conforto
Voltar com o tempo atrás
ou empurrá-lo para a frente
e levar-te desta hora
Monólogo a dois
Ainda bem que estás aí. Estava mesmo a precisar de falar, e ninguém melhor que tu para me entender. Desabafar algumas coisas em que tenho andado a matutar e que nunca mais consigo deslindar.
Sabes, o principal problema é que as pessoas falam por enigmas (aliás até eu já estou a apanhar essa mania). Parece que temos medo de dizer claramente o que queremos, o que sentimos, o que somos. E à conta disso tenho dito e feito coisas que até a mim me custam entender. Eu sempre tentei levar a vida da maneira mais simples e prática possível. Sempre fui muito pão pão, queijo queijo. E ultimamente vejo-me envolvido em jogos de palavras e ideias, em mímicas de atitudes e comportamentos, que se tornam cada vez mais difíceis de compreender. Ao fim de algum tempo isto torna-se fisica e mentalmente desgastante. Estamos constantemente a pensar no jogo ou teatro que vamos representar amanhã.
No outro dia, uma amiga dizia-me que estes jogos fazem parte, tornam a coisa interessante...não me recordo se ela o chegou a dizer, ou se fui eu que o pensei, que chegam a assemelhar-se aos preliminares da relação sexual. Mas o que é suposto é que as partes envolvidas participem do jogo não é? Diz-me, tu consegues entender todas as minhas "manobras"? Entendes os jogos que faço com as palavras? Ou, como eu, também te baralhas às vezes? Pois, também me pareceu...
Sabes, muitas, tantas vezes quero a tua companhia e sou incapaz de to dizer...e tu também não dizes nada, encontramo-nos assim por acaso, como hoje. Não gostavas de estar comigo mais vezes? Então porque não o dizes claramente? Estás a ficar como eu. Ou eu como tu. Pomo-nos com jogos de palavras e esperamos que o outro leia nas entrelinhas. Não te critico. Eu faço o mesmo. Acho que contigo e, ultimamente, com toda a gente. Mas contigo não devia ter necessidade de o fazer. Logo contigo, que me conheces tão bem. Devia falar-te abertamente, dizer-te as coisas em português claro e não andar com rodeios. Com tanta volta ainda fico tonto. Fico eu e ficas tu. Ficamos os dois. Andamos nisto há tempos e nunca mais saímos do mesmo sitio. É um ciclo vicioso. Jogas tu, jogo eu. E falo por mim, quando digo que me sinto compelido a fazer determinadas coisas, uma vez que não conseguimos falar abertamente...Pois bem, tenho vontade de mudar as coisas...que me dizes? Vamos tomar um café, almoçar, qualquer coisa? E durante esse tempo falamos abertamente um com o outro...e só diremos a verdade...de forma clara e objectiva. Que te parece?
Sabes, o principal problema é que as pessoas falam por enigmas (aliás até eu já estou a apanhar essa mania). Parece que temos medo de dizer claramente o que queremos, o que sentimos, o que somos. E à conta disso tenho dito e feito coisas que até a mim me custam entender. Eu sempre tentei levar a vida da maneira mais simples e prática possível. Sempre fui muito pão pão, queijo queijo. E ultimamente vejo-me envolvido em jogos de palavras e ideias, em mímicas de atitudes e comportamentos, que se tornam cada vez mais difíceis de compreender. Ao fim de algum tempo isto torna-se fisica e mentalmente desgastante. Estamos constantemente a pensar no jogo ou teatro que vamos representar amanhã.
No outro dia, uma amiga dizia-me que estes jogos fazem parte, tornam a coisa interessante...não me recordo se ela o chegou a dizer, ou se fui eu que o pensei, que chegam a assemelhar-se aos preliminares da relação sexual. Mas o que é suposto é que as partes envolvidas participem do jogo não é? Diz-me, tu consegues entender todas as minhas "manobras"? Entendes os jogos que faço com as palavras? Ou, como eu, também te baralhas às vezes? Pois, também me pareceu...
Sabes, muitas, tantas vezes quero a tua companhia e sou incapaz de to dizer...e tu também não dizes nada, encontramo-nos assim por acaso, como hoje. Não gostavas de estar comigo mais vezes? Então porque não o dizes claramente? Estás a ficar como eu. Ou eu como tu. Pomo-nos com jogos de palavras e esperamos que o outro leia nas entrelinhas. Não te critico. Eu faço o mesmo. Acho que contigo e, ultimamente, com toda a gente. Mas contigo não devia ter necessidade de o fazer. Logo contigo, que me conheces tão bem. Devia falar-te abertamente, dizer-te as coisas em português claro e não andar com rodeios. Com tanta volta ainda fico tonto. Fico eu e ficas tu. Ficamos os dois. Andamos nisto há tempos e nunca mais saímos do mesmo sitio. É um ciclo vicioso. Jogas tu, jogo eu. E falo por mim, quando digo que me sinto compelido a fazer determinadas coisas, uma vez que não conseguimos falar abertamente...Pois bem, tenho vontade de mudar as coisas...que me dizes? Vamos tomar um café, almoçar, qualquer coisa? E durante esse tempo falamos abertamente um com o outro...e só diremos a verdade...de forma clara e objectiva. Que te parece?
Medo...
Quero correr atrás do Amor
mas tenho medo
medo de tropeçar e cair
Quero viver a Vida
mas tenho medo
de a enfrentar e sofrer
Quero lutar pelo Sonho
mas tenho medo
de acordar e ter que partir
Quero percorrer o teu Coração
mas tenho medo
de me enganar e me perder
Quero fazer parte de Ti
mas tenho medo
de arriscar e agir
mas tenho medo
medo de tropeçar e cair
Quero viver a Vida
mas tenho medo
de a enfrentar e sofrer
Quero lutar pelo Sonho
mas tenho medo
de acordar e ter que partir
Quero percorrer o teu Coração
mas tenho medo
de me enganar e me perder
Quero fazer parte de Ti
mas tenho medo
de arriscar e agir
Friday, September 30, 2005
Adolescente ou a vontade de ajudar uma Amiga!
Tem calma
Não tenhas pressa de crescer
Não queiras que a vida passe a correr
Aproveita o melhor da tua idade
O teres muito menos responsabilidade
Goza mais a tua liberdade
Tu podes expressar tudo, mas tudo, o que te vai na alma
Sem complexos nem preconceitos
Leva a vida com mais calma
Com orgulho nos teus feitos
Por agora ninguém te leva a mal
Comportamentos loucos e atitudes impensadas
Podes ser e agir de forma radical
Falar com palavras inventadas
Esta é a vontade de te ajudar
de alguém que é mais velho
Não penses que não te entendo
Um dia vais compreender o meu conselho
Não tenhas pressa de crescer
Não queiras que a vida passe a correr
Aproveita o melhor da tua idade
O teres muito menos responsabilidade
Goza mais a tua liberdade
Tu podes expressar tudo, mas tudo, o que te vai na alma
Sem complexos nem preconceitos
Leva a vida com mais calma
Com orgulho nos teus feitos
Por agora ninguém te leva a mal
Comportamentos loucos e atitudes impensadas
Podes ser e agir de forma radical
Falar com palavras inventadas
Esta é a vontade de te ajudar
de alguém que é mais velho
Não penses que não te entendo
Um dia vais compreender o meu conselho
Thursday, September 29, 2005
Magia...
Queria ter uma bola de cristal
que mostrasse tudo com clareza
para que não ficassem no ar
palavras de incerteza
Queria ter um oráculo
que me dissesse o que fazer
quando me sinto perdido
sem saber o que dizer
Queria ter um binóculo
que me mostrasse o futuro com nitidez
para que eu pudesse
agir com sensatez
Queria ter uma varinha de condão
que me deixasse escolher
o que eu queria mudar
e ajudar quem está a sofrer
que mostrasse tudo com clareza
para que não ficassem no ar
palavras de incerteza
Queria ter um oráculo
que me dissesse o que fazer
quando me sinto perdido
sem saber o que dizer
Queria ter um binóculo
que me mostrasse o futuro com nitidez
para que eu pudesse
agir com sensatez
Queria ter uma varinha de condão
que me deixasse escolher
o que eu queria mudar
e ajudar quem está a sofrer
Assim és tu
Calas no silêncio da noite
esse sentimento que te consome
esperando assim
que se apague e desapareça
Secas na escuridão da noite
as lágrimas que choras
esperando assim
que amanhã algo diferente aconteça
Esqueces na memória da noite
o quotidiano do dia
esperando assim
que a vida se torne o que sonhaste
Recolhes-te na escrita à noite
num mundo só teu
que só tu imaginaste
Levas contigo à noite
para esse reino
as pessoas com quem o partilhaste
esse sentimento que te consome
esperando assim
que se apague e desapareça
Secas na escuridão da noite
as lágrimas que choras
esperando assim
que amanhã algo diferente aconteça
Esqueces na memória da noite
o quotidiano do dia
esperando assim
que a vida se torne o que sonhaste
Recolhes-te na escrita à noite
num mundo só teu
que só tu imaginaste
Levas contigo à noite
para esse reino
as pessoas com quem o partilhaste
Gostava...
Gostava de entender a tua curiosidade, porque fazes questão de me conhecer e saber os meus segredos. Gostava de compreender o que te interessa no meu intimo e porque confias tanto em mim. Gostava de saber porque queres conhecer o meu mundo, porque queres entender os meus pensamentos e as minhas ideias. Gostava de saber porque te interessam as minhas opiniões. Gostava de saber porque queres participar da minha vida.
Wednesday, September 28, 2005
Quem és tu afinal?
Que estranhas forças
te fazem suportar
silenciosamente
esse sofrimento?
Onde está
o teu direito à felicidade?
Porque deixas assim
de ter o gosto pela vida?
Porque te enganas
dessa maneira tão ilusória?
Porque não assumes um luto
por uma perda tão significativa?
Porque escondes de ti mesma
a dor que sentes?
É uma solução de curta vida...
mais tarde sofrerás as consequências.
te fazem suportar
silenciosamente
esse sofrimento?
Onde está
o teu direito à felicidade?
Porque deixas assim
de ter o gosto pela vida?
Porque te enganas
dessa maneira tão ilusória?
Porque não assumes um luto
por uma perda tão significativa?
Porque escondes de ti mesma
a dor que sentes?
É uma solução de curta vida...
mais tarde sofrerás as consequências.
Queria...
Queria saber ler
as palavras que não entendo
Queria compreender
as linguagens que não conheço
Queria conseguir entender
os pensamentos que não ouço
Queria aprender
a reconhecer os sentimentos
Queria ter
o poder da adivinhação
Queria ver
mais além da compreensão
Queria conseguir
ouvir o silêncio
as palavras que não entendo
Queria compreender
as linguagens que não conheço
Queria conseguir entender
os pensamentos que não ouço
Queria aprender
a reconhecer os sentimentos
Queria ter
o poder da adivinhação
Queria ver
mais além da compreensão
Queria conseguir
ouvir o silêncio
Tuesday, September 27, 2005
Preciso mudar...
Sinto-me cansado
da rotina, das pessoas, de tudo
De manhã à noite, ouço os mesmos lamentos
as mesmas lamúrias
Sinto-me cansado
de tentar entender sentimentos e teimosias
de compreender atitudes e comportamentos
Sinto-me cansado
de assistir a conformismos e resignações
desistências e inconstâncias
Sinto-me cansado
de correr atrás dos outros e dos sonhos
de esperar que as coisas aconteçam
Sinto-me cansado
de meses a fio olhar as pessoas
que parecem procurar o mesmo
Sinto-me cansado
de estarem sempre a complicar o que é simples
de procurarem obstáculos em vez de os ultrapassarem
Sinto-me cansado
de buscar o que parece não existir
de ansiar por uma expectativa
de desejar uma emoção
Sinto-me cansado
de procurar as pessoas erradas nos lugares errados
de encontrar as pessoas certas no momento inoportuno
Sinto-me cansado
de querer algo com tanta força
algo que, parece, nunca irá chegar
Sinto-me cansado
de ver combinações mal feitas
de ver toda a gente caminhar o mesmo trilho
Sinto-me cansado
desta roda em que entrei
e da qual não consigo sair
da rotina, das pessoas, de tudo
De manhã à noite, ouço os mesmos lamentos
as mesmas lamúrias
Sinto-me cansado
de tentar entender sentimentos e teimosias
de compreender atitudes e comportamentos
Sinto-me cansado
de assistir a conformismos e resignações
desistências e inconstâncias
Sinto-me cansado
de correr atrás dos outros e dos sonhos
de esperar que as coisas aconteçam
Sinto-me cansado
de meses a fio olhar as pessoas
que parecem procurar o mesmo
Sinto-me cansado
de estarem sempre a complicar o que é simples
de procurarem obstáculos em vez de os ultrapassarem
Sinto-me cansado
de buscar o que parece não existir
de ansiar por uma expectativa
de desejar uma emoção
Sinto-me cansado
de procurar as pessoas erradas nos lugares errados
de encontrar as pessoas certas no momento inoportuno
Sinto-me cansado
de querer algo com tanta força
algo que, parece, nunca irá chegar
Sinto-me cansado
de ver combinações mal feitas
de ver toda a gente caminhar o mesmo trilho
Sinto-me cansado
desta roda em que entrei
e da qual não consigo sair
Schhh...
Não digas nada
Ouve-me apenas
Não lamentes
Nada podes fazer
Nada quero que faças
Deixa-me somente falar
O pouco que me podes dar
é o que mais quero
Fica por perto, não te afastes
Ouve-me apenas
Não lamentes
Nada podes fazer
Nada quero que faças
Deixa-me somente falar
O pouco que me podes dar
é o que mais quero
Fica por perto, não te afastes
Segredos
Continua a escrita minha confidente
ouvinte atenta e nunca ausente
Sentimentos que não posso expressar
com enorme dor e pesar
Não os quero perdidos por aí
no papel os continuarei a guardar
Recordo com carinho momentos passados
e contra a minha razão
continuo a alimentar sonhos de futuro
consciente de que é uma esperança vã
Por mais que me esforce
não consigo apagar marcas tão profundas
marcas que não se veem, não saram, não secam...
Confio apenas que a sorte me levará ao meu Destino
ouvinte atenta e nunca ausente
Sentimentos que não posso expressar
com enorme dor e pesar
Não os quero perdidos por aí
no papel os continuarei a guardar
Recordo com carinho momentos passados
e contra a minha razão
continuo a alimentar sonhos de futuro
consciente de que é uma esperança vã
Por mais que me esforce
não consigo apagar marcas tão profundas
marcas que não se veem, não saram, não secam...
Confio apenas que a sorte me levará ao meu Destino
Monday, September 26, 2005
Esperando...Sinto-me cansado
Saturado da imutabilidade dos tempos
desdobro-me em movimentos entorpecidos
Tento dispersar a mente
e em esparsas palavras descrever
os ventos que percorrem as minhas ruas
Efémeros momentos de euforia
alternam-se com espasmos de apatia
Nesta busca incessante
por alguém que me ouça
encontrei-te...ou talvez não
E então vagueio por aí
retomando esta inútil saga
Conto apenas com a companhia solitária
de alguém que ainda está para vir
Andando passo a passo
até chegar a mim
desdobro-me em movimentos entorpecidos
Tento dispersar a mente
e em esparsas palavras descrever
os ventos que percorrem as minhas ruas
Efémeros momentos de euforia
alternam-se com espasmos de apatia
Nesta busca incessante
por alguém que me ouça
encontrei-te...ou talvez não
E então vagueio por aí
retomando esta inútil saga
Conto apenas com a companhia solitária
de alguém que ainda está para vir
Andando passo a passo
até chegar a mim
Thursday, September 22, 2005
Principle of Life
Set your sights high, the higher the better.
Expect the most wonderful things to happen, not in the future but right now.
Realize that nothing is too good.
Allow absolutely nothing to hamper you or hold you up in any way.
Have no fear of moving into the unknown.
Simply step out fearlessly knowing that I am with you, therefore no harm can befall you; all is very very well.
Do this in complete faith and confidence
Sidharta
Expect the most wonderful things to happen, not in the future but right now.
Realize that nothing is too good.
Allow absolutely nothing to hamper you or hold you up in any way.
Have no fear of moving into the unknown.
Simply step out fearlessly knowing that I am with you, therefore no harm can befall you; all is very very well.
Do this in complete faith and confidence
Sidharta
Capitulo V
Depois de dias e dias de caminhada, a paisagem começou a mudar. Aqui e ali viam-se pequenas colinas e morros cobertos de erve verdejante e em algumas haviam nascido pequenas árvores, de baixa altura. Eram àrvores mas não de fruto, pelo que nem sequer se deteve a observá-las, na possibilidade de encontrar alimento.
Não muito tempo depois, a paisagem voltou a alterar-se. A bela planície e os morros e colinas cobertos de erva, davam lugar a uma floresta de árvores de enorme estatura, e pela sua corpulência advogou a sua antiguidade. Aqui e ali surgiam pequenos pequenos e médios buracos contendo água estagnada ou areias movediças. Havia chegado ao pântano de que o outro viajante lhe havia falado.
O caminho tinha desaparecido quando entrou na floresta e agora restava-lhe apenas confiar no seu instinto e sentido de orientação. A copa das árvores cobria o céu por completo pelo que por ele não se podia guiar. O chão mole, coberto de pegadas, indicava tantas direcções quantos os que haviam tentado ultrapassar este pântano desolado. E mais uma vez hesitou em continuar. O que lhe podia garantir que ia suceder onde tantos haviam falhado?
Não muito tempo depois, a paisagem voltou a alterar-se. A bela planície e os morros e colinas cobertos de erva, davam lugar a uma floresta de árvores de enorme estatura, e pela sua corpulência advogou a sua antiguidade. Aqui e ali surgiam pequenos pequenos e médios buracos contendo água estagnada ou areias movediças. Havia chegado ao pântano de que o outro viajante lhe havia falado.
O caminho tinha desaparecido quando entrou na floresta e agora restava-lhe apenas confiar no seu instinto e sentido de orientação. A copa das árvores cobria o céu por completo pelo que por ele não se podia guiar. O chão mole, coberto de pegadas, indicava tantas direcções quantos os que haviam tentado ultrapassar este pântano desolado. E mais uma vez hesitou em continuar. O que lhe podia garantir que ia suceder onde tantos haviam falhado?
Predicção
Águas límpidas e cristalinas
Quietas e imóveis
De bordos redondos, moldura de terra
No passado vi reflectida imagem futura
No presente apresenta-se a verdade
Única, nua e crua
Acredita-se num sonho que num instante se desfaz
Porque com um sonho a realidade não se satisfaz
E continua-se a acreditar, em nome de algo que cremos maior
Assim é a realidade, que no passado era futuro
21/09/2005
Quietas e imóveis
De bordos redondos, moldura de terra
No passado vi reflectida imagem futura
No presente apresenta-se a verdade
Única, nua e crua
Acredita-se num sonho que num instante se desfaz
Porque com um sonho a realidade não se satisfaz
E continua-se a acreditar, em nome de algo que cremos maior
Assim é a realidade, que no passado era futuro
21/09/2005
Wednesday, September 21, 2005
Monday, September 19, 2005
Tenho saudades de...
Um mimo
Um carinho
Um beijo
Uma caricia
Uma palavra doce
Um abraço
Uma lembrança
Uma companhia
Um colo amigo
Uma cumplicidade
Uma troca de olhares
Um segredo dito ao ouvido
Tenho muitas saudades...
Um carinho
Um beijo
Uma caricia
Uma palavra doce
Um abraço
Uma lembrança
Uma companhia
Um colo amigo
Uma cumplicidade
Uma troca de olhares
Um segredo dito ao ouvido
Tenho muitas saudades...
Sunday, September 18, 2005
Chuva
Chova, que chova
na minha cabeça
nos meus ombros
no meu corpo
que me inunde os poros
e molhe a pele
que me lave o pó
e encharque a roupa
Que me refresque e arrefeça
e o que quer que aconteça
me deixe enxaguado
e o mundo molhado
Fico a pingar
sinto-me acalmar
ouço-me parar
e a chuva acariciar
vejo a água a molhar
Chova, que chova
na minha cabeça
na minha cabeça
nos meus ombros
no meu corpo
que me inunde os poros
e molhe a pele
que me lave o pó
e encharque a roupa
Que me refresque e arrefeça
e o que quer que aconteça
me deixe enxaguado
e o mundo molhado
Fico a pingar
sinto-me acalmar
ouço-me parar
e a chuva acariciar
vejo a água a molhar
Chova, que chova
na minha cabeça
Thursday, September 15, 2005
Descansar
Vou empurrando a vida conforme posso
Esperando que o futuro se torne presente
Que o sonho se torne realidade
É um corpo que se ressente
é uma mente que perde faculdade
Por vezes esgotam-se as forças
preciso parar
respirar
pensar
mergulhar em água fria
e reorganizar
E então continuo acreditando
que o sonho se me pode apresentar
vestido de muitas maneiras
Esperando que o futuro se torne presente
Que o sonho se torne realidade
É um corpo que se ressente
é uma mente que perde faculdade
Por vezes esgotam-se as forças
preciso parar
respirar
pensar
mergulhar em água fria
e reorganizar
E então continuo acreditando
que o sonho se me pode apresentar
vestido de muitas maneiras
Monday, September 12, 2005
Capitulo IV
Todavia, a sua determinação e convicção do valor da recompensa que o esperava, caso fosse bem sucedido, animaram-no e entusiasmaram-no para continuar. Arrumou o pão e o queijo que lhe restavam na sacola e retomou a jornada.
Alguns kilómetros depois, o bosque deu lugar a um planalto revestido de erva alta, e até onde podia avistar a paisagem não se alterava. Não se via vivalma. Senão fosse a vegetação dir-se-ia um deserto. No meio desta havia um caminho traçado pelos inúmeros viajantes que haviam tentado alcançar o mesmo objectivo. E foi por ele que seguiu.
Caminhou durante horas e horas, naquela paisagem constantemente inalterada. E durante horas e horas não encontrou ninguém. E agora que pensava nisso, havia muito tempo que não via um único animal, terrestre ou voador. Também não havia sinais de água à vista, pelo que decidiu racionar a lhe havia restado.
Alguns kilómetros depois, o bosque deu lugar a um planalto revestido de erva alta, e até onde podia avistar a paisagem não se alterava. Não se via vivalma. Senão fosse a vegetação dir-se-ia um deserto. No meio desta havia um caminho traçado pelos inúmeros viajantes que haviam tentado alcançar o mesmo objectivo. E foi por ele que seguiu.
Caminhou durante horas e horas, naquela paisagem constantemente inalterada. E durante horas e horas não encontrou ninguém. E agora que pensava nisso, havia muito tempo que não via um único animal, terrestre ou voador. Também não havia sinais de água à vista, pelo que decidiu racionar a lhe havia restado.
Friday, September 09, 2005
Perspectivas
Ergamos a cabeça, punhamos um sorriso nos lábios
e aceitemos a mudança
Nem tudo o q luz é ouro,
mas nem sempre o ouro é o maior tesouro
A vida não pára...apenas nós paramos
ou continuamos
As árvores também perdem as folhas no Outono
para renascerem na Primavera
O Mundo está em constante movimento
para as coisas passadas darem lugar às novas
A vida é o que fazemos dela
Se puxarmos para a frente, é para a frente que ela segue
Deixemos que o vento enfune a vela
e que o barco navegue
eventualmente por mares desconhecidos
mas cheios de novas aventuras
Porque é isso que é viver!!
e aceitemos a mudança
Nem tudo o q luz é ouro,
mas nem sempre o ouro é o maior tesouro
A vida não pára...apenas nós paramos
ou continuamos
As árvores também perdem as folhas no Outono
para renascerem na Primavera
O Mundo está em constante movimento
para as coisas passadas darem lugar às novas
A vida é o que fazemos dela
Se puxarmos para a frente, é para a frente que ela segue
Deixemos que o vento enfune a vela
e que o barco navegue
eventualmente por mares desconhecidos
mas cheios de novas aventuras
Porque é isso que é viver!!
Thursday, September 08, 2005
Dia de Sol!
Há dias em que nuvens cinzentas nublam o nosso céu
Sentimo-nos melancólicos e tristes.
E depois, sem sabermos bem como nem porquê,
uma brisa amiga sopra e leva-as para longe...
E então o sol começa a espreitar
para depois brilhar e aquecer o nosso dia
E então sentimo-nos cheios de força
e vêmos tudo de uma maneira diferente
Mais alegre, mais colorida, mais bonita
E continuamos sem saber de onde vem esse sol....
Sentimo-nos melancólicos e tristes.
E depois, sem sabermos bem como nem porquê,
uma brisa amiga sopra e leva-as para longe...
E então o sol começa a espreitar
para depois brilhar e aquecer o nosso dia
E então sentimo-nos cheios de força
e vêmos tudo de uma maneira diferente
Mais alegre, mais colorida, mais bonita
E continuamos sem saber de onde vem esse sol....
Wednesday, September 07, 2005
Em nós
Esta noite a Lua chamou-me
e segredou-me ao ouvido
procura dentro de ti
o segredo da tua felicidade
Três caminhos irás encontrar
e por um deles terás que caminhar
procura dentro de ti
o que melhor te levar ao teu Destino
Em todos eles irás encontrar obstáculos
disso não deves duvidar
procura dentro de ti
qual te ajudará no teu crescimento
Não escuses ajuda para percorrer o caminho
esforça-te, não te deixes esmorecer
procura dentro de ti
quem te apoiará nesta jornada
E lembra-te, várias vezes me verás
antes de encontrares a felicidade
porque ela é como um bom fogo que se acende
mas que é preciso alimentar
06/09/2005
e segredou-me ao ouvido
procura dentro de ti
o segredo da tua felicidade
Três caminhos irás encontrar
e por um deles terás que caminhar
procura dentro de ti
o que melhor te levar ao teu Destino
Em todos eles irás encontrar obstáculos
disso não deves duvidar
procura dentro de ti
qual te ajudará no teu crescimento
Não escuses ajuda para percorrer o caminho
esforça-te, não te deixes esmorecer
procura dentro de ti
quem te apoiará nesta jornada
E lembra-te, várias vezes me verás
antes de encontrares a felicidade
porque ela é como um bom fogo que se acende
mas que é preciso alimentar
06/09/2005
Tuesday, September 06, 2005
Capitulo III
Em chegando ao outro lado, olhou para trás e para baixo, consciencializando-se do risco que correra. Mas uma etapa mais havia sido cumprida e fez-se à estrada.
Há muito que não comia nem bebia pelo que, após umas horas de caminhada, decidiu parar para recobrar forças. Tirou um naco de pão e um pedaço de carne seca da sacola, que acompanhou com dois ou três goles de água que trazia no odre. Descansou uns minutos à sombra de uma das árvores que compunha a luxuriante floresta que o rodeava.
Quando finalmente decidiu regressar à viagem que se empenhara em fazer, um viajante andrajoso vinha no sentido oposto. Havia decidido efectuar o mesmo empreendimento, mas as dificuldades que encontrou deitaram por terra a sua coragem e nem mesmo o que esperava alcançar o incitou a continuar. Falou-lhe dos terríveis perigos que o esperavam e da impraticabilidade dos caminhos que ia atravessar, da solidão que iria ter que suportar.
Agradeceu-lhe os conselhos e os avisos, e após breves despedidas, o viajante infortunado continuou o seu caminho de regresso. A conversa com o companheiro de empresa suscitou-lhe inumeras duvidas sobre as suas capacidades para continuar.
Há muito que não comia nem bebia pelo que, após umas horas de caminhada, decidiu parar para recobrar forças. Tirou um naco de pão e um pedaço de carne seca da sacola, que acompanhou com dois ou três goles de água que trazia no odre. Descansou uns minutos à sombra de uma das árvores que compunha a luxuriante floresta que o rodeava.
Quando finalmente decidiu regressar à viagem que se empenhara em fazer, um viajante andrajoso vinha no sentido oposto. Havia decidido efectuar o mesmo empreendimento, mas as dificuldades que encontrou deitaram por terra a sua coragem e nem mesmo o que esperava alcançar o incitou a continuar. Falou-lhe dos terríveis perigos que o esperavam e da impraticabilidade dos caminhos que ia atravessar, da solidão que iria ter que suportar.
Agradeceu-lhe os conselhos e os avisos, e após breves despedidas, o viajante infortunado continuou o seu caminho de regresso. A conversa com o companheiro de empresa suscitou-lhe inumeras duvidas sobre as suas capacidades para continuar.
Monday, September 05, 2005
Chuva de Verão
Cai uma chuvinha fina
que faz assentar a poeira
Lava as fachadas, as janelas e as ruas
e humedece-nos a cabeça
Arrefece-nos os impetos
e clareia-nos a visão
Toque suave
semelhante a algodão
Cheiro de terra molhada
e relva viçosa
Alma renovada
Fé vigorosa
que faz assentar a poeira
Lava as fachadas, as janelas e as ruas
e humedece-nos a cabeça
Arrefece-nos os impetos
e clareia-nos a visão
Toque suave
semelhante a algodão
Cheiro de terra molhada
e relva viçosa
Alma renovada
Fé vigorosa
E agora?
Não gosto quando as conversas ficam a meio...
Gostava ao menos de compreender o que pretendes fazer daqui para a frente
Podemos continuar amigos?
Não fiquei magoado, por ter que enfrentar a realidade
Nem ressentido com o que aconteceu
Não precisamos mudar tão radicalmente
Entre o que se passou e o que não se poderá passar
Ainda há espaço para uma amizade
Entendi o que me disseste, e aceito com naturalidade
Nunca foi minha intenção fazer-te infeliz
Muito pelo contrario, apenas quero que sejas bastante feliz
Podemos conversar?
Gostava ao menos de compreender o que pretendes fazer daqui para a frente
Podemos continuar amigos?
Não fiquei magoado, por ter que enfrentar a realidade
Nem ressentido com o que aconteceu
Não precisamos mudar tão radicalmente
Entre o que se passou e o que não se poderá passar
Ainda há espaço para uma amizade
Entendi o que me disseste, e aceito com naturalidade
Nunca foi minha intenção fazer-te infeliz
Muito pelo contrario, apenas quero que sejas bastante feliz
Podemos conversar?
Friday, September 02, 2005
Proteger-se
Grassa na própria mente
duvida alheia
Não sabendo o que sente
ignorando ainda semeia
Conteúdo incógnito e imperceptível
subtileza defensiva
Tornando-se, assim, infalível
intenção passiva
Incompreensível sentença
difusa vontade
Sem dizer o que pensa
Desconhecendo a possibilidade
duvida alheia
Não sabendo o que sente
ignorando ainda semeia
Conteúdo incógnito e imperceptível
subtileza defensiva
Tornando-se, assim, infalível
intenção passiva
Incompreensível sentença
difusa vontade
Sem dizer o que pensa
Desconhecendo a possibilidade
Wednesday, August 31, 2005
Menina
Ensejo Ana ser seu nome
Amar garrida menina
Um fruto de amora numa silva
Um bosque de teixos numa eira
Sucumbe lentamente na alameda
Por não querer viver na montanha
Amar garrida menina
Um fruto de amora numa silva
Um bosque de teixos numa eira
Sucumbe lentamente na alameda
Por não querer viver na montanha
Procuro a Luz
Sigo em silêncio pela noite
Sem candeias que iluminem o meu caminho
Passo ante passo
Traço sem Destino
E pergunto à Lua:
-Para onde vou?
E ela despida e nua
não me sabe responder.
Pergunto às estrelas:
-Para onde vou?
E elas tristes e singelas
não me sabem responder.
Pergunto a um cometa:
-Para onde vou?
E ele cansado e em tormenta
não me sabe responder.
E pergunto á noite então:
-Para onde vou?
-Que te diz teu coração?
-Meu coração há muito perdeu a razão!
-Serei então tua companheira
guiar-te-ei na escuridão.
Sem candeias que iluminem o meu caminho
Passo ante passo
Traço sem Destino
E pergunto à Lua:
-Para onde vou?
E ela despida e nua
não me sabe responder.
Pergunto às estrelas:
-Para onde vou?
E elas tristes e singelas
não me sabem responder.
Pergunto a um cometa:
-Para onde vou?
E ele cansado e em tormenta
não me sabe responder.
E pergunto á noite então:
-Para onde vou?
-Que te diz teu coração?
-Meu coração há muito perdeu a razão!
-Serei então tua companheira
guiar-te-ei na escuridão.
Tuesday, August 30, 2005
Sentimento
E quando quiseres apagar este fogo que arde dentro do meu peito, terás que beber a água de mil oceanos e vertê-la sobre mim!
Sunday, August 28, 2005
Friday, August 26, 2005
Thursday, August 25, 2005
Saudade
P'ra cá e p'ra lá dançam
os ramos do salgueiro empurrados pelo vento
Manhã fresca de final de Verão
sinal de que passa o tempo
Desenham o teu rosto no ar
e no meio da folhagem
assobiam a tua voz
Na sua frente me fui sentar
contemplando apenas a beleza
de tranquila árvore
que me diz, sem aspereza
Espera....está quase!
os ramos do salgueiro empurrados pelo vento
Manhã fresca de final de Verão
sinal de que passa o tempo
Desenham o teu rosto no ar
e no meio da folhagem
assobiam a tua voz
Na sua frente me fui sentar
contemplando apenas a beleza
de tranquila árvore
que me diz, sem aspereza
Espera....está quase!
Wednesday, August 24, 2005
Tuesday, August 23, 2005
Escrever?
Cada vez se torna mais dificil transcrever para o papel as expressões da alma.
O silencio ensurdece-me com o seu grito pavoroso, e uma névoa densa ilumina-me a lucidez. Sinto uma felicidade triste, acentuada pela tua presença constantemente ausente, e o raciocinio torna-se ilógico toldado pelas emoções. Faço disparates atrás de disparates convicto de estar a fazer o melhor. Numa tentativa vã de compreender com maior nitidez, fecho os olhos e desligo-me do mundo. De diversas formas, junto os pormenores...um par de olhos amendoados inocentemente infantis, um nariz esculpido, uma boca desenhada. Recordo esse rosto numa lembrança longinqua de um momento. E, contudo, agora sou incapaz de o ver...por isso imagino-o, atribuindo-lhe detalhes que julgo verdadeiros.
Resta-me apenas uma voz grave para quem é, a pausa que faz no cumprimento demonstrando insegurança na hesitação. E lembro-me do sorriso inocente, do brilho nos olhos, das mãos perfeitas e do andar determinado.
Sinto de novo aquela cumplicidade, clara nos olhares, aquele sentimento de pertença mútua e a reciprocidade correspondida.
Em tão pouco tempo, acumulámos anos de vida, repartimos experiências.
Olhaste-me no intimo e eu deixei, eu quis. Conquistaste-me com a tua inocência, com a tua pureza...Num instante, encarnaste os meus ideais, os meus desejos, os meus sonhos. Senti o que sentiste e gostei, mesmo que esteja enganado, e desde então nada mais me importou.
Tu completas-me.
O silencio ensurdece-me com o seu grito pavoroso, e uma névoa densa ilumina-me a lucidez. Sinto uma felicidade triste, acentuada pela tua presença constantemente ausente, e o raciocinio torna-se ilógico toldado pelas emoções. Faço disparates atrás de disparates convicto de estar a fazer o melhor. Numa tentativa vã de compreender com maior nitidez, fecho os olhos e desligo-me do mundo. De diversas formas, junto os pormenores...um par de olhos amendoados inocentemente infantis, um nariz esculpido, uma boca desenhada. Recordo esse rosto numa lembrança longinqua de um momento. E, contudo, agora sou incapaz de o ver...por isso imagino-o, atribuindo-lhe detalhes que julgo verdadeiros.
Resta-me apenas uma voz grave para quem é, a pausa que faz no cumprimento demonstrando insegurança na hesitação. E lembro-me do sorriso inocente, do brilho nos olhos, das mãos perfeitas e do andar determinado.
Sinto de novo aquela cumplicidade, clara nos olhares, aquele sentimento de pertença mútua e a reciprocidade correspondida.
Em tão pouco tempo, acumulámos anos de vida, repartimos experiências.
Olhaste-me no intimo e eu deixei, eu quis. Conquistaste-me com a tua inocência, com a tua pureza...Num instante, encarnaste os meus ideais, os meus desejos, os meus sonhos. Senti o que sentiste e gostei, mesmo que esteja enganado, e desde então nada mais me importou.
Tu completas-me.
Monday, August 22, 2005
Meu Deus....
É a senilidade que se aproxima....Meu Deus, porque me Escolheste a mim?? Com tanta gente que por aí anda, porquê eu?? Bem sei que não sou só eu, que somos todos, cada um à sua maneira, mas eu sinto-me especial aos Teus olhos. Porque me hás-de dar só coisas muito boas, ou pôr as muito más a sobrevoar-me como abutres que esperam que morra, para se deliciarem com os meus restos??? Porque não um meio termo? Porque não uma vidazinha pacata, sem grandes emoções nem devaneios? Bem sei que não sou assim, que não é isso que quero, mas sentir-me castigado desta maneira....porque me dás três assim de seguida? Sinceramente não compreendo em que isto me irá ajudar, mas decerto depois me Hás-de explicar. A minha pobre cabecinha já começa a não conseguir manter a sanidade com estas indecisões. Não me Entendas mal, mas o Homem é fraco e sinceramente, mesmo estando preparado para uma dificil caminhada, assim não sei quanto tempo mais vou aguentar. Bem sei que Te pedi muita coisa, mas não era bem assim que tinha imaginado que fosse acontecer. Agradeço que me Tenhas ouvido, mas por favor, tenta ter um pouco mais de compaixão por mim e pela minha saude mental. Começo a duvidar se não terei já perdido algumas cartas do meu baralho e onde irei parar se as coisas continuarem a acontecer desta maneira. Dá-me uma luzinha....uma pista....Estás a pôr-me a prova? A ver se sou merecedor do que Te pedi? Se sei que Estás aí???? Enfim, vou acreditar que o Fazes com o intuito de que aprenda alguma coisa com tudo isto e que Queres apenas manter-me no bom caminho. Não me Leves a mal e desculpa-me este desabafo, mas às tantas torna-se dificil aguentar estas coisas cá dentro. E mesmo sentindo isto, agradeço-Te porque sei que o Fazes sempre com a melhor intenção!!! Um abraço
Friday, August 19, 2005
Querubim
Ouvi a voz de um Anjo
Mensageiro sem asas, Conselheiro-Mor do meu Mundo
Trazia consigo palavras de esperança e sabedoria
Não para mim, mas a mim me confortou
Falou com voz de criança pensamentos maduros
E em curta missiva, disse tudo
Tudo o que tinha que ser dito, tudo o que precisava ouvir
Fiquei a saber que não estou sozinho
Espero que tão sábia mensagem encontre o seu destinatário
E que este aprecie a sabedoria dos conselhos
18/08/2005
Mensageiro sem asas, Conselheiro-Mor do meu Mundo
Trazia consigo palavras de esperança e sabedoria
Não para mim, mas a mim me confortou
Falou com voz de criança pensamentos maduros
E em curta missiva, disse tudo
Tudo o que tinha que ser dito, tudo o que precisava ouvir
Fiquei a saber que não estou sozinho
Espero que tão sábia mensagem encontre o seu destinatário
E que este aprecie a sabedoria dos conselhos
18/08/2005
Thursday, August 18, 2005
Fiquei feliz
Esta noite olhei o céu
e vi uma unica estrela
O reflexo do teu rosto
e o brilho dos teus olhos
Nada se ouve, apenas silêncio
A tua voz sussurra-me ao ouvido
pensamentos que julgo teus
E acreditando na sua verdade
dormirei mais feliz
Esperando que, um dia,
no céu se reflicta
o teu rosto junto ao meu
e vi uma unica estrela
O reflexo do teu rosto
e o brilho dos teus olhos
Nada se ouve, apenas silêncio
A tua voz sussurra-me ao ouvido
pensamentos que julgo teus
E acreditando na sua verdade
dormirei mais feliz
Esperando que, um dia,
no céu se reflicta
o teu rosto junto ao meu
Continuarei
Sinto muitas saudades. Sinto muito a tua falta. Sei que nada podes fazer. E sei que se calhar não o devia dizer. Mas, por vezes, torna-se muito dificil contê-las dentro de mim. Tenho-o feito há muito tempo e agora tenho que soltar um pouco desse sofrimento. Espero que me entendas, que compreendas porque o faço. Apenas porque a dor é imensa e se não o fizer, se não deixar sair cá para fora um pouco, tenho receio de me tornar amargo. E já me basta que nestas alturas me sinta triste.
Deixa-me aliviar, um pouco, a carga que trago aos ombros. Assim, sem magoar nem prejudicar ninguém.
Não quero repartir este fardo, pois fui eu que o escolhi e que o pus às costas e só a mim me cabe carregá-lo. Quando o fiz sabia, e continuo a saber, o quanto me iria custar. E ainda assim não me arrependo. Porque o fardo não é só sofrimento, é também alegria, prazer, é amor.
Carrego-o por opção, porque para lá chegar tinha que o trazer comigo. E sei que lá chegarei.
17/08/2005
Deixa-me aliviar, um pouco, a carga que trago aos ombros. Assim, sem magoar nem prejudicar ninguém.
Não quero repartir este fardo, pois fui eu que o escolhi e que o pus às costas e só a mim me cabe carregá-lo. Quando o fiz sabia, e continuo a saber, o quanto me iria custar. E ainda assim não me arrependo. Porque o fardo não é só sofrimento, é também alegria, prazer, é amor.
Carrego-o por opção, porque para lá chegar tinha que o trazer comigo. E sei que lá chegarei.
17/08/2005
Reviver
Fecho os olhos e volto atrás. Áquele dia. Lembras-te? Sim, esse mesmo. Fecho os olhos e vivo-o novamente como se fosse hoje, como se fosse agora. Sinto os cheiros, ouço os sons, vejo as cores. Tudo está a acontecer neste preciso momento. Todos os pormenores, todos os detalhes gravados nitidamente em mim.
Sinto as emoções, a alegria, o nervosismo, a confiança, a intimidade. Não são de agora, não eram de então. Já eram de há muito tempo. Não de há um ano, não de há um século, não de há um milénio...mas do princípio do Mundo. Do tempo em que havia uma só particula, que se foi dividindo em várias outras. E agora torna a ser apenas uma.
16/08/2005
Sinto as emoções, a alegria, o nervosismo, a confiança, a intimidade. Não são de agora, não eram de então. Já eram de há muito tempo. Não de há um ano, não de há um século, não de há um milénio...mas do princípio do Mundo. Do tempo em que havia uma só particula, que se foi dividindo em várias outras. E agora torna a ser apenas uma.
16/08/2005
Tuesday, August 16, 2005
Almost Here
Será que te ouvi bem
Porque me pareceu que disseste
Vamos repensar isto
Tens sido a minha vida
E nunca planeei
Envelhecer sem ti
As sombras sangram pela luz
Onde uma vez um amor brilhou intensamente
Veio sem uma razão
Não desistas de nós esta noite
O amor nem sempre é a preto e branco
Não te amei sempre?
Mas quando preciso de ti
Estás quase aqui
E eu sei que isso não é suficiente
E quando estou contigo
Fico quase em lágrimas
Porque só estás quase aqui
Eu mudaria o mundo
Se tivesse uma oportunidade
Oh...não me deixas?
Trata-me como uma criança
Abraça-me
Por favor protege-me
Ferido e magoado pelas tuas palavras
Petrificado e destruido pela dor
Não te amei sempre?
Mas quando preciso de ti
Estás quase aqui
E eu sei que isso não é suficiente
Mas quando estou contigo
Fico quase em lágrimas
Porque só estás quase aqui
Ferido e magoado pelas tuas palavras
Petrificado e destruido pela dor
Não te amei sempre?
Mas quando preciso de ti, estás quase aqui
(bem, nunca soube quão para trás te deixei)
E quando te abraço, estás quase aqui
(Desculpa-me se tomei o nosso amor por garantido)
(Agora estou contigo, estou quase em lágrimas
Porque sei que estou quase aqui)
Apenas quase aqui
Brian McFadden feat. Delta Goodrem
Porque me pareceu que disseste
Vamos repensar isto
Tens sido a minha vida
E nunca planeei
Envelhecer sem ti
As sombras sangram pela luz
Onde uma vez um amor brilhou intensamente
Veio sem uma razão
Não desistas de nós esta noite
O amor nem sempre é a preto e branco
Não te amei sempre?
Mas quando preciso de ti
Estás quase aqui
E eu sei que isso não é suficiente
E quando estou contigo
Fico quase em lágrimas
Porque só estás quase aqui
Eu mudaria o mundo
Se tivesse uma oportunidade
Oh...não me deixas?
Trata-me como uma criança
Abraça-me
Por favor protege-me
Ferido e magoado pelas tuas palavras
Petrificado e destruido pela dor
Não te amei sempre?
Mas quando preciso de ti
Estás quase aqui
E eu sei que isso não é suficiente
Mas quando estou contigo
Fico quase em lágrimas
Porque só estás quase aqui
Ferido e magoado pelas tuas palavras
Petrificado e destruido pela dor
Não te amei sempre?
Mas quando preciso de ti, estás quase aqui
(bem, nunca soube quão para trás te deixei)
E quando te abraço, estás quase aqui
(Desculpa-me se tomei o nosso amor por garantido)
(Agora estou contigo, estou quase em lágrimas
Porque sei que estou quase aqui)
Apenas quase aqui
Brian McFadden feat. Delta Goodrem
Capitulo II
E retomou o seu caminho. A subida íngreme e pedregosa afigurava-se extremamente dificil, mas ainda assim sentiu-se com forças para continuar. O que o esperava no alto era mais do que inspirador. Justificava o esforço hercúleo que o esperava.
O carreiro subia a encosta, serpenteante e tortuoso, ladeado de plantas espinhosas. Por diversas vezes, sentiu as forças esmorecerem, mas uma fé inabalável incitava-o a seguir.
Depois de andar há já vários dias, encontrou uma ponte de corda suspensa sobre uma garganta de rocha granitica que se elevava muitos metros acima do rio que descia a montanha furiosamente, lá no fundo. Tinha um aspecto muito velho e deteriorado e hesitou em atravessá-la. A queda seria fatal, caso a ponte fosse incapaz de suster o seu peso. Apoiou o pé na corda e forçou-a, testando a sua resistência. Apesar da provecta idade que aparentava, suportou condignamente a força exercida, pelo que, enchendo-se de coragem, optou por arriscar. Durante a travessia, por várias vezes sentiu as cordas cederem sob o seu peso, e duvidou de conseguir chegar ao outro lado. Mas uma ponte que ali esteve tantos anos, aguentaria mais uma passagem.
O carreiro subia a encosta, serpenteante e tortuoso, ladeado de plantas espinhosas. Por diversas vezes, sentiu as forças esmorecerem, mas uma fé inabalável incitava-o a seguir.
Depois de andar há já vários dias, encontrou uma ponte de corda suspensa sobre uma garganta de rocha granitica que se elevava muitos metros acima do rio que descia a montanha furiosamente, lá no fundo. Tinha um aspecto muito velho e deteriorado e hesitou em atravessá-la. A queda seria fatal, caso a ponte fosse incapaz de suster o seu peso. Apoiou o pé na corda e forçou-a, testando a sua resistência. Apesar da provecta idade que aparentava, suportou condignamente a força exercida, pelo que, enchendo-se de coragem, optou por arriscar. Durante a travessia, por várias vezes sentiu as cordas cederem sob o seu peso, e duvidou de conseguir chegar ao outro lado. Mas uma ponte que ali esteve tantos anos, aguentaria mais uma passagem.
Liberdade
Apetece-me romper com todas as regras
e quebrar as correntes que me aprisionam
Rasgar a mordaça que trago na boca
e gritar ao mundo
Afastar a impossibilidade
que me refreia os sentimentos
E ser livre
Poder falar e ouvir
dar e receber
Amar e sentir
Livremente
A verdade que trago em mim
sufoca-me, asfixia-me
Ansiando por se soltar
14/08/2005
e quebrar as correntes que me aprisionam
Rasgar a mordaça que trago na boca
e gritar ao mundo
Afastar a impossibilidade
que me refreia os sentimentos
E ser livre
Poder falar e ouvir
dar e receber
Amar e sentir
Livremente
A verdade que trago em mim
sufoca-me, asfixia-me
Ansiando por se soltar
14/08/2005
Monday, August 15, 2005
Tu és...
A Função das coisas
Algo está a mudar...sinto o movimento. Nas coisas, nas plantas, nos animais, nas pessoas.
Ou então sou simplesmente eu. Sinto que estou a aprender. Crenças em que outrora acreditei, e entretanto esqueci, regressaram. Compreendo-as e entendo-as. E dou-lhes valor. Precisei reaprender, para agora entender. Elas explicaram-me os significados, e mostraram-me o caminho. Sei que estou na direcção certa e sei porque acontecem as coisas. Tudo tem uma razão, nada acontece por acaso. Uma pequena deslocação da nossa mão faz mover o ar, e pode desencadear um furacão noutra parte do mundo. As coisas mais pequenas mais insignificantes, têm o seu papel, a sua importância na sucessão de acontecimentos que mantêm o Universo em movimento. As coisas boas e as coisas más, existem para nos guiarem. Apenas dependem de qual necessitamos que ocorra. Nem sempre as coisas boas têm força para nos encaminhar...e então precisamos de uma má. É assim que vejo as coisas.
Ou então sou simplesmente eu. Sinto que estou a aprender. Crenças em que outrora acreditei, e entretanto esqueci, regressaram. Compreendo-as e entendo-as. E dou-lhes valor. Precisei reaprender, para agora entender. Elas explicaram-me os significados, e mostraram-me o caminho. Sei que estou na direcção certa e sei porque acontecem as coisas. Tudo tem uma razão, nada acontece por acaso. Uma pequena deslocação da nossa mão faz mover o ar, e pode desencadear um furacão noutra parte do mundo. As coisas mais pequenas mais insignificantes, têm o seu papel, a sua importância na sucessão de acontecimentos que mantêm o Universo em movimento. As coisas boas e as coisas más, existem para nos guiarem. Apenas dependem de qual necessitamos que ocorra. Nem sempre as coisas boas têm força para nos encaminhar...e então precisamos de uma má. É assim que vejo as coisas.
Saturday, August 13, 2005
Capitulo I
Já havia anoitecido há muitas horas e dormia profundamente quando uma luz intensa brilhou no seu quarto. Abriu os olhos e, estremunhado, esfregou-os. Uma figura etérea elevava-se a uns noventa centímetros do chão, pairando no ar.
As vestes brancas davam-lhe um ar angelical e a postura transmitia uma tranquilidade infinita. A figura olhou-o nos olhos e mexeu os lábios, mas nenhum som saía deles. Ainda assim, ele compreendeu o que aquele ser tinha para lhe dizer. Falava de uma viagem em busca de algo, uma viagem dura e dificil que no final seria largamente compensada. E evaporou-se no ar e o quarto ficou novamente às escuras. Fechou os olhos e tentou dormir, mas foi impossível. Estava demasiado excitado com o que acontecera. Na manhã seguinte, ao nascer do sol saiu e e foi ter com o Ancião da aldeia, a quem contou o sucedido. Depois de o ouvir atentamente, o Ancião meditou e aconselhou-o a encetar a viagem.
De imediato, arrumou a mochila e pôs-se a caminho. Não sabia muito bem para onde ir, de modo que confiou nos seus instintos e seguiu. Alguns kilometros depois, chegou ao sopé da montanha e deteve-se a contemplar a imponência daquele maciço rochoso.
As vestes brancas davam-lhe um ar angelical e a postura transmitia uma tranquilidade infinita. A figura olhou-o nos olhos e mexeu os lábios, mas nenhum som saía deles. Ainda assim, ele compreendeu o que aquele ser tinha para lhe dizer. Falava de uma viagem em busca de algo, uma viagem dura e dificil que no final seria largamente compensada. E evaporou-se no ar e o quarto ficou novamente às escuras. Fechou os olhos e tentou dormir, mas foi impossível. Estava demasiado excitado com o que acontecera. Na manhã seguinte, ao nascer do sol saiu e e foi ter com o Ancião da aldeia, a quem contou o sucedido. Depois de o ouvir atentamente, o Ancião meditou e aconselhou-o a encetar a viagem.
De imediato, arrumou a mochila e pôs-se a caminho. Não sabia muito bem para onde ir, de modo que confiou nos seus instintos e seguiu. Alguns kilometros depois, chegou ao sopé da montanha e deteve-se a contemplar a imponência daquele maciço rochoso.
Friday, August 12, 2005
Porquê?
Sinto-te diferente...alheia. Desinteressada. Se calhar não tens intenção, se calhar são as circunstâncias. Mas sinto. Por vezes, tolhe-se-me a lucidez e alvitro hipóteses, porventura incorrectas. Talvez seja o desalento que me leva a procurar explicações. Mas porquê as que maior sofrimento me causam? Porque não posso aceitar simplesmente que não tens podido? Porque não posso simplesmente aceitar que não tens conseguido? Porque me ponho a conspirar que mudaste? Que não queres mais? Que te queres afastar e esquecer?
Porque não posso simplesmente acreditar no melhor? Continuar a sonhar que sonhas, que imaginas, que desejas? Porque não acredito que estejas a sofrer? Porque penso que retomaste a tua vida e aproveitas a distância para esquecer tudo?
Se calhar foi o hábito de estar sempre contigo, e agora não consigo lidar com a tua ausência, com o teu silêncio. Não sei como estar contigo, não sei como estás...não sei como vamos estar quando voltarmos a falar. Tenho uma sensação estranha, de se ter criado uma barreira entre nós, uma tensão, um desconforto, uma perda de inocência e de naturalidade...diz-me, é impressão minha? Ou mudaste? Ou alguma coisa mudou?
Porque não posso simplesmente acreditar no melhor? Continuar a sonhar que sonhas, que imaginas, que desejas? Porque não acredito que estejas a sofrer? Porque penso que retomaste a tua vida e aproveitas a distância para esquecer tudo?
Se calhar foi o hábito de estar sempre contigo, e agora não consigo lidar com a tua ausência, com o teu silêncio. Não sei como estar contigo, não sei como estás...não sei como vamos estar quando voltarmos a falar. Tenho uma sensação estranha, de se ter criado uma barreira entre nós, uma tensão, um desconforto, uma perda de inocência e de naturalidade...diz-me, é impressão minha? Ou mudaste? Ou alguma coisa mudou?
Duas faces da mesma moeda
É engraçado como nem sempre o que desejamos nos faz felizes. Certos acontecimentos ou situações que acreditavamos que, a ocorrerem, nos deixariam contentes...afinal deixam-nos tristes. Hoje aconteceu e, ao invés de me alegrar, entristeceu-me. Não sei porquê. Talvez porque me consciencializasse da realidade, talvez porque me tenha trazido de volta à terra, talvez porque me tenha demonstrado quão longo ainda é o caminho a percorrer.
Eu que tantas vezes pedi para que isto acontecesse, agora penso que talvez fosse melhor não ter acontecido. Talvez fosse melhor continuar na ilusão, no sonho. Não sei como aproveitar o melhor do que pedi. Gostava de continuar naquele sonho e agora é tão dificil voltar. Talvez devido ao cansaço, talvez depois de dormir consiga regressar, talvez numa oportunidade que possa ser aproveitada...
12/08/2005
Eu que tantas vezes pedi para que isto acontecesse, agora penso que talvez fosse melhor não ter acontecido. Talvez fosse melhor continuar na ilusão, no sonho. Não sei como aproveitar o melhor do que pedi. Gostava de continuar naquele sonho e agora é tão dificil voltar. Talvez devido ao cansaço, talvez depois de dormir consiga regressar, talvez numa oportunidade que possa ser aproveitada...
12/08/2005
Uma Nova Era; Um Novo Ciclo
Hoje passei o dia a ler...não escrevi. Li, li, li. Absorvi conhecimentos, assimilei palavras, analisei conteúdos. Foi um dia dedicado à aprendizagem, de coisas, de pessoas, do mundo. Com o que aprendi hoje consigo ver o mundo, as pessoas, as coisas de forma muito mais clara.
Esclareci duvidas, mudei pontos de vista, alterei sentimentos. Eliminei cepticismos e alarguei horizontes, e com isso melhorei muito a minha capacidade de aprendizagem. Estive com pessoas, ouvi opiniões, alterei perspectivas. E agora tudo me parece lógico, tudo parece encaixar, tudo faz sentido.
Sinto-me a crescer por dentro. Compreendo agora coisas que me pareciam absurdas. Pressinto mudanças. Prevejo revoluções. Encontrei um futuro...de novo. Novamente acredito na esperança e recuperei a minha fé. E com elas recobrei as minhas forças. Agora posso continuar, agora quero continuar. Tudo voltou ao seu lugar.
Apenas me falta confirmar uma coisa....mas a seu tempo o farei.
11/08/2005
Esclareci duvidas, mudei pontos de vista, alterei sentimentos. Eliminei cepticismos e alarguei horizontes, e com isso melhorei muito a minha capacidade de aprendizagem. Estive com pessoas, ouvi opiniões, alterei perspectivas. E agora tudo me parece lógico, tudo parece encaixar, tudo faz sentido.
Sinto-me a crescer por dentro. Compreendo agora coisas que me pareciam absurdas. Pressinto mudanças. Prevejo revoluções. Encontrei um futuro...de novo. Novamente acredito na esperança e recuperei a minha fé. E com elas recobrei as minhas forças. Agora posso continuar, agora quero continuar. Tudo voltou ao seu lugar.
Apenas me falta confirmar uma coisa....mas a seu tempo o farei.
11/08/2005
Thursday, August 11, 2005
Forma de Expressão
Gosto de ler...e de escrever. Há muito que descobri a magia de desenhar letras e de as interpretar. E durante muito tempo mantive este prazer adormecido. Talvez porque a vontade me despertasse sempre nas mesmas ocasiões. Talvez porque usasse deste direito para exprimir sempre os mesmos sentimentos. E agora começo a valorizar o esforço que faço para diversificar os temas que escrevo. Nem sempre é fácil, pois nem todos me movem com a mesma força que aquele que primeiro me fez escrever.
Recordo há uns anos atrás, depois da adolescência e antes de me tornar adulto (se é que já o sou) , alguém que incitou em mim o desejo de passar para o papel o que me ia na mente. Meia dúzia de palavras mal ordenadas, a que dificilmente chamaria textos. Uma convicção infantil de que era fácil escrever. Ensinou-me muito do que sei hoje e, graças a ela, amadureci num ano, em nove meses para ser mais exacto (que foi o tempo que durou a maior proximidade da nossa relação) , o que provavelmente me levaria uns três ou quatro anos a conseguir. No fundo, isso representa precisamente a nossa diferença de idades, que naquela faixa etária é bastante significativa.
De forma totalmente desinteressada, ensinou-me tudo o que a vantagem de ir uns anos à minha frente já lhe havia ensinado. Ajudou-me a desenvolver o gosto por ser diferente e demonstrou-me o quanto eu tinha para gostar. Não tinhamos uma relação vulgar, pois entre nós não existia qualquer compromisso. Tudo acontecia, ou não, de forma totalmente natural e espontânea, sem combinações nem marcações.
Lembro-me de no inicio ter sido invadido por uma paixão avassaladora, que me levou a cometer algumas pequenas loucuras, talvez as primeiras dignas desse nome que cometi na minha vida. E aquela relação foi-se desenvolvendo, com óbvios benefícios mútuos, até ao momento eu que eu me sentia preparado para voar e ela para construir o ninho. E então deixei de escrever.
Tenho pena, muita pena mesmo, de nunca mais ter estado com ela. Há dois ou três anos soube que casou. Merecida felicidade. Nunca a esquecerei.
Agora, uma vez mais dominado pelos mesmos sentimentos, mais fortes, muito mais fortes e por outra pessoa, voltei a escrever. Mas desta vez a coisa parece séria. Escrevo mais que uma vez por dia, em média, e já escrevo há muitos dias. As palavras brotam-me da alma como formigas que saem em laboriosa quimera por alimento. Invariavelmente, o tema tem sido sempre o mesmo e, para falar verdade, confesso que até a mim me começa a saturar. Como me satura esta infelicidade constante em que me encontro, como me satura o seu silêncio, como me satura a sua aparente indiferença.
Desta vez, até me deu para criar um blog com o intuito de alguém mais, além de mim próprio, poder ler o que escrevo. Não que acredite que o que escrevo possa ter particular interesse para alguém, mas porque a ilusão de que assim é me faz feliz. Quase tão feliz como quando ela me disse que, apesar de não fazer qualquer comentário ou observação a esse respeito, me continuava a ler...tudo, sempre.
Duas simples palavras que me encheram de alegria e, talvez por isso, agora sofra com o seu silêncio. Por recear que tenha deixado de lhe interessar...eu e o que escrevo. Resta-me assim continuar a escrever para mim e para alguém que um dia me queira (voltar a) ler.
Recordo há uns anos atrás, depois da adolescência e antes de me tornar adulto (se é que já o sou) , alguém que incitou em mim o desejo de passar para o papel o que me ia na mente. Meia dúzia de palavras mal ordenadas, a que dificilmente chamaria textos. Uma convicção infantil de que era fácil escrever. Ensinou-me muito do que sei hoje e, graças a ela, amadureci num ano, em nove meses para ser mais exacto (que foi o tempo que durou a maior proximidade da nossa relação) , o que provavelmente me levaria uns três ou quatro anos a conseguir. No fundo, isso representa precisamente a nossa diferença de idades, que naquela faixa etária é bastante significativa.
De forma totalmente desinteressada, ensinou-me tudo o que a vantagem de ir uns anos à minha frente já lhe havia ensinado. Ajudou-me a desenvolver o gosto por ser diferente e demonstrou-me o quanto eu tinha para gostar. Não tinhamos uma relação vulgar, pois entre nós não existia qualquer compromisso. Tudo acontecia, ou não, de forma totalmente natural e espontânea, sem combinações nem marcações.
Lembro-me de no inicio ter sido invadido por uma paixão avassaladora, que me levou a cometer algumas pequenas loucuras, talvez as primeiras dignas desse nome que cometi na minha vida. E aquela relação foi-se desenvolvendo, com óbvios benefícios mútuos, até ao momento eu que eu me sentia preparado para voar e ela para construir o ninho. E então deixei de escrever.
Tenho pena, muita pena mesmo, de nunca mais ter estado com ela. Há dois ou três anos soube que casou. Merecida felicidade. Nunca a esquecerei.
Agora, uma vez mais dominado pelos mesmos sentimentos, mais fortes, muito mais fortes e por outra pessoa, voltei a escrever. Mas desta vez a coisa parece séria. Escrevo mais que uma vez por dia, em média, e já escrevo há muitos dias. As palavras brotam-me da alma como formigas que saem em laboriosa quimera por alimento. Invariavelmente, o tema tem sido sempre o mesmo e, para falar verdade, confesso que até a mim me começa a saturar. Como me satura esta infelicidade constante em que me encontro, como me satura o seu silêncio, como me satura a sua aparente indiferença.
Desta vez, até me deu para criar um blog com o intuito de alguém mais, além de mim próprio, poder ler o que escrevo. Não que acredite que o que escrevo possa ter particular interesse para alguém, mas porque a ilusão de que assim é me faz feliz. Quase tão feliz como quando ela me disse que, apesar de não fazer qualquer comentário ou observação a esse respeito, me continuava a ler...tudo, sempre.
Duas simples palavras que me encheram de alegria e, talvez por isso, agora sofra com o seu silêncio. Por recear que tenha deixado de lhe interessar...eu e o que escrevo. Resta-me assim continuar a escrever para mim e para alguém que um dia me queira (voltar a) ler.
Wednesday, August 10, 2005
O Amor é fodido?
Quando perguntei às minhas amigas porque "o Amor é fodido", todas me deram razões diferentes e só concordei com uma: "porque passas na vida por situações que nunca devias passar". Só concordei em parte porque, boas ou más, essas situações fazem-nos crescer.
Mas o que sinceramente acho é que o Amor é o unico sentimento capaz de nos fazer passar pelo maior sofrimento...quando não é correspondido, quando é perdido, quando é impossível. E mesmo nessas situações sempre achei que não era fodido.
Sempre pensei assim...mesmo quando não amei!
Mas o que sinceramente acho é que o Amor é o unico sentimento capaz de nos fazer passar pelo maior sofrimento...quando não é correspondido, quando é perdido, quando é impossível. E mesmo nessas situações sempre achei que não era fodido.
Sempre pensei assim...mesmo quando não amei!
Quanto valem os amigos?
É uma questão que me tenho posto infinitas vezes. Não me refiro aqueles com quem vamos para os copos e para as noitadas, com quem estamos de vez em quando. Falo daqueles que estão lá quando mais precisamos, que nos ouvem incansavelmente, enquanto debitamos o mesmo assunto incontadas vezes, que nos fazem reflectir, que connosco analisam as coisas e com extraordinária clareza de pensamento e paciência nos mostram onde errámos. Falo daqueles que estão lá mesmo quando estamos a agir erradamente, mesmo quando sabem que vamos bater com a cabeça na parede e mesmo assim nos apoiam, que estão lá seja a que hora do dia ou da noite. Falo daqueles para quem a unica coisa que importa é a nossa felicidade, a quem contamos tudo sem receio de sermos julgados, a quem pedimos ajuda sempre que precisamos sabendo que podemos contar com eles. No fundo, refiro-me aos Amigos de verdade, com A maiúsculo.
Bem, fiz cálculos, usei fórmulas e equações, pesei prós e contras, experimentei somas e multiplicações, e o resultado foi sempre o mesmo: amigos assim têm um valor incalculável. Por isso temos que os manter, guardar e retribuir na mesma medida.
Eu tenho amigos assim...contam-se pelos dedos de uma mão e ainda sobram. Por isso os prezo tanto e dou tanto por eles...o mesmo que dão por mim!
06/08/2005
Bem, fiz cálculos, usei fórmulas e equações, pesei prós e contras, experimentei somas e multiplicações, e o resultado foi sempre o mesmo: amigos assim têm um valor incalculável. Por isso temos que os manter, guardar e retribuir na mesma medida.
Eu tenho amigos assim...contam-se pelos dedos de uma mão e ainda sobram. Por isso os prezo tanto e dou tanto por eles...o mesmo que dão por mim!
06/08/2005
Monday, August 08, 2005
Para uma (grande) amiga!
Sinto a tua dor, o teu desespero, a tua falta de esperança...também me sinto assim. Vejo em ti, um reflexo de mim. Sei o que é querer algo ou alguém com quem não podermos estar. Apenas viver com a recordação, com a memória bem no nosso coração. E sabes onde vou buscar forças? Ao desejo e ao acreditar que um dia tudo vai ser diferente...as coisas mudam, não será sempre assim. Pensemos nos momentos bons que vamos passar com essa pessoa, nas coisas que iremos realizar quando sairmos da toca, nos objectivos e sonhos que queremos conquistar. Fechemos os olhos, e vivamos esses momentos como se já fossem reais, como se estivessem a acontecer neste preciso momento!!
Lembras-te de em tempos teres dito: "Luta por eles até n poderes mais...e nessa altura chama-me....eu luto contigo!". Agarra-te a essa fé, a essa força que sei que tens dentro de ti. Lembra-te dos amigos que tens e que estão sempre lá contigo, lembra-te que tens direito a ser feliz!!!! E lembra-te que tens tudo para ser feliz...tens uma casa onde viver, tens comida que comer, tens roupa que vestir....mas acima de tudo tens saude e Deus deu-te dois dons muito importantes! Uma carinha laroca e dois dedos de testa bem medidos!!!´
E lembra-te também do que te disse uma vez...para darmos valor às coisas boas, temos que ter as más como termo de comparação!
Um beijo de quem já te considera uma amiga!!!
Lembras-te de em tempos teres dito: "Luta por eles até n poderes mais...e nessa altura chama-me....eu luto contigo!". Agarra-te a essa fé, a essa força que sei que tens dentro de ti. Lembra-te dos amigos que tens e que estão sempre lá contigo, lembra-te que tens direito a ser feliz!!!! E lembra-te que tens tudo para ser feliz...tens uma casa onde viver, tens comida que comer, tens roupa que vestir....mas acima de tudo tens saude e Deus deu-te dois dons muito importantes! Uma carinha laroca e dois dedos de testa bem medidos!!!´
E lembra-te também do que te disse uma vez...para darmos valor às coisas boas, temos que ter as más como termo de comparação!
Um beijo de quem já te considera uma amiga!!!
Sunday, August 07, 2005
Saturday, August 06, 2005
Desculpa-me...
Peço-te que me desculpes algumas das coisas que escrevi. Só recentemente comecei a conseguir exprimir os meus sentimentos, as minhas emoções, o que me vai na alma. Só há pouco tempo consegui chorar lágrimas de dor, em tantos anos reprimidas. Só agora comecei a deixar sair palavras e frases que antes guardava dentro de mim, só para mim. E no meio dessa torrente de sentimentos, nessa correnteza de força brutal, por vezes deixo-me levar pelos sonhos e perco a noção do que digo e das consequências que daí advéem.
Agradeço-te por tomares as atitudes mais correctas e por manteres a cabeça fria, quando essas palavras fervilham. Por ainda assim não te afastares. Peço-te desculpa por ter exigido, ainda que involuntáriamente, o que não tenho o direito de exigir.
Por vezes, encurralo-te em becos estreitos que te melindram...e só mais tarde me dou conta do que te fiz.
Peço-te desculpas sinceras. Perdoa-me e não te afastes. Prometo ter mais cuidado daqui para a frente.
Beijo, D.
05/08/2005
Agradeço-te por tomares as atitudes mais correctas e por manteres a cabeça fria, quando essas palavras fervilham. Por ainda assim não te afastares. Peço-te desculpa por ter exigido, ainda que involuntáriamente, o que não tenho o direito de exigir.
Por vezes, encurralo-te em becos estreitos que te melindram...e só mais tarde me dou conta do que te fiz.
Peço-te desculpas sinceras. Perdoa-me e não te afastes. Prometo ter mais cuidado daqui para a frente.
Beijo, D.
05/08/2005
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